sexta-feira, 7 de junho de 2019

Filme – Dramática Travessia (Night Crossing, 1982)

Essa história narra o heroísmo e a determinação de um grupo de homens oprimidos por um regime totalitário, ávidos por liberdade e independência. Se passa no outono de 1979, onde duas famílias vítimas do regime comunista da Alemanha Oriental se atrevem a abrir seus horizontes e escapar usando como meio de transporte um balão de ar quente. Os amigos Peter Strelzyk e Günter Wetzel estão cansados de viver sob o regime comunista que domina a Alemanha Oriental. Determinados a fugir com seus familiares para o lado ocidental do país, a dupla elabora um balão de ar quente para realizar a travessia. Baseado em uma história real.

Eles vão cruzar o muro de Berlim em busca de liberdade.


Dramática Travessia (Night Crossing, 1982)

O filme nos oferece uma ótima visão dos acontecimentos durante a separação das duas Alemanhas na segunda metade do século passado. Dramática Travessia (Night Crossing, no original) é baseado em acontecimentos verídicos da história de duas famílias que viveram naquele dramático período.

Em agosto de 1961, a Alemanha passa por um processo de divisão. Muitas pessoas, desesperadas com a iminência de uma situação caótica na parte oriental da Alemanha, tentam cruzar de leste para oeste para escapar do regime comunista que estava sendo implantado na parte oriental Alemanha. Era uma média de três mil pessoas por dia que cruzavam a fronteira. A Alemanha Oriental reagiu a esta fuga em massa do seu povo, construindo uma barreira ao redor de toda a fronteira. Era uma enorme barreira que se tornou mundialmente conhecida como o Muro de Berlim. A barricada era de concreto e arames e atravessava vilas, campos e terras cercando completamente a Alemanha Oriental. O seu objetivo não era proteger-se dos inimigos mas, impedir que o povo saísse da sua pátria. As fronteiras eram equipadas com alarmes e metralhadoras automáticas que disparavam impiedosamente contra quem tentasse ousar atravessá-las. Na época em que se passa esse filme, só os alemães muito desesperados tentam ainda cruzar a fronteira. Mesmo assim, muitos alemães orientais irão tentar. “Alguns vão conseguir. Não se sabe quantos vão falhar. Esta é a história de uma das tentativas.”

Após o fuzilamento de um garoto de cerca de 15 ou 16 anos que tentou cruzar a fronteira, um dos amigos do pai do garoto, decide que era preciso tentar, a qualquer custo, fugir dali o mais rápido possível. E aqui começa a história desta tentativa. Duas famílias que viviam na Alemanha Oriental, tentam escapar do regime comunista, usando como meio de transporte, um balão que constroem às escondidas. Peter Strelzyk (interpretado por John Hurt) é um homem com cerca de 35 anos, casado e com 2 filhos que se junta com Gunter Wetzel (interpretado por Beau Bridges), cerca de 10 anos mais novo, também casado e tambem com 2 filhos, que entendia muito de mecânica.

Dramática Travessia (Night Crossing, 1982)
Eles constroem o balão procurando serem o mais discretos possível pois, sabiam, que se fosse descoberta a tentativa, todos morreriam. Compram a fazenda para o artefato (1200 metros quadrados). Inventam engenhos para encher o balão de ar, um maçarico gigante para aquecer o ar do balão, um altímetro e, finalmente, chega o dia da tentativa. A esposa de Gunter convence o marido a desistir e, apenas Peter, a esposa e os dois filhos, fazem a tentativa. 

O filme nos mostra que a coragem e a persistência de continuar mesmo que tudo parece contra você é o que move o ser humano. E foi isso que moveu essas duas famílias que almejavam a liberdade de viver uma vida melhor. Recomendo!

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Filme – Uma Jornada Para Toda A Vida (Tracks, 2013)

O filme narra a história de Robyn, uma jovem mulher que atravessou os desertos do oeste da Austrália com quatro camelos e seu fiel cão. Baseado em uma história real.

