quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Filme – Yesterday (2019)

Todos no mundo esqueceram dos Beatles. Todos, exceto Jack...

Um músico esforçado percebe que ele é a única pessoa na Terra que consegue se lembrar dos Beatles depois de acordar em uma linha do tempo alternativa onde eles nunca existiram.

Yesterday (2019)

Já imaginou um mundo sem os Beatles? Como seria? Seja como for, gostando ou não, os Beatles tiveram um papel fundamental na história da música, ditaram tendências e a inspiraram muitas bandas que surgiram anos depois, como o Oasis. Mas como seria isso sem eles? Temos uma amostra desse mundo através do filme Yesterday, filme lançado em 2019 com direção de Danny Boyle e escrito por Richard Curtis.

A trama de Yesterday se baseia em uma premissa interessante: Apresenta Jack Malik (interpretado por Himesh Patel), um músico frustrado que, depois de mais um show para meia dúzia de gatos pingados, decide abandonar a carreira artística. Até que ocorre um apagão em escala global (sem qualquer explicação sobre o seu motivo), ele é atropelado por um ônibus e, quando retoma a consciência, percebe que vive em um mundo no qual os Beatles realmente não existiram.

Ao sair do hospital vai se encontrar com os amigos que lhe pedem que cante algo. Jack então diz que só uma música pode expressar o que sente. Então canta Yesterday dos Beatles. Lindamente.

Seus amigos se surpreendem com a qualidade musical da canção e lhe perguntam quando compôs? Ele, porém, acredita que estão brincando. Mas quando chega em sua casa, pesquisa no Google pelos Beatles e não encontra nenhuma resposta além de  “besouro”.

Para nós não interessa se isso é possível ou não. Mas a ideia é ótima. O que se sabe é que ele é o único na Terra que conhece os Beatles. E imaginem o que isso pode render na mão de um músico? E para situar a história na atualidade, quem aparece para conhecer Malik é o excelente compositor e cantor britânico, Ed Sheeran. Ed leva Jack para abrir seu show e impulsiona sua imagem mundialmente. Enquanto isso a trilha sonora nos encanta cada vez mais.

Tem um momento do filme em que Jack fala pra sua produtora que quer dizer algumas palavras para o público no fim do show, e a produtora responde “ok, pode fazer isso, mas quando você não está cantando, normalmente não tem muito a dizer”. Essa cena resume muito bem sobre o que é o filme, é sobre o que temos a dizer. Quando você tem algo a dizer ao mundo isso se transborda através da arte, da música… isso faz de você um artista. Jack não tem nada a dizer, é incapaz de perceber o mundo a sua volta, ou a mulher que o ama – por isso ele não é ouvido e sua música é vazia. Quando ele se apropria das músicas dos Beatles ele passa a ser ouvido. Mas ele não viveu aquilo que aquelas canções carregam. Essa é uma bagagem que ele ainda não tem. E esse desconforto, você sente durante todo o filme.

Por fim, é um filme despretensioso, leve e divertido. Um belo tributo aos Beatles. Filme para curtir em casa, com uma boa companhia, de preferência debaixo de um cobertor. Como diz um personagem importante no filme: a vida é simples, se você ama uma pessoa, diga que a ama e seja verdadeiro consigo mesmo. Recomendo!

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