quinta-feira, 23 de maio de 2019

Filme – A Cor Púrpura (The Color Purple, 1985)

Celie é uma mulher negra nascida no começo do século passado nos Estados Unidos. Muito jovem, acaba grávida de seu próprio pai, que, mais tarde, a casará com um homem que a humilha. Assim, continua sua difícil existência, durante muitos anos, até que a chegada de uma mulher mudará sua vida. Hoje escrevo sobre ''A Cor Púrpura''. Assisti há uns anos numa noite no canal TCM e me apaixonei. É um dos meus filmes favoritos.

Apesar de uma vida tão difícil, ela nunca se rendeu.

Baseado em livro de Alice Walker. Georgia, 1909. O filme lançado em 1985 tem como direção Steven Spielberg. Em uma pequena cidade Celie (interpretada por Whoopi Goldberg), uma jovem com apenas 14 anos que foi violentada pelo pai, se torna mãe de duas crianças. Além de perder a capacidade de procriar, Celie imediatamente é separada dos filhos e da única pessoa no mundo que a ama, sua irmã, e é doada a "senhor" (interpretado por Danny Glover), que a trata simultaneamente como escrava e companheira. Grande parte da brutalidade do senhor provêm por alimentar uma forte paixão por Shug Avery (interpretada por Margaret Avery), uma sensual cantora de blues. Celie fica muito solitária e compartilha sua tristeza em cartas (a única forma de manter a sanidade em um mundo onde poucos a ouvem), primeiramente com Deus e depois com a irmã Nettie (interpretada por Akosua Busia), missionária na África. Mas quando Shug, aliada à forte Sofia (interpretada por Oprah Winfrey), esposa de Harpo (interpretado por Willard E. Pugh), filho de Mister, entram na sua vida, Celie revela seu espírito brilhante, ganhando consciência do seu valor e das possibilidades que o mundo lhe oferece. Pois mesmo tendo sido violentada de tantas formas durante quase a vida toda, ela não perdeu sua bondade, sensibilidade e principalmente sua fé diante de um ambiente tão hostil. O filme também traz todo o contexto da época juntamente com as questões raciais, abuso, casamento infantil e as mulheres na sociedade.

A Cor Púrpura

Naquela época ninguém em Hollywood acreditava que Steven Spielberg seria capaz de fazer um filme sério depois de seus Indiana Jones. A Cor Púrpura foi a resposta. Ele pegou o romance simples de Alice Walker e o edificou como um épico melodramático, com brilhante utilização da fotografia e trilha sonora, fazendo deste um filme belo, triste, melancólico e ao mesmo tempo pop, nos mostrando tudo de forma leve e ágil como um filme do Indiana Jones. Mesmo sendo um filme divino e emocionante (um dos filmes americanos mais belos que já assisti), A Cor Púrpura não venceu em nenhuma das 11 categorias às quais foi indicado ao Oscar; uma grande injustiça. Anos depois, a Academia se redimiu ante ao mestre pop Spielberg, premiando o seu A Lista de Schindler, mas a saga da garota negra ainda continua sendo seu melhor filme, pois vai devagar nas apelações e não parece um filme feito para ganhar prêmios.

Enfim "A Cor Púrpura" é um filme de extrema sensibilidade e de muita sinceridade. Spielberg contou a história de maneira agradável e, por vezes, chocante! Impressiona a maneira com que nos envolvemos nesta bonita história de amor, afeto, carinho e compaixão. Pessoas fazendo coisas por outras, sem querer receber algo em troca, apenas a felicidade. O final é de redimir qualquer erro durante o filme. A cena onde Celie reencontra a felicidade na sua vida. Magnifico. (Obs: Eu curti muito a musica "Miss Celie's Blues" que a Shug Avery canta.) Recomendo a todos!

2 comentários:

  1. Um filme incrível e tocante. Grande mestre, Steven Spielberg!
    Boa semana!

    Jovem Jornalista
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    Até mais, Emerson Garcia

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  2. Ainda não assisti, mas depois da sua resenha fiquei curiosa.
    Um ótimo final de semana para você!

    Até mais;
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