Mais uma listinha para o blog, dessa vez relembrando séries exibidas no Discovery Kids que fizeram minha infância feliz. Na infância, eu costumava acompanhar os principais canais infantis, entre eles Cartoon Network, Fox Kids, Nickelodeon, Disney Channel (esse mais limitado, era na casa de parentes, se não me engano não estava disponível na operadora que tínhamos) e por fim, o Discovery Kids. O DK era o canais mais 'infantil' com desenhos mais leves e séries juvenis. É justamente essas séries juvenis que pretendo relembrar nessa lista de algumas atrações da Discovery Kids (a versão brasileira) que deixaram saudade.  Apesar da galera mais adulta não curtir muito, ou se fingir de intelectual e dizer que não presta, acho super válido fazer um especial mostrando que há sim qualidade nessas séries, apesar de ser destinado para um público mais jovem. Então vamos lá!

O Discovery Kids tinha uma programação bem legal nesta época (antes de virar um canal para crianças pré-escolar o que me deixou bastante zangado na época), com programas que instigavam a imaginação e o raciocínio lógico das crianças. E agora apresento alguns que eu pude acompanhar:

10 Atrações da Discovery Kids Brasil Que Deixaram Saudade

1. O Fantasma Escritor
(Ghostwriter 1992-1995)

Esta série relata as emocionantes e divertidas aventuras de um grupo de curiosos adolescentes, determinados a desvendar os mistérios que surgem na comunidade onde vivem.

Abordou as aventuras de uma turma que resolvia vários mistérios e crimes relativamente simples, porém reais e que para a criança que assistia na época isso era demais, por exemplo: Despejo de lixo tóxico ilegal, ladrões adolescentes que roubavam para jogar arcades, uma locadora acusada de pirataria que tentou dar um golpe no seguro e por aí vai.

A diferença é que eles contavam com a ajuda de uma entidade que dava nome a série, o chamado Fantasma Escritor. Era tudo muito misterioso, pois o fantasma não se lembrava da sua forma humana e nem nada sobre sua vida, mas que fora deduzido que viveu antes de 1900. No decorrer dos episódios foram revelados poderes que caracterizava ele: Ele só podia se comunicar através da escrita, não podia ver ou ouvir nada, apenas ler e mexer nas letras para formar novas palavras; Conseguia sentir os sentimentos e emoções das pessoas e descreve-los; Apenas quem ele queria podia ver suas ações; Podia se comunicar pela internet, como se conversasse com alguém por chat online, e por fim, podia viajar no tempo e, logicamente, pelo espaço.

Logo no primeiro episódio chamado ''Um Crime de Duas Cidades'' temos um mistério! Jamal está em Londres passando as férias com sua família. Ao tirarem fotos, um mensageiro de bicicleta bate em Jamal e Becky. O mensageiro deixa cair um envelope contendo 3 pedaços de papéis. O primeiro pedaço mostrava a seguinte nota: "A identidade verdadeira de Sophie Madison é revelada!". O segundo mostrava o número de um  telefone e o terceiro mostrava uma mensagem codificada. Sophie Madison é a protagonista de uma série de histórias literárias. Sam, o irmão de Becky, se recorda do código secreto de Sophie Madison em um dos livros. E desvenda a mensagem: "Alguém vai ser raptado!".

A série faturou vários prêmios e criticas positivas, pois passava a mensagem de como a leitura podia ser boa, além de lições de honestidade, coragem, justiça, verdade, raciocínio e a mais importante, diversidade racial, já que o grupo era formado por negros, brancos, latinos e uma vietnamita que eu jurava ser chinesa.

2. O Famoso Jett Jackson
(The Famous Jett Jackson 1998-2001)

Um seriado Disney Channel, mas que foi exibido no Brasil pelo Discovery Kids (que coisa, não?).  A série era centrada nas aventuras de um garoto afro-americano chamado Jett Jackson (interpretado por Lee Tompson Young).

Lee Thompson Young
O adolescente Jett Jackson parece já ter tudo na vida. Ele é bonitão, inteligente, e é o astro de sua própria série de televisão, Silverstone. Para Jett, o brilho de Hollywood lhe trouxe tudo que ele tem direito: os agentes, jornalistas, gerentes e guarda-costas. Depois de sentir o gosto da popularidade, ele decide voltar para sua cidade, Wilsted e viver como qualquer garoto comum. Quando Jett faz a mudança, traz toda a produção de Silverstone junto com ele. É uma série de grandes aventuras. Lembro que a série teve várias participações especiais, entre eles Britney Spears em um dos episódios.

A abertura do seriado é introduzido por uma narração que diz mais ou menos o seguinte: “Esse sou eu, Jett Jackson. Em meu programa de televisão eu interpreto as ações do super herói Silverstone. Sou uma superestrela recente, mas vou contar-lhe a verdade, eu sinto falta de ser uma criança normal. Assim, eu convenci a emissora mudar o programa para minha cidade natal na Carolina do Norte. Agora, eu posso ficar com meus amigos. Eu gasto mais tempo com minha família e ainda consigo ver minha mãe. Ei, eu estou tentando viver minha vida como uma criança normal, mas as pessoas ainda pensam em mim como O Famoso Jett Jackson”.

A série originou um filme também, mas eu não lembro de ter acompanhado. Eu gostava muito mesmo da série e fico realmente triste em saber que Lee Thompson Young faleceu em 2013. 

3. As Aventuras de A.R.K
(The Adventures of A.R.K. 1997-1998)

Programas politicamente corretos realmente são o ponto forte das séries canadenses juvenis. A.R.K. era outra série bem legal de se ver. Garotos que se envolviam nas mais inesperadas situações e tentavam a todo custo salvar ou proteger a vida de animais em perigo. Desde de cachorros até elefantes, essa turminha conseguiu fazer a diferença resgatando todos os tipos de bichos que encontravam. Comédia, drama , aventura, uma diversão para todos os gostos. Infelizmente a série teve somente duas temporadas (a 3ª nem conta porque é só um episódio solto) que foram exibidas pelo Discovery Kids BR.


Um episódio que lembro bem é de uma menina que entra em contato com a turma de A.R.K. quando ela fica sabendo que a companhia de construção para a qual seu pai trabalha, vai demolir uma colina onde moram duas raposas. A.R.K. tem que tentar salvar as duas raposas antes que a companhia destrua a colina.

Teve outro também bem marcante, quando uma menina de doze anos pediu ajuda a A.R.K. ao descobrir que um urso chamado Burley, que lhe faz visitas noturnas, vai ser posto para ''dormir''. Tudo se complicou quando Burley foge da jaula. A.R.K. tem de achar o urso e uma solução, antes que o prefeito e os guardas florestais o encontrem. Outro, a ARK foi para a Florida salvar um jacaré que se encontrava num campo de golf cheio de turistas, antes que eles o tornem em um par de sapatos de couro. ARK precisa convencer os turistas que destruir a natureza para obter mais conforto é uma crueldade. Enfim, muitos episódios e muitas lições para as crianças de conscientização sobre a natureza e os animais.

4. Mecânica Popular para Jovens
(Popular Mechanics for Kids 1997-2005)

Você conhece Elisha Cuthbert? Pois é, antes de ser uma atriz de Hollywood ir dar o ar da graça em séries como 24 Horas ou em filmes como Um Show de Vizinha, ela fez essa série que era exibida no Brasil pelo Discovery Kids na sua época de ouro. A série era uma espécie de O Mundo de Beakman. Charlie, Tyler Kyte e Elisha desvendavam os segredos do mundo através de experimentos e explicações dinâmicas sobre física e tudo mais. Apesar de ser um programa educativo, era muito divertido. Dava vontade de largar os livros mesmo e ir aprender com esse bando de doidinhos. o programa explorava os mundos da ciência e da imaginação, pela terra, mar ou pelo céu.

Mecânica Popular Para Jovens

A cada episódio era uma aventura diferente. Tipo em um episódio Tyler e Elisha nos revelam alguns segredos dos efeitos especiais dos filmes. Já em outro Elisha visita um estúdio onde um computador muda sua aparência e Tyler aprende como são criados os sons de um filme. Assim como em outro episódio ensina também uma luta com um astro de kung-fu. E assim vai. Costumava ser exibido nas tardes do canal, eu gostava muito.

5. A Magia do Cinema
(Movie Magic 1994–1997)

"A Magia do Cinema" mostrava como eram criados os efeitos especiais de dois filmes hollywoodianos. No início dos anos 90 uma série norte-americana de programas de TV chamada “Movie Magic” abordou os efeitos especiais de uma forma bem interessante e didática. No Brasil, os programas foram exibidos pelo Discovery Channel e também pelo DK como “A Magia do Cinema”. Era basicamente uma revista com atualidades cinematográficas.

Cada episódio desta série era uma espécie de Making-of explicativo, que ensinava os truques do cinema, e que com certeza deixou bastante gente interessado nessa arte. Eu por exemplo, até hoje me interesso por assistir os efeitos especiais de grandes filmes de Hollywood. Realmente, é a magia do cinema!

Eram mostrados tanto efeitos curiosos de filmes mais velhos como filmes mais recentes da época. Filmes de terror são bons exemplos de sucesso no uso de efeitos especiais. De Drácula (1922) a personagens medonhos da atualidade. A gente conhecia os responsáveis pela maquilagem desses monstros, descubrindo também os atores que estão por trás das máscaras. Era um ''Face Off'' do Syfy para as crianças (rsrs).

6. Kids Reais, Aventuras Reais
(Real Kids, Real Adventures 1997–2001)

Outro programa da DK com uma excelente proposta. Abordou várias histórias sinistras que haviam acontecido com crianças. Eles faziam uma dramatização e, ao fim do programa, entrevistavam a criança protagonista da história (na vida real). Havia tantas histórias encabulantes, eu lembro que ficava impressionado, achava bem legal e ao mesmo tempo receoso. Era impossível não assistir ao DK e se deparar com esse programa, o canal fazia diversas propagandas dele ao longo da programação.

Vários episódios foram memoráveis. Teve um que contava a história de uma avalanche, tudo bem louco. E também um em que uma criança precisou dirigir uma caminhonete sozinha na neve para salvar alguém, sendo que ela nunca tinha dirigido antes. Outro com um menino de 12 anos que salvou um estudante que estava tendo um derrame na Finlândia ao ver seu pedido de ajuda numa sala de bate-papo na Internet.

Outro episódio foi de um rapaz chamado Alex, de onze anos de idade, que acabou sendo levado embora por um balão de ar quente desgovernado. Sozinho, ele teve que descobrir uma forma de pilotar o balão e aterrizar de forma segura.

7. Zoboomafoo
(Zoboomafoo 1999-2001)

Os irmãos Chris e Martin Kratt juntos com seu amiguinho falante, Zoboomafoo, um lêmure de Madagascar, apresentam o mundo dos animais através de canções, videoclipes e outras formas de animação. Zoboomafoo também conta histórias sobre um mundo imaginário, a Zoboolândia. Uma garotinha chamada Jackie e seus bichinhos ajudantes apresentam minirreportagens sobre como as pessoas interagem com os animais.

Zoboomafoo é um sifaka, uma espécie de lêmure. O programa ensinou muitas coisas sobre animais e incentivava as crianças a preservar o habitat onde os animais vivem.

Infelizmente nosso lêmure faleceu em 2014, com 20 anos de existência. Os seus donos eram os irmãos Martin e Chris Kratt foram os responsáveis pela criação também da série, que ensinava as crianças sobre a vida selvagem, e escolheram como o anfitrião o pequeno lêmure, chamado de Zoboo para ajudar nos ensinamentos pela TV. Baita saudade!

Isso me faz lembrar de que antigamente as séries infantis tinham mais qualidade e realmente ensinavam as crianças, além do entretenimento.

8. Bernardo e Seu Relógio 
(Bernard's Watch 1997-2001)

Bernardo possui um relógio de bolso que tem o poder de parar o tempo. Ele usa o relógio para resolver problemas e evitar catástrofes. Sua melhor amiga, Karen, é a unica que conhece o segredo e compartilha com ele as aventuras mais incríveis. Era o tipo de histórias inteligentes contadas em um ritmo suave e calmo, ideal para assistir à tarde depois da escola.

Benard e seu relógio

Uma série britânica na lista. A série original contou sobre um menino chamado Bernard (interpretado por David Peachey), de Oakwood, Nottinghamshire, - que estava sempre atrasado, até que um carteiro lhe deu um "relógio mágico" que poderia parar e retroceder no tempo. Ele logo descobriu que o carteiro tinha poderes mágicos e que esses relógios eram dados a pessoas que precisavam deles. As únicas regras eram que ele não deveria usá-lo para cometer crimes ou machucar alguém. Cada episódio se concentrava em Bernard ou em alguém a quem ele emprestou o relógio enfrentando um problema ou simplesmente fazendo as coisas do dia-a-dia e tentando resolvê-los, usando o relógio. Um episódio memorável foi ele parar no tempo do meio de uma prova na escola, para lá mesmo poder estudar. É o sonho de qualquer um!

9. Meu Roteiro no Discovery Kids 
(Incredible Story Studios 1997-2002)

Aqui o Discovery Kids apresentou uma série de minifilmes com histórias fantásticas (algumas realmente baseada são fatos reais) escritas e interpretadas por crianças. Explorando toda a imaginação e todo o talento dos jovens, “Meu Roteiro no Discovery Kids” trouxe surpresas incríveis, em apenas meia hora de duração. Os autores mirins deixaram a criatividade correr solta e criaram coisas divertidas. Entre as várias histórias, uma delas é sobre uma menina que transforma sua irritante irmã em um sapo (haja criatividade).

Era isso! Uma série é para jovens, sobre jovens e escrita por jovens. Cada episódio contém duas historinhas. Os autores selecionados (10 a 14 anos) apresentam suas histórias e mostram ao público juvenil que eles também podem aparecer na TV se escreverem para o programa. Dos estúdios de ""Hollywood"", Studio Boy apresenta os jovens escritores, atores e suas histórias.

Série inovadora e quem mandava eram os telespectadores. Em Meu Roteiro no Discovery Kids era o lugar onde as histórias infantis de todo o mundo são transformadas em filmes. Cada episódio de meia hora apresentava histórias de duas crianças telespectadoras, que são adaptadas para a TV em 10 minutos cada.

Era muita criatividade e alguns quem sabem poderiam virar mesmo roteiro de filme? hahaha. Teve um episódio de uma menina chamada Margret que faz um feitiço para seu irmão malvado se apaixonar por bonecas. Outro episódio era sobre um gênio que concedia a uma menina chamada Nikki três desejos para pôr sua vida sentimental em ordem.

As histórias das crianças beiravam o absurdo de criatividade (hahahah), lembro também de outro episódio de um menino que vende seu irmãozinho e entra em pânico quando não consegue comprá-lo de volta. Na época eu gostaria de enviar minha história, mas nem sabia como, não tinha acesso a internet, não tinha nada... só sonhava e me divertia com as maluquices de algumas histórias que as crianças contavam. O negócio era ter imaginação!

10. Mentores
(Mentors 1998-2002)

Oliver é um menino de 14 anos que cria um programa de computador capaz de trazer do passado, pessoas de valor histórico, como Albert Einstein, Alexander Graham Bell e Napoleão Bonaparte.

Pois é. Uma série com uma ideia genial que infelizmente não teve tanta repercussão. Oliver Cates (interpretado por Chad Krowchuk) é um garoto mega inteligente que inventa uma máquina, o Visicron, que traz figuras históricas para o presente. Desde Casanova, Alexander Graham Bell até Einstein, foram vários os famosos sugados para o presente para ajudar Oliver e Dee (intepretada por Sarah Lind), sua fiel escudeira, a solucionar seus problemas. Juntos, acabam passando por muitas confusões e aprendem fatos interessantes sobre o passado e que, às vezes, nem tudo é como parece. Educativo e uma boa opção para passar o tempo. Foi exibida no ínicio dos anos 2000 pelo Discovery Kids também. Uma baita saudade relembrar dela.

Um episódio memorável foi quando Oliver quis impressionar seu pai ganhando um concurso de orientação, uma corrida pelo bosque em que só é permitido o uso de um mapa e um compasso. A amiga dele, Dee é a supervisora do time e convence Oliver a trazer Harriet Tubman. Ela atravessou milhas no bosque, conduzindo escravos em busca da liberdade. A proposta da série era genial e bem educativa. Uma baita saudade relembrar dela. Teve outro episódio que o Oliver Cates transporta para o presente Albert Einstein (representado por Elliot Gould), que o ajuda a resolver um problema emocional com a família.

Teve um episódio do Beethoven, que acaba sendo transportado para ajudar a Dee a enfrentar uma cirurgia que poderá lhe deixar sem audição. No entanto, Beethoven é trazido do tempo em que ainda podia ouvir e fica desolado ao saber que ele iria ficaria surdo.

Abaixo o primeiro episódio em inglês:


11. Contos Assombrosos Para Crianças Terríveis
(Grizzly Tales for Gruesome Kids, 2000)

Essa série premiada foi uma adaptação dos premiados livros de Jamie Rix, que mostrou o que acontece com crianças que não obedecem a seus pais, de uma assustadora maneira.

Vencedor do prêmio de Melhor Série de Televisão para Crianças, no Festival de Animação Bradford, "Contos Assombrosos" trouxe, a cada episódio, narrativas inteligentes e modernas, aconselhando e apresentando lições de comportamento à sua jovem audiência e onde as crianças travessas sempre recebem aquilo que merecem.

Teve um episódio de um garoto chamado Nigel que sempre foi extremamente cruel com as aranhas. Um belo dia, ele mata uma aranha que está grávida e a joga no lixo. Mas ele mal poderia imaginar que aranhas fantasmas iriam voltar e aprisioná-lo em uma enorme teia.

12. A Família Twist
(Round the Twist, 1989-)

Em um farol no litoral da Austrália, a família Twist tenta se reerguer após a morte da mãe. O seriado é uma esquisita mistura de comédia familiar de costumes com ficção sobrenatural.

Um escultor viúvo se instala com seus três filhos em uma velha casa de um farol na costa australiana. As crianças logo descobrem que o lugar é assombrado e passam a conviver com fantasmas e eventos paranormais os mais esdrúxulos. Perfeitamente adaptadas à realidade transcendental, Pete, Linda e Bronson utilizam os efeitos especiais para pregar boas peças em personagens mal-intencionados. Os efeitos são semelhantes aos de filmes de terror. Mas aqui as assombrações são "do bem". 

A família conta, ainda, com o apoio da vizinha maluca, Nell Rickards, que sempre participa das desventuras que acontecem ao longo da trajetória dos Twists. Além disso, existem diversos conflitos com o empresário local, Harold Gribble, e sua família, os quais querem comprar o farol para usá-lo de forma lucrativa para o turismo local.

As primeiras duas séries foram baseadas nos contos de fantasia escritos por Paul Jennings, as outras duas foram baseadas em contos de diversos autores.


13. Skytrackers: Na Trilha do Céu
(Sky Trackers, 1994)

Outra série made in australian na lista. Mike, Veronica e Maggie são filhos de cientistas que moram com suas famílias em Tidbinbilla, uma estação espacial de rastreamento no coração de um parque selvagem australiano. As histórias giram em torno de duas famílias, a vida dessa comunidade unida, os vínculos da estação com a comunidade científica internacional e a descoberta do universo. Era uma série bem bacana, emoções fortes, muita diversão e tinha isso de misturar tudo com ciência, que dava uma ótima combinação em uma emocionante série sobre crianças, seus pais e o universo ao seu redor.

Ao longo de 26 episódios de pura aventura, as crianças experimentam um mundo do passado, presente e futuro: buscando o tesouro dos guardas florestais; rastreamento de meteoritos; ouvindo sinais do espaço sideral; explorando cavernas escondidas; e eles se descobrem.

14. Aventuras do Livro das Virtudes
(Adventures from the Book of Virtues, 1996-2001)

Uma animação que segue as aventuras de Zach Nichols, de 11 anos, e de Annie Redfeather, de 10 anos, ao enfrentarem questões éticas típicas para as crianças, como Integridade, Altruísmo, Honra, etc

Tipo, teve um episódio memorável, quando o Zach reclamou da liderança do capitão do seu time de pólo e depois descobre o que significa ser um líder quando é escolhido para substituí-lo. Assim cada episódio era um tema e podíamos tirar grandes lições, nesse caso, esse episódio mencionado falou sobre ''Liderança''.

Já, outro episódio foi quando o pai de Annie suspendeu as férias ao ser convocado para ser jurado na corte e Annie não entendeu porque ele não pode adiar este dever cívico, no final acabamos aprendendo o tema de ''Cidadania''.

Zach e Annie iniciam uma discussão, quando os dois querem o reconhecimento pela organização de uma distribuição de alimentos enlatados para pessoas desabrigadas. Seus amigos do Pico de Platão ensinam a eles que é o espírito da generosidade que é importante, e não o crédito por ela, aí aprendemos sobre ''Generosidade''. XD

Teve outro também quando Annie decidiu largar suas aulas de caratê, e Zach desistiu de seus ensaios da banda, Platão fica muito desapontado com eles. Zach e Annie acabam aprendendo o quão importante é a perseverança, após subir ao topo do Pico de Platão, e ouvir a estória sobre o bravo Ulisses. Outro tema importante ''Perseverança''.

Era ótimo, cada episódio uma lição importante. Sinto falta nisso nos desenhos atuais.

15. Animais Extraordinários
(Amazing Animals / Henry's Amazing Animals, 1996-1999)

Um programa que apresentava animais de animação (incluindo a lagartixa apresentadora chamado Henry) e imagens de animais verdadeiros. O mundo animal pode seu um lugar difícil e perigoso de se viver. Por isso, muitos animais desenvolveram diferentes defesas para sobreviver. Henry, a lagartixa aprende alguns truques de defesa pessoal de experts com espinhos, escamas, chifres e armaduras.

A cada episódio a gente aprendia alguma coisa sobre os animais, seja entender que vários animais tem sentidos muitos melhores que os dos seres humanos. Sensos poderosos que ajudam a informa-los aonde estão, para onde vão e se existe perigo a sua volta. Ou como ter uma moradia é muito importante para muitos animais selvagens e vários deles conseguem construir abrigos extraordinários. Desde cupins, que constroem montes enormes, até pássaros que decoram seus ninhos de azul. Enfim, cada episódio era uma novidade em relação ao mundo dos bichos. Bem bacana série.


16. Shakespeare
(Shakespeare: The Animated Tales)

Esse talvez poucos possam lembrar, apresentava histórias inspiradas na obra do dramaturgo inglês usando técnicas de animação.

As versões animadas das peças de Shakespeare eram ótimas. Os personagens eram lindos e extremamente bem feitos. É fácil se apaixonar pelo estilo das 'peças', e se eu tivesse a chance de assistir novamente isso, com certeza veria. Sem falar, que essa atração dá uma ajuda fantástica na introdução de crianças pequenas ao mundo de Shakespeare, embora é percebido também que elas também são direcionadas a um público mais velho. As histórias permanecem fiéis às peças originais de Shakespeare, mas com um pouco mais de animação por cima. Show.

17. Splat!
(Splat!, 1997-2000)

Esta série focalizava na ciência e a imaginação no mundo da magia visual. Um tour pelos estúdios onde são realizadas as melhores animações para desenhos, filmes, jogos e video games, além de revelar o segredo dos artistas. É claro que isso era muito bom de acompanhar, ainda mais numa época que só na Televisão podíamos ver aquilo tudo.

Teve um episódio que o Splat! entrevistava artistas experimentais que estão constantemente inovando suas técnicas de animação. Deu pra conhecer o Winsor McCay (1869-1934), o pioneiro do desenho animado que na virada do século criou incríveis desenhos. Ele se auto-proclamou inventor do desenho animado. Entre muitos outros episódios.

18. Guerreiros Míticos
(Mythic Warriors - Guardians of the Legend, 1998-2000)

Inspirada na mitologia grega, esta série combina aventuras fantásticas e épicas que nos permitem conhecer melhor alguns superheróis da Mitologia: Perseu, Atalanta, Ulisses, Hércules, Teseu , Andrómeda, Prometeu e muitos outros. Em cada episódio, vivemos as mesmas emoções e experimentamos os mesmos sentimentos dos heróis, como amor, ódio, inveja e felicidade. E facilmente identificarmo-nos com modelos de comportamento que atingem objetivos transformando em força as suas fraquezas.

Além disso, gostei de conhecer as histórias do Monte Olimpo, num ritmo agitado e moderno, onde Perseu é o mestre do "Boxe Tailandês" e Iole com cabelos em estilo "punk" usa um traje metálico. Neste clássico, os protagonistas são fortes e ensinam virtudes aos jovens telespectadores. Confesso que gostava muito disso.

Em um dos episódios da série, quando Zeus manda os deuses Prometeu e Epimeteu para uma terra com novas criaturas, Prometeu desobedece suas ordens dando aos homens primitivos o dom do fogo.

Foi adaptada dos livros de Laura Geringer e Peter Bollinger, Myhth Men, essa animação é memorável.

19. Meu Amigo Extraterrestre
(My Best Friend is an Alien!, 1999-2001)

Logo no primeiro episódio dessa série live action, somos apresentados ao Pleskit, um garoto azul e peludo que veio do planeta Hevi-Hevi. Ele chega a um lugar inteiramente diferente, a escola. Lá ele se torna amigo de Tim Thomkins, que adora ficção científica. Os dois juntos vivem experiências que trazem consequências desastrosas e engraçadas. O primeiro dia de Pleskit vira um pesadelo. Ele desaparece e todos pensam que ele foi raptado. A série foi baseada na série de livros de Bruce Coville com o mesmo nome.

20. Dino Detetives
(Dinosaur Detectives)

Mais uma serie que dava pra ver pela programação. Aqui eram cem crianças de quatro países, Estados Unidos, África, Europa e Austrália, investigam tudo sobre os dinossauros. Quem foram? Como viveram? Por que morreram? Elas conversavam com especialistas no assunto, escavavam e mergulhavam em busca de fósseis e até montavam um esqueleto completo de um Seismousaurus.

21. Reboot

Mais uma outra produção esquecida e que eu relembro aqui. As imagens desta série pioneira (para a época) são geradas por computador com animação em 3D. Somos levados à Mainframe, uma cidade situada dentro de um computador. Conheça seus residentes, sprites de energia com várias formas. A vida eletrônica é controlada pelo usuário, que pode querer jogar a qualquer momento. Os jogos também podem se iniciar em qualquer lugar. Quando isso ocorre, um cubo sinistro desce e engole um setor da cidade, prendendo seus residentes no jogo. Uma vez presos, eles podem religar o computador (reboot), transformar-se nos personagens do jogo e equipar-se com os acessórios necessários para competir com o usuário.

Os personagens centrais desta série são: Bob, o guardião, Dot Matrix, uma mulher de negócios, Enzo Matrix, seu irmãozinho, Phong, o sábio, Mouse, uma mulher com a abilidade de se esconder e aparecer nos lugares mais imprevisíveis, Megabyte, um vírus malvado que quer fazer de Mainframe sua própria cópia, Hexadecimal, uma vírus caótica com o estilo de medusa. Neste episódio, Megabyte invade o posto central  se escondendo no arquivo que comanda a atualização (upgrade). Bob, Dot, Phong e o vírus se encontam presos na central blindada. Megabyte remove os bancos de memória de Phong e ameaça invadir a cidade de Mainframe. Bob e Dot tentam derrotá-lo.

22. Vigias do Sul
(Vigías del Sur, 2000-2002)

Série chilena que esteve pela grade do canal, era série com temática educativa envolvendo os animais e a natureza. Algumas crianças que, ao perceberem que os peixes estavam morrendo sem motivo aparente, procura salvá-los criando o “Vigias do Sul”. Logo, os pais de uma das crianças eram oceanógrafos que viajam no mar chileno com sua filha, investigando e salvando a fauna marinha. 

Nisso, Camilo e Diego se juntam a Marisol e seus pais, que viajam juntos no navio científico onde experimentarão aventuras relacionadas à conservação. meio ambiente, proteção da flora e fauna marinhas e lendas chilenas. Uma série totalmente a cara do do canal que sempre pregava o cuidado e a preservação da natureza. Assisti pouquíssimos episódios, mas vale a menção também na lista.

23. Arte Mania

Aqui as crianças criavam decorações de festa com papel, desenhos, grampeador e... jornal!. Aprendendo também alguns truques, entre eles sobre como desenhar em vidro. Era um Art Attack da DK.


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Conto com a ajuda de vocês para continuar essa lista. Foram muitas produções que eu vi lá, tudo bem aleatório pois eu costumava mais ver os outros canais infantis. Bem, seja como for, a partir de Janeiro de 2003, o Discovery Kids sofreu uma repaginada geral e passou a exibir programas para crianças em idade pré-escolar 24 horas por dia (e virou a tristeza que é hoje). As séries saíram da programação que nunca mais chegaram a ser exibidas em outro lugar. O que é uma pena. Gostaria muito de rever e matar a saudade daquela época. E você, lembra de alguma? Compartilhe aí nos comentários!
Não há quem não sinta dificuldade em conversar sobre assuntos vários, sem que seja contrariado de forma agressiva ou sarcástica. Isso tanto em rodas de amigos quanto nas redes sociais. Muitas pessoas querem defender suas opiniões a qualquer custo, qualquer mesmo, não se importando minimamente com os sentimentos alheios, ou com a fundamentação que utilizam para sustentar o que pregam.

Não existe o que não podemos discutir, mas existem pessoas com quem não devemos discutir

Opinar sobre determinadas questões requer um conhecimento mínimo do assunto. O setor educacional, por exemplo, é bombardeado por recomendações e críticas de pessoas que nunca leram um texto pedagógico na vida. Lembremos o que recentes questionamentos à necessidade de vacinação provocaram, entre muitos outros exemplos de intromissão desnecessária em questões importantes. Opiniões leigas são admissíveis em conversas de botequim; na vida real e prática, podem ser um perigo.

Além disso, é preciso ter a consciência de que, quando se emitem pontos de vista, eles nunca serão unanimidade e, por isso mesmo, encontrarão discordâncias pelo caminho. A discordância é saudável, afinal, quando conhecemos outros lados, outras visões de mundo, poderemos ampliar e melhorar ainda mais nosso entendimento, reelaborando o que sentimos e como sentimos a vida. É no confronto que crescemos, deixando de lado o que não serve e abraçando o novo, o mais coerente.

No entanto, mesmo que seja difícil haver discussões sem alguma manifestação mais efusiva, pois o calor das emoções se eleva muito nessas horas, o respeito, sobretudo, deverá permanecer. Não podemos levar para o lado pessoal questões que tratam de assuntos lá de fora, tampouco deveremos nos sentir ofendidos por discordarem de nós. A forma como reagimos quando somos contrariados e a forma como o outro reage quando discorda de nós revelam a educação – e, muitas vezes, o caráter – de ambas as partes.

Cabe-nos, enfim, evitar entrar em discussões sem serventia, com pessoas que não ouvem ninguém além de si próprias. Nosso tempo é precioso demais para gastá-lo com o que não acrescenta, não enriquece, não leva a lugar algum. Tempo não se acha no lixo. Portanto, não existem assuntos que não podem ser discutidos, mas existem pessoas com quem não devemos discutir. Jamais.

O texto me chamou muita atenção, então resolvi compartilhar aqui com vocês. Fique atento e não discuta ou exponha suas ideias e pensamentos para esse tipo de pessoa que não sabe respeitar e muito menos ouvir o que você têm a dizer. 

Via Contioutra.com
Casting Crowns é uma banda espetacular que já compartilhei várias canções deles aqui. Eles começaram como uma banda humilde de adoração da igreja de Daytona Beach, Flórida, a banda se tornou uma das mais conhecidas na música cristã em poucos anos de existência.

Capa do álbum “Until the While World Hears” do Casting Crowns

Musicalmente, o nosso objetivo não é dividir átomos ou abrir novos caminhos. Existe muita gente pra fazer isso. Sendo que eu também sou um pastor de jovens, a música uma maneira de servir a Deus e trazer esses jovens a Deus. Então, quando nós estamos tentando descobrir o que vamos dizer, nós estamos tentando criar uma atmosfera musical que não prejudica a mensagem. Eu acho que há uma abundância de letras grandes mundo afora, mas a música chama tanto a atenção para si mesmo que a mensagem se perde.

Palavras de Mark Hall


Quase tudo é o mesmo desta vez neste álbum. Fazem parte da mesma gravadora, mesmo produtor, mesmos temas líricos, e a mesma formação da banda - com exceção de um novo baterista, com a saída de Andy Williams, no lugar agora temos Brian Scoggins. Nas letras das canções deste trabalho você não encontrará letras de repreensão como estamos acostumados a ouvir, ao invés disso o álbum é recheado de humildade, cada canção é pessoal.

Ouça o álbum completo disponível no Youtube:



A faixa-título “Until the whole world Hears” é a melhor do CD, com um driver poderoso na abertura, canção mais pra frente, com muitos riffs na sequência das estrofes e no coro as aberturas que estamos acostumados a ouvir de Casting. A letra diz para nos prepararmos e brilharmos, deixarmos a luz de Cristo aparecer em nós. 

“If we’ve ever needed You” segue a tendência Casting com piano, pads ao fundo e os riffs de guitarra. Canção de dependência, onde suplicamos a Deus em momentos de terrível crise para que o Senhor esteja conosco mais do que nunca.

“Always Enough” é uma canção que ganhou versão já aqui no Brasil, com o Ministério Além do Véu, bem worship (adoração) esta música. Com o som do piano levando a canção, e a guitarra bem ao fundo. No coro as intervenções das vocalistas com duetos. Muito bom mesmo.

"Joyful, Joyful" traz a reformulação de um cântico clássico, a banda criou um coro novo e reorganizando a estrutura da canção. Já na abertura ouvimos o som de pads de cordas, muito bem executado, saindo um pouco do piano na intro, mas na estrofe já voltamos a ouvir o som do piano e depois a banda inteira entra com os arranjos de cordas, bem diferente do original.

"At Your Feet", escrita por Mark Hall e Jason Ingram, é uma bela canção de entrega e satisfação. Ouça com atenção, é também a estréia de Juan e Hector cantando no álbum. O CD segue com canções como: quase toda a via a mesma fórmula: uma introdução de piano solo, seguido pela voz suave do vocalista Mark Hall, juntando-se, com a canção lentamente construindo com a participação de todos os instrumentos. 

“Glorious Day” Apenas levante suas mãos e agradeça a Deus pelo que Ele fez por você e ponto. Uma canção de louvor sobre como Jesus veio para salvar aqueles que estão na escuridão, como Ele se levantou, e como Ele está voltando ... O Glorioso Dia!

O playlist da banda ganha com “Holy One” um rock adulto pesado e contemporâneo diferente de todo o CD e dos trabalhos anteriores da banda. Uma mudança muito bem vinda, já que o que ouvimos no CD é uma sequência bem homogênea sem muitas diferenças de uma música pra outra, com riffs de guitarra, rápida, rock puro.Todas as canções deste álbum com certeza são canções que facilmente podem ser trabalhadas nas igrejas ao redor do mundo.

“To Know You” totalmente Casting Crowns, o piano abrindo a canção com Mark solando, no coro ganha segunda voz feminina, pads de cordas, riffs de guitarra pra anunciar a próxima estrofe e toda a banda vem marcando a canção. O interessante deste álbum é que você vai passar 50 minutos adorando a Deus com canções até que podem ser parecidas uma com as outras, mas é um CD com excelentes canções, melodias interessantes

Vamos dar destaque a estas duas canções que não estão na ordem mas foram as que me chamaram a atenção, são elas: “Mercy” ganha o solo feminino de Megan, ganha um frescor novo deixando Mark um pouco e abrindo espaço para a criatividade que é característica do grupo, canção que fala claramente sobre a misericórdia do nosso Criador para conosco e “Blessed Redeemer” quem contribui com o vocal é Melodee muito bem trabalhado, solos de violino, o violão é usado, riffs de guitarra e o som do piano contribuem como pano de fundo para esta canção Redentor Abençoado. No final da canção ouve-se como se fosse ao vivo, com muitas vozes acompanhando a canção.

“Jesus, Hold Me Now” segue o que já ouvimos nas canções anteriores, o curioso desta canção são os versos que foram extraídos do segundo álbum a canção “The Prodigal”, deram-lhe um novo coro e nova melodia. Para aqueles que não conhecem podem dizer que é uma canção escrita do zero, mas não é uma canção em cima de outra canção. E em um dos finais mais inesperados para um álbum contemporâneo, a banda explode em um jam rock-n-roll "Shadow Of Your Wings", ficou diferente para o que Casting Crowns canta, fugiu bem da característica do grupo. Mas é sempre bom ouvir nuances diferentes em um CD.
Se você cresceu em uma casa que assistia muitos filmes cristãos ou teve uma locadora cristã perto de você, provavelmente conhece ou assistia essa saga do arrebatamento no livro de Apocalipse da Bíblia. Bom, eu assisti na infância e me deixou um pouco amedrontado e aterrorizado. Anos depois, acabei me tornando fã da saga. Os filmes foram produzidos nos anos 70 e inicio dos anos 80 servindo como ferramentas evangelísticas, destinadas a serem exibidas em igrejas com o objetivo de ganhar almas. Todos eles comandados por Russell S. Doughten Jr., e dirigidos por Donald W. Thompson.

Mas quem foi Russell S. Doughten Jr.? Nascido em 1927, Russell foi um cineasta e produtor americano de inúmeros curtas e filmes cristãos. Seu trabalho cinematográfico é creditado sob inúmeras variações de seu nome: com ou sem o "Jr." sufixo ou inicial do meio, e às vezes usando o informal "Russ" em vez de "Russell". Quase todos os seus filmes cristãos foram filmados em vários locais em seu estado natal de Iowa.

Com o desejo de produzir filmes dramáticos, ele foi para Iowa em 1964 e arrecadou dinheiro para criar uma nova produtora de filmes chamada Heartland Productions. Esta nova empresa produziu "The Hostage" e "Fever Heat" e passou a gerenciar uma série de teatros em Iowa. Em 1972, Russ formou uma nova empresa Mark IV Pictures com Donald Thompson, que escreveu e produziu o filme evangélico cristão "A Thief in the Night", que estreou em março de 1973. "Um ladrão na noite" título no Brasil é o mais visto filme do evangelho no mundo e trouxe milhões para conhecer Jesus Cristo como seu salvador. Russell através da Heartland Productions e Mark IV Pictures passou a se envolver com a escrita, produção e direção de mais 18 filmes cristãos evangelísticos, incluindo mais 3 na série de profecias iniciada por "Um ladrão na noite", "A Grande Tormenta", "Imagem da Besta "e" Agonia do Planeta". 

Agora comento sobre os quatro filmes:

A Aclamada Saga Profética de Russell S. Doughten Jr. 

1. Um Ladrão na Noite (A Thief in the Night, 1972):

Prelúdio do que está por vir. Acompanhamos os últimos dias/meses/anos (não há noção de tempo) antes do Arrebatamento descrito na Bíblia. O filme é curto, com menos de uma hora de duração, nos apresenta os personagens, tanto cristãos quanto ateus.

A trama tem início quando um grupo de amigas ouvem um garoto falar sobre o apocalipse. Narra a vida de Patty (interpretada por Patty Dunning), uma jovem comum que vive sem se preocupar muito com o futuro. Patty conhece um rapaz, casa-se com ele e a vida parece ótima, até que um dia quando ela acorda não encontra o esposo em lugar nenhum e o rádio anuncia o desaparecimento misterioso de milhares de pessoas. Quando acontecimentos dramáticos começam a ocorrer à sua volta, Patty percebe que ela está vivendo os tempos do fim, aos quais a Bíblia se refere.

A trama tem início quando um grupo de amigas ouvem um garoto falar sobre o apocalipse. A garota, que é ateia, acaba se convertendo e tenta chamar suas amigas pra Jesus, mas elas parecem recusar. Por ser curto, o filme não vai muito além, com uma ou outra coisa a mais na história e terminando com os primeiros segundos do arrebatamento. O filme também explica passagens do livro de Apocalipse. E temos alguns questionamentos de ateus e falsos pastores que são explorados no filme.

Este foi o primeiro filme de uma aclamada saga sobre o Apocalipse, que foi produzida no final dos anos 70. Apesar da série ter sido lançada há vários anos é mais atual do que nunca, por se tratar de um assunto tão eminente que é a volta de Cristo, e como os que "ficarem para trás" farão aqui na Terra.


2. A Grande Tormenta (A Distant Thunder, 1978)

Continua de onde o anterior parou, mas em forma de flashback. Narrando os acontecimentos da vida de Patty (mais uma vez interpretada por Patty Dunning), uma jovem que vive os "tempos do fim", dos quais a Bíblia fala e a fuga de Patty do novo regime, cada vez mais hostil. Patty então, capturada após uma perseguição implacável, tem que escolher: receber a marca da besta ou enfrentar a morte.

A história aqui já se passou um tempo desde o arrebatamento e mostra que as pessoas estão sendo obrigadas a implantar a marca da besta. Caso a pessoa não queira, é morta pelo governo. Enquanto os personagens estão esperando seu suposto fim, a personagem do filme anterior relembra o que aconteceu depois do arrebatamento e como ela foi parar ali.

As profecias continuam se cumprindo e a chegada do Anticristo é avisada, enquanto os cristãos começam a se refugiarem em diversos locais. Acompanhamos um grupo de amigas tentando sobreviver a esse novo mundo onde é preciso da marca pra comprar alimentos. Os questionamentos de 'ateus' retornam no filme, já que uma personagem não consegue aceitar tudo o que está acontecendo. Na verdade, de alguém que ainda tem dúvidas se se torna cristã ou não.

Em relação ao anterior, o filme dá uma melhorada significativa e é o meu favorita da saga. Apresenta alguns novos personagens, alguns antigos estão de volta. Como disse, a história continua, coisas vão acontecendo, os cristãos estão sendo perseguidos: ou se marcam ou morrem. Assim como o anterior, tem um encerramento brusco. E temos novamente explicações de passagens do livro de Apocalipse.


3. A Imagem da Besta (Image of the Beast, 1980)

O terceiro filme da série. Como será a grande tribulação revelada no livro do Apocalipse? O Anticristo agora governa o mundo com mão de ferro, impondo a todos a sua marca. Este filme nos mostra o que poderá acontecer aos que não se submeterem a esse novo governo. Mostrando mais uma vez a luta de um grupo de cristãos pela sobrevivência e defesa da fé, na esperança do cumprimento da palavra de Deus.

O filme começa com uma cena curta qualquer e então retorna para onde o anterior parou, dando prosseguimento a cena interrompida. Aqui temos o encerramento desse arco e o início de outro. Tudo está conectado.

Agora somos apresentados aos novos personagens, dessa vez com homem, mulher e criança. Eles são cristãos e estão buscando meios de burlar o sistema da marca, tendo de fugir do exército e de todos aqueles que os querem com a marca. Alguns personagens antigos retornam, afinal, são importantes na história. Só soa meio forçado o fato de alguns se conhecerem. Apresenta um personagem novo, ele encontra um antigo e pronto, já se conheciam. Sempre acontece isso com pelo menos alguém.

Dessa vez o Anticristo está começando a tomar posse do mundo e as coisas estão ficando cada vez mais complicadas, ainda mais quando o exército descobre que os cristãos refugiados estão burlando o sistema e tentando derrubá-los. Acompanhamos esses novos personagens fazendo de tudo pra sobreviver e fugir, conhecendo cristãos, ateus e satanistas no caminho.

Assim como o anterior, o filme também não escapa do encerramento brusco, embora não seja tão brusco como o anterior. Mais uma vez temos explicações de passagens do livro de Apocalipse para identificar cenas do filme.


4. Agonia do Planeta (The Prodigal Planet, 1983)

O último e mais esperado filme da série profética que começou com "Um ladrão na Noite", nos traz a dura realidade do Apocalipse. Numa época em que o mundo está devastado pelo holocausto nuclear e a perseguição aos cristãos se intensifica, a esperança surge quando David Michael (interpretado por William Wellman Jr.) escapa do domínio da UNITE com um segredo, que contribuirá para o declínio do império do Anticristo. Mostrando a decadência do governo do mal e suas consequências para o nosso mundo, num clima de muita ação e suspense.

Como o anterior, começa com uma cena curta qualquer e então, como as continuações, retorna para a cena de onde o anterior parou, dando prosseguimento a ela. Dessa vez é o fim de tudo. Agora são pouco mais de duas horas de filme, o mais longo.

O mundo está devastado, falta alimento, água e o calor está insuportável. O Anticristo já governa a Terra e restaram poucos cristãos, já que a maioria foi morta. Novamente temos novos personagens na trama, mas também o retorno de alguns antigos. Acompanhamos o personagem do anterior com seus novos amigos, dessa vez equipados contra o exército. Eles possuem um carro com um computador conectado direto a central e buscam chegar ao local descrito num código que precisam descriptografar, que os levarão até o local onde estão um grupo de cristãos refugiados. Mais uma vez há questionamentos de ateus durante o filme, mais que os outros até, já que uma das personagens insiste em não crer.

No filme há um acréscimo de cenas de ação mais que os anteriores, que se focavam mais no drama que era do cristão sobreviver a esse mundo satânico. Mas como já tava tudo acabado e o mundo poderia terminar a qualquer momento, decidiram fazer a história final da humanidade. Enfim, faz um bom fechamento da sequência.

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Russell Doughten apareceu em todos os quatro filmes como o reverendo Matthew Turner, um sobrevivente que tinha um conhecimento elaborado dos eventos do Fim dos Tempos, mas não acreditava plenamente na Bíblia até depois do arrebatamento, mesmo não aceitando a Cristo como seu salvador. Com seu cabelo longo e grisalho, geralmente usado em um rabo de cavalo e barba desarrumada, ele não parecia ser parte do estereotipado cristão fundamentalista.

Embora os filmes fossem claramente feitos com um orçamento baixíssimo, e as vestimentas datadas dos anos 70 mostradas nos primeiros filmes proporcionam diversão não intencional hoje, não há como negar a influência da série entre os fundamentalistas cristãos. Diz-se que Um Ladrão na Noite foi um dos filmes evangélicos mais visto no mundo e influenciou muitas conversões ao cristianismo protestante.

Os escritores Tim LaHaye e Jerry B. Jenkins citam os filmes de Russell como sendo a principal influência para sua série de livros e filmes Left Behind (Deixados Para Trás, título no Brasil). Os filmes de Russell Doughten são frequentemente exibidos nas igrejas e nas emissoras de televisão cristãs até hoje.

Russell também fundou uma empresa sem fins lucrativos, a Mustard Seed International, para criar traduções dos seus filmes cristãos para que eles pudessem ser usados ​​por missionários em todo o mundo. Essa empresa também produziu um seminário "Share Your Faith" para ajudar a treinar os cristãos a compartilhar sua fé. Este seminário foi apresentado ao vivo nos EUA e em outros países, incluindo a Irlanda e a Índia, e também foi disponível em vídeo. No Brasil muitos filmes de Russell foram dublados em português e distribuídos pela BV Films, uma das maiores distribuidoras de filmes evangélicos do país, tendo como dono Claúdio Rodrigues

Russell S. Doughten Jr. 

Infelizmente, Russell Doughten faleceu em 2013 em sua casa, cumprindo sua missão de espalhar as boas novas do evangelho e trazer mais pessoas para reconhecer Jesus Cristo como Salvador. 

Enfim, cada filme da série do apocalipse é independente, mas é mais recomendado assistir toda a saga, para ter um entendimento completo de toda a história, que possui uma mensagem poderosa e que consegue impactar a todos que assistem. E apesar de ser muito antiga, consegue passar realismo, além de abordar temas até hoje bem atuais e que estamos vivenciando a cada dia mais.
Os dias estão passando rápido e tem acontecido tanta coisa. Para esse sábado a tarde decidi ouvir um pouco de The Sundays e ''Life Goes On'' é uma delas. Um ótimo som e que vocês vão gostar também.

The Sundays foi uma banda britânica de 'dream pop' (uma mistura de pop rock com um pegada alternativa), foi formada em 1987 em Londres, Inglaterra pela vocalista e compositora Harriet Wheeler e David Gavurin. De 1987 a 1997, o grupo lançou três álbuns muito bem recebidos pela crítica e pelo público.

The Sundays

Há muitas explicações pro sucesso ter se confirmado. Desde a beleza de Harriet Wheeler, uma moreninha de cabelos cuidadosamente desleixados e olhos cristalinos, com sua voz que ganhou elogios superlativos (“um canto oscilante, travesso, e cheio de imprevistos, com flashes perversos da ternura”), até a suavidade das canções, passando por letras irônicas sobre a pouca habilidade de lidar com os relacionamentos amorosos e a juventude, tudo era genuinamente atrativo – e não só pros ingleses, provavelmente os únicos que poderiam compreender aquelas letras repletas de brincadeiras com o próprio país.

A canção ''Life Goes On'' (A Vida Continua) traz uma letra envolvente e uma melodia que traz uma calmaria. Faz parte do álbum ''Cry'' que está disponível pelo Spotify. Ouça!


Aproveitem. Um ótimo final de semana a todos!
Semana vai passando e quantos problemas para se resolver, né? As vezes só precisamos respirar fundo e resolver eles um por um, sem estresse e sem descontrole, cada coisa em seu tempo. Pra isso trouxe ao Old is Cool ''The Happy Whistler'' por Boots Randolph para da uma tranquilizada nos ânimos. Pelo menos funciona comigo. Bom, vamos lá!

Boots Randolph

O saxofonista Boots Randolph foi conhecido como compositor do tema principal da série de humor britânica "The Benny Hill Show", e que colaborou com artistas como Elvis Presley e Johnny Cash. Foi considerado um dos maiores músicos de estúdio dos Estados Unidos.

Como músico de estúdio, tocou na gravação de temas como "Return to sender", de Elvis Presley; "Oh pretty woman", de Roy Orbison; e "Rockin' round the Christmas tree", de Brenda Lee. Outros artistas de renome com quem trabalhou foram Johnny Cash, como já citado e Buddy Holly.

Desde que passei a conhecer o saxofonista Boots Randolph o seu som me agradou muito. Ele teve o seu maior sucesso em 1963 com "Yakety Sax", inspirado no hit de 1958 do conjunto The Coasters "Yakety Yak". Mas eu decidi compartilhar ''The Happy Whistler'' por ter sido o primeiro que ouvi dele e desde então comecei a ouvir outras.

The Happy Whistler (tradução ''O Feliz Assobiador'') fez parte do álbum Boots Randolph's Yakety Sax, lançado em 1960. Originalmente é uma canção de Don Robertson que alcançou grande sucesso nas paradas dos EUA e do Reino Unido desde que foi lançada em 1956. Nessa versão de Boots Randolph a canção ganhou um estilo no ritmo de jazz e pop. Ouça!


Curtiram? Até o próximo Old is Cool!
Decidi começar Mundo Alternativo Recomenda para falar e recomendar bandas que geralmente ouço. Falando primeiramente de uma das minhas bandas favoritas: Switchfoot. Acredito que a conheci assistindo Smallville, Dawson's Creek e o marcante filme A Walk to Remember. Sim, a banda esteve presente nos episódios dessas séries e na trilha desse incrível filme. Mas afinal, quem são eles?

Switchfoot

Considerada uma das melhores bandas cristãs contemporâneas e, até por críticos seculares, como uma excelente escolha de rock alternativo. Uma das grandes curiosidades é que ela é uma das bandas cristãs mais tocadas em trilhas de filmes, ao lado de Sixpence None The Richer. O nome, Switchfoot, é uma expressão utilizada pelos praticantes do surf e faz todo sentido para os integrantes da banda que o praticam.

São originários de San Diego, Califórnia. A banda é formada por Jon Foreman (vocais, guitarra), Tim Foreman (baixo, vocal), Chad Butler (bateria, percussão), Jerome Fontamillas (guitarra, teclados, vocal), e Drew Shirley (guitarra).

As letras do grupo são poemas que trazem consigo experiências pessoais e experiências de fé, como as de Jon Foreman.  É frequente encontrá-los em rádios não cristãs, assim como TVs não cristãs, pois a música deles tem rompidos barreiras além dos muros da igreja por apresentarem temas que refletem Deus em suas canções, através de letras que expressam a sua natureza por poesia, questionamentos e a razão do mundo a nossa volta. Suas músicas e refrões são tão envolventes com o nosso eu e ao mesmo tempo tão particularmente íntimos que geram uma interpretação pessoal ao ouvinte da música. Precisamos realmente entender que a banda são pessoas que buscam a Deus, e isso é visto em suas canções, mesmo que em alguns refrões Deus não pareça ser o centro. Ao que tudo indica, o autor do poema pretende alcançar pela música assim como a natureza expressa o Criador, como descrito em Romanos 1.20. Por esta razão, podemos obter várias interpretações das músicas para diversos momentos da nossa vida, sejam eles alegres, tristes, devocionais ou de culto a Deus.

Ouça o álbum ''The Legend of Chin'', um dos meus favoritos.


Final de semana chegou e vamos nos animar por aqui com um novo som no blog. Na minha playlist Manic Drive com ''Singin in the Rain''. Come on!

Manic Drive é uma banda de rock cristã canadense, formada em 2004 pelos irmãos Michael e Shawn Cavallo. Eles começaram a cantar aos oito e nove anos de idade. Depois de receber o interesse de uma gravadora, eles lançaram o álbum de estreia Reason for Motion em maio de 2005. Atualmente seus membros incluem além do irmãos Cavallo, Anthony Moreino também.

Manic Drive

Já a canção ''Singing in the Rain'' faz parte do álbum Into the Wild, lançado em 2017. Com um som contagiante e com uma letra extremamente positiva que expressa o gênero cristão contemporâneo. Ouça!


Aumenta o som. Bom final de semana, até a próxima!
Já acordou numa manhã com aquela vontade de ouvir sua canção favorita? Ou acelerou no treino da academia quando começou a tocar aquela música que você curte muito? A música está presente em nossas vidas. Ela embala nossos melhores momentos. Escolha uma canção para cada dia do ano. Escolha as que te fazem feliz e que te dê aquela sensação que só uma boa música pode dá.

Mas afinal, o que você quer ouvir hoje?

O Planeta Alternativo
Quinta-feira! É dia de Old is Cool aqui no blog. Mais uma vez com R.E.M. que eu particularmente gosto muito, escolhi a canção 'Bad Day' que tem uma ótima letra e uma melodia muito envolvente. Não que hoje seja um bad day, mas que é uma canção excelente e merece ser apreciada. Let's go!

R.E.M.

R.E.M. foi uma banda de rock alternativo que fez muito sucesso nos anos 80, com letras fortes e tocantes o trabalho da banda é considerado um serviço a humanidade.

Seu nome é em referência “Rapid Eye Movement” que significa movimento rápido dos olhos, seu primeiro álbum chamado Murmur é lançado em 1983 que fez um grande sucesso e levou o R.E.M para novas terras.

A canção ''Bad Day'' foi lançada em outubro de 2003, na sétima compilação da banda, In Time: The Best of R.E.M. 1988-2003. Foi tocada pela primeira vez em 1985 em um show em Albany, Nova York, sendo inserida na compilação And I Feel Fine... The Best of the I.R.S Years 1982–1987.

O videoclipe da música, dirigido por Tim Hope e filmado em Vancouver, é uma paródia aos telejornais e foi produzido pela Passion Pictures. No videoclipe, Michael Stipe aparece como o âncora Cliff Harris; Mike Mills aparece como o repórter Ed Colbert e como o meteorologista Rick Jennings; e Peter Buck aparece como o especialista no assunto Geoff Sayers e como o repórter Eric Nelson. Assista abaixo!


Isso é tudo. Até a próximo Old is Cool!
Uma mãe compreende até o que os filhos não dizem. Os anos dourados da infância: quando a inocência é uma constante, e as preocupações corriqueiras do mundo adulto não têm (ou não deveriam ter) vez. Quando as brincadeiras, tão divertidas, por mais simples que sejam, ocupam a maior parte do tempo. E cada momento é uma nova descoberta, pequenos insights a trazer maravilhosas descobertas.

Há muitas surpresas e um acontecimento marcante que muda os rumos dessa interessante história. O filme The Book of Henry (O Livro de Henry, título no Brasil) ocupa a vaga de #65 filme aqui do blog.

Na trama, conhecemos Henry (interpretado por Jaeden Lieberher) um jovem de 11 anos com a mente brilhante e genial que passa seus dias entre a escola e o convívio carinhoso com sua mãe Susan (interpretada por Naomi Watts) e seu irmão mais novo Peter (interpretado por Jacob Tremblay). Henry cuida das finanças da família, auxilia a mãe na educação de seu irmão mais novo, devora livros e livros toda semana. Ele desconfia que sua amiga, vizinha da casa ao lado, esteja sofrendo violência do padrasto, que é ligado a polícia. Assim, após um certo acontecimento que muda a vida de todos, Susan fica sabendo de um plano para salvar a amiga de Henry.

The Book of Henry

No inicio o filme é bem familiar, mostrando o dia a dia da família de Henry. Sua mãe viciada em vídeo game, bastante amorosa, cria os filhos da maneira que ela consegue, trabalhando como garçonete. Ela possui uma espécie de síndrome de imaturidade, deixando grande parte da responsabilidade das rotinas para seu filho mais velho, que tem 11 anos mas é praticamente um gênio que ajuda a resolver inúmeros problemas. A válvula de escape dela para a vida, até certo ponto limitada, são os desabafos entre um drink e outro com sua amiga Scheila (interpretada por Sarah Silverman).

Do meio para o fim, após um acontecimento emblemático, o filme cresce e começa a ter muito sentido. Misturando drama com pitadas de suspense, uma viagem rumo ao desconhecido é traçada prevalecendo o amor de uma mãe pelo seu filho que por mais que seja um gênio é apenas uma criança. Uma grande reviravolta e um filme com diferencial e original. 

As atuações são magníficas, todo o elenco tem uma química agradável e funcionam. O roteiro me chamou atenção por abordar de forma sensível dois temas que, diga-se de passagem são bastante fortes: abuso e morte - a qual é a única certeza que temos da vida, mesmo antes de chegarmos a existência. Muitas vezes olhamos tanto para dentro de si, apáticos ao que nos rodeia, que esquecemos de nos olhar através dos olhos da compaixão e do outro. Nesse intervalo entre a vida e a morte, resta uma pergunta: ''Qual será o seu legado?''. Enfim, um filme surpreendente e inesquecível. Recomendo.