terça-feira, 23 de julho de 2019

Meus Discos #12 – CD “Supernatural” dc Talk

Sobrenatural. Este é o enfoque do 6° álbum do DC Talk. Por ser o último CD inédito gravado em estúdio pela banda é o que possui melhor qualidade em relação a sonoridade. É neste álbum que as opiniões sobre o Dc Talk se divergem. Quem não conhece a banda e ouve este CD não é capaz de imaginar que o Dc Talk começou com o estilo Hip-Hop. Aquele Pop-Rock-Rap do Jesus Freak (Cd do post anterior), o estilo de álbuns anteriores foi abandonado, o que agradou a uns e frustrou outros. O fato é que este álbum foi o mais premiado e elogiado pela crítica rompendo os recordes de Jesus Freak e colocando a banda no topo das paradas, tanto que foi distribuído também no ''mercado secular'' pela Virgin Records. 


Capa do álbum ''Supernatural''
O álbum é iniciado com uma faixa repleta de efeitos onde o vocal faz um link ao sobrenatural. A próxima faixa é a It's Killing Me um Pop-Rock vigoroso influenciado pelo estilo de Michael Tait, que faz o primeiro vocal. A próxima musica é Dive, uma balada "arquitetada" sobre uma bateria eletrônica monótona, mas com uma acertada divisão de vocais. Sua letra convida-nos a mergulhar nos Braços do Pai. 

A quarta faixa é Consume Me a primeira música de trabalho que rendeu ótimos resultados abrindo um trabalho fortíssimo de mídia. Tocou em muitas rádios populares e esteve presente em várias coletâneas da ForeFront Records (gravadora do Dc Talk), além ter sido bastante executada na MTV americana em forma de clipe. A próxima faixa é My Friend So Long, um Pop que conta a história de alguém que se tornou bem sucedido artisticamente, mas que abandonou a comunhão que tinha com Deus. É interessante notar um trecho de Jesus Freak presente na música. 

Fearless, a 6ª música do CD, é bastante marcada pelo vocal incomparável de Kevin Max. Possui uma belíssima melodia. Na sequência vem Godsend, uma balada romântica caracterizada pelo estilo de Tait. Wanna Be Loved é difícil de ser rotulada, mas é um Pop-Rock com muito Swing e pitadas de Blues. A música The truth é, digamos, alternativa. Não é uma das melhores e dizem ter sido inspirada na série americana Arquivo X, pela qual eles seriam fanáticos. 

Antes de comentar Since I Met You, a décima faixa, é preciso ressaltar a variância de estilo que é o Dc Talk. Eles têm de tudo um pouco e essa é mais uma daquelas experiências que deram certo. Since I Met You começa com um órgão dos anos 80 e logo em seguida é atropelada por um Punk-Rock nervoso, pra não deixar ninguém parado. Into Jesus é uma balada com belíssimos arranjos, acompanhados por um violão tocado teatralmente. 

A maior surpresa do CD é mesmo Supernatural, um Rock progressivo que lembra um pouco Jesus Freak, mas sem aquele hip-hop marcante. Um contra-baixo inicia dando lugar a um desabafo: "Este mundo é um lugar ruim de se estar. Tantas coisas me atormentam. E quando tropeço e caio nesta estrada, cobram-me um pedágio. "Nestes dias e noites eu me volto para você. Nenhuma mão humana pode me levantar de verdade, nenhuma força cósmica ou bebida mágica funcionarão para sempre". Baterias e guitarras nervosas complementam a música (a versão ao vivo que NÃO está disponível em CD é ainda muito mais fantástica!). 

A última música, mas não ultima faixa, é Red Letters. Esta é a balada. Possui uma melodia fantástica, um vocal difícil e muito bem dividido, arranjos de cordas e um riff pesado para uma faixa "tranquila". Iniciada num piano singular Red Letters faz referência àquelas bíblias onde todas as palavras ditas por Jesus eram apresentadas em vermelho, por isso o título. Na essência ela fala sobre o poder, o amor e a verdade que há nas palavras de Cristo. 

Pra fechar o CD vem uma poesia de Kevin Max , There is a Treason At Sea, seguindo o estilo Alas My Love. Supernatural é referência mundial quando se fala em música Gospel contemporânea e independente da falta que o hip-hop fez, ou não, ele é sobrenatural.

Ouça!

0 comentários:

Postar um comentário