quinta-feira, 12 de julho de 2018

Filme – A Rede Social (The Social Network, 2010)

Você, provavelmente, conhece o Facebook. Pode ser que você não esteja conectado à rede social mais famosa do mundo mas, partindo do pressuposto que você se interessou por essa resenha, está na internet e me lê, creio que está familiarizado com o que essa rede social representa atualmente. Hoje em dia, a frase ‘Quem é você no Facebook?’ pode ser bastante emblemática.

Baseado no livro Bilionários Por Acaso, de Ben Mezrich, o filme A Rede Social (The Social Network, no original), de David Fincher mergulha na história da criação do Facebook, nos levando a acompanhar os passos de Mark Zuckerberg (interpretado pelo impressionante Jesse Eisenberg), um gênio da universidade de Harvard. O jovem rapaz é o protagonista absoluto do longa, que mostra as batalhas judiciais em que ele acabou envolvido com seu ex-sócio, o brasileiro Eduardo Saverin (interpretado por Andrew Garfield), e com os gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss (ambos vividos pelo ator Armie Hammer).

The Social Network

Depois de levar um fora da sua namorada, Mark acaba criando um site de avaliação de mulheres dentro do campus de Harvard, que se transforma num sucesso e acaba derrubando a rede da universidade em apenas 4h no ar. Por causa disso, Mark é procurado pelos gêmeos Winklevoss, que o convidam para trabalhar de programador num site de relacionamento interno de Harward. Nesse meio tempo, Mark aperfeiçoa a idéia e lança, junto com Eduardo, o thefacebook.com, que mais tarde seria o site que conhecemos.

Dono de uma inteligência fascinante e de um universo todo próprio, Mark é, ao mesmo tempo, interessante e repulsivo. Ele não sabe lidar com as pessoas, tem o hábito de falar sempre o que pensa e parece viver dentro de uma lógica só sua. Entretanto, um cara com apenas um único amigo (Eduardo, que deixaria de sê-lo, depois de ser ‘traído’ por Mark) criou o maior site de relacionamento do mundo.

Quando o Facebook começa a crescer, ganhando terreno fora de Harvard e chegando a outras universidades, surge Sean Parker (interpretado por Justin Timberlake). Pintado no filme como um oportunista, é interessante ver o trabalho de Justin Timberlake dando vida ao criador do Napster, um personagem que chega, literalmente, para desestruturar a relação dos amigos que criaram o Facebook.

The Social Network

O diretor David Fincher nos entrega um filme delicioso, cheio de diálogos rápidos e com mil referências, que nos prendem de tal forma que, quando nos damos conta de que o filme está terminando, é inevitável pensar: ‘Mas já?’.

O bom de uma obra baseada em fatos reais é ficar tentando descobrir o que ali é realmente verdade e o que é ficção. Pelo menos no meu caso, ficou uma dúvida em relação a vários fatos, algo como ‘será que a história aconteceu realmente assim?’. O que, segundo palavras do próprio Eduardo Saverin, realmente acaba não tendo muita importância, já que ele disse, num artigo sobre o filme que narra sua própria vida: “(…) o que eu recolhi ao ver A Rede Social foi maior e mais importante do que se as cenas e detalhes incluídos no roteiro eram precisos. Afinal, o filme foi claramente destinada a ser o entretenimento e não um documentário baseado em fatos. O que mais me impressionou não foi o que aconteceu – e o que não – e quem disse o quê a quem e porquê.(…)”

Legal também foi ver que, apesar de todo o sucesso, todo o dinheiro e toda a projeção que o Mark Zuckerberg do filme alcançou, no final, o que ficou foi a ansiedade dele, ao apertar seguidas vezes a tecla F5 para ver se Erica, a namorada do início do longa, aceitou sua solicitação de amizade no Facebook. Afinal, o que adianta ser o criador da maior rede de relacionamento do mundo, com mais de 500 milhões de membros, se você ainda não superou um pé na bunda?

No geral, A Rede Social é um bom filme. Recomendo a todos. E, quem sabe, não descola algum amigo para adicionar no Facebook na fila ou  na saída do cinema? Até mais! #FicaDica

0 comentários:

Postar um comentário