Uma mãe compreende até o que os filhos não dizem. Os anos dourados da infância: quando a inocência é uma constante, e as preocupações corriqueiras do mundo adulto não têm (ou não deveriam ter) vez. Quando as brincadeiras, tão divertidas, por mais simples que sejam, ocupam a maior parte do tempo. E cada momento é uma nova descoberta, pequenos insights a trazer maravilhosas descobertas.
Há muitas surpresas e um acontecimento marcante que muda os rumos dessa interessante história. O filme The Book of Henry (O Livro de Henry, título no Brasil) ocupa a vaga de #65 filme aqui do blog.
Na trama, conhecemos Henry (interpretado por Jaeden Lieberher) um jovem de 11 anos com a mente brilhante e genial que passa seus dias entre a escola e o convívio carinhoso com sua mãe Susan (interpretada por Naomi Watts) e seu irmão mais novo Peter (interpretado por Jacob Tremblay). Henry cuida das finanças da família, auxilia a mãe na educação de seu irmão mais novo, devora livros e livros toda semana. Ele desconfia que sua amiga, vizinha da casa ao lado, esteja sofrendo violência do padrasto, que é ligado a polícia. Assim, após um certo acontecimento que muda a vida de todos, Susan fica sabendo de um plano para salvar a amiga de Henry.
The Book of Henry |
No inicio o filme é bem familiar, mostrando o dia a dia da família de Henry. Sua mãe viciada em vídeo game, bastante amorosa, cria os filhos da maneira que ela consegue, trabalhando como garçonete. Ela possui uma espécie de síndrome de imaturidade, deixando grande parte da responsabilidade das rotinas para seu filho mais velho, que tem 11 anos mas é praticamente um gênio que ajuda a resolver inúmeros problemas. A válvula de escape dela para a vida, até certo ponto limitada, são os desabafos entre um drink e outro com sua amiga Scheila (interpretada por Sarah Silverman).
Do meio para o fim, após um acontecimento emblemático, o filme cresce e começa a ter muito sentido. Misturando drama com pitadas de suspense, uma viagem rumo ao desconhecido é traçada prevalecendo o amor de uma mãe pelo seu filho que por mais que seja um gênio é apenas uma criança. Uma grande reviravolta e um filme com diferencial e original.
As atuações são magníficas, todo o elenco tem uma química agradável e funcionam. O roteiro me chamou atenção por abordar de forma sensível dois temas que, diga-se de passagem são bastante fortes: abuso e morte - a qual é a única certeza que temos da vida, mesmo antes de chegarmos a existência. Muitas vezes olhamos tanto para dentro de si, apáticos ao que nos rodeia, que esquecemos de nos olhar através dos olhos da compaixão e do outro. Nesse intervalo entre a vida e a morte, resta uma pergunta: ''Qual será o seu legado?''. Enfim, um filme surpreendente e inesquecível. Recomendo.
Não suporto Jacob Tremblay, peguei ranço dele, vi esse e achei bem ruim.
ResponderExcluirhttp://clebereldridge.blogspot.com/
Obrigado pela dica.
ResponderExcluirBom final de semana!
Jovem Jornalista
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O blog está em HIATUS DE VERÃO até o dia 23 de fevereiro, mas tem post novo. Comentarei nos blog amigos nesse período.
Até mais, Emerson Garcia
Obrigada pelo simpático comantário :)
ResponderExcluirNão conheço esse filme mas pelo enredo fiquei com vontade de ver!
Boa semana :)
https://sosweetgirlythings.blogspot.com/