O filme ''Uma Jornada Para Toda a Vida'' é baseado na história real da australiana Robyn Davidson. Na década de 1970 ela decidiu que iria atravessar o deserto da Austrália (um dos ambientes naturais mais hostis do planeta) em direção à costa banhada pelo oceano Índico (no oeste do país). Um objetivo e tanto, principalmente pelo desafio de percorrer mais de 1700 milhas sozinha, ao lado de quatro camelos e um cachorro. Ela era jovem, tinha problemas emocionais a superar e seu desafio acabou chamando a atenção da revista National Geographic.

Sua aventura deu origem a um livro chamado "Tracks" (Tradução ''Trilhas'', que por acaso não foi lançado no Brasil) onde a autora contou tudo o que passou nessa jornada. O roteiro do filme é justamente baseado nesse livro, que se tornou best-seller na Austrália. A protagonista é interpretada pela atriz Mia Wasikowska, aqui deixando todo o glamour de lado para dar vida a uma mulher dura, de firmeza inabalável. A atriz fez uma ótima interpretação de Robyn. Suja de areia, com os pés enfiados numa sandália surrada e muito queimada do sol, Mia parece até outra pessoa. Quem a conhece de outros filmes, não a reconhece de cara nesse.

Uma Jornada Para Toda A Vida (Tracks, 2013)

Nessa história de como Robyn percorreu os 3 mil quilômetros do deserto de Alice Springs, na companhia de seu cão e camelos, tende a extrair o melhor do ser humano em sua capacidade de atingir tudo quanto desejar se conseguir trabalhar a mente em qualquer tipo de situação.

Robyn maltratou o corpo, humilhou-se, rebaixou-se, tudo para atingir a espiritualidade, que, para ela, significava refazer o caminho percorrido pelo seu pai. A diferença de gênero surge como um obstáculo, que se mistura com a descrença daqueles a seu redor que não acreditam que uma garota poderá completar tal feito e as tradições locais que vão contra a ação da garota. Contra isto, e a presença inconveniente do fotógrafo interpretado por Adam Driver, o sentimento de liberdade e de capacidade que apenas aventuras iguais a esta proporcionam.

Assim como no livro, o filme traz a mensagem que sua autora disse em 1977, ela concluiu que ''viagens a camelo não começam ou terminam, elas apenas mudam de forma''.  No final do filme ela finalmente chega ao seu destino e celebra isso tomando banho com seus camelos nas belas águas azuis do oceano que banha a Austrália.


Uma Jornada Para Toda A Vida (Tracks, 2013)

Filmes como esse conseguem ser bem instrutivos, diria até mesmo educacionais. Ao longo de sua história você vai descobrir informações sobre a Austrália que poucas pessoas conhecem. Por exemplo, você sabia que os desertos australianos possuem o maior número de camelos selvagens do planeta? Superam em número até mesmo o Oriente Médio! Esses animais não são naturais da Austrália, eles foram levados para lá no século XVII por uma expedição, depois soltos no meio ambiente. O curioso é que o animal se deu muito bem naquelas pastagens e não apenas se firmou como progrediu no meio dos desertos sem fim. Outra informação bem curiosa é saber que os cangurus são vistos pelos australianos como um apetitoso prato culinário! Os animais inclusive servem de comida para a protagonista durante sua jornada. Então é isso, um bom filme, muito bem realizado, com uma série de informações curiosas sobre as terras desertas da distante Austrália. Recomendo!

terça-feira, 4 de junho de 2019

Meus Discos #07 – CD “The Mission Bell” Delirious?

Dizem que as boas bandas são como vinho, quanto mais velho melhor, é assim que considero o som  do Delirious?

Em The Mission Bell, o nono CD desse quinteto britânico o que podemos ver e ouvir é um misto de qualidade e unção embalados por uma sonoridade pop contemporânea bem moderna e ao estilo pop rock britânico sendo talvez a marca principal que distingue o Delirious no cenário cristão por tantos anos e o tornou referencia no mercado do gospel music. 

Capa do álbum ''The Mission Bel'' do Delirious?

Abrindo esse álbum temos Stronger (mais forte - tradução literal), uma balada alegre que começa com um leve violão em que a voz de Martin Smith surge quase que intempestivamente, cantando dentre outras coisas, a intensidade do amor de Deus e a beleza de sua “invasão”em nossas almas.A música termina repetindo a frase I love you ao som de um coral (ou será um back vocal bem estruturado?) e retorna com a voz de Martin tendo ao fundo um teclado e um violão bem sugestivo, que já havia aparecido no começo. 

A seguir vem Now is the Time. Com uma sonoridade bem diferente da música anterior, com um som mais pesado e uma batida mais “elétrica” essa música é realmente um devaneio . O som da guitarra de Stu G diz que ela promete. E Martin começa: “os ventos estão soprando novamente... e assim nós temos que seguir.... nós podemos mudar o amanhã...... agora é o tempo para nós brilharmos.....brilharmos como a face divina de Cristo ......agora é o tempo”. Realmente um som e tanto. 

Depois vem Solid rock com um baixo introdutório agradabilíssimo seguido também por All this time que para mim é uma das músicas mais interessantes do álbum; não apenas por lembrar bastante o U2, mas também pela forma que a música foi conduzida revelando um extremo apuro musical e uma sincronia perfeita entre arranjos de guitarra e o bem conduzido teclado de Tim Japp, além da bateria suave de Stew Smith. 

A seguir, uma preciosidade: Miracle Maker, uma das músicas mais intimistas e profundas do CD, além de ser também uma faixa de adoração e que fez muito sucesso aqui, nos shows que o Delirious realizou em sua passagem pelo Brasil. 

Passamos por Here I am send me e Fires Burn; essa última, pra mim retoma bastante a sonoridade do U2 encontrada também em All this time e com um precedente: ela tem mais espaço para os teclados e a voz de Martin não decepciona nunca! 

Depois vem Our God Reigns (Nosso Deus Reina), talvez um clássico do Delirious depois de Deeper, Majesty e History Maker e chegamos a Loves a Miracle também com um coro ou back vocal forte no refrão; e deparamos com uma das músicas mais pesadas e bem elaboradas do CD: Paint The Town Red um rock prodigioso com bastante guitarras e um peso irresistível .Uma curiosidade:essa musica é a única que cita o tema do Cd em sua letra ( The Mission Bell) já que no álbum todo não há uma música com esse nome 

O álbum termina então com Take off my shoes música que também aparece na abertura da faixa interativa e finaliza com I´ll See You, música introspectiva bem ao estilo “deliriante” que inclui ainda um belo vocal com Moya Brennan da Beo Records. Vale ressaltar também a capa do CD muito bem elaborada e com forte conotação artística, lembrando uma tela de algum pintor abstracionista contemporâneo.

domingo, 2 de junho de 2019

Old Is Cool #36: Tears for Fears - Break It Down Again

Para mais um Old is Cool, escolhi a banda Tears For Fears, que eu costumo ouvir uma vez ou outra. Gosto muito e acho que já era hora de alguma canção deles aqui.

Tears for Fears é uma famosa dupla britânica de gênero synthpop/new wave criada em 1981 pelos músicos Roland Orzabal (vocalista e guitarrista) e Curt Smith (vocalista e baixista). Ambos são britânicos e amigos desde adolescentes. A banda alcançou grande destaque no cenário musical por juntar som eletrônico com rock, fazendo excelente uso de teclados e sintetizadores.

Tears for Fears

A canção ''Break It Down Again'' lançada em 17 de maio de 1993 como o primeiro single do álbum Elemental de 1993. A canção foi um sucesso internacional, alcançando o número #20 no Reino Unido, o número #25 nos Estados Unidos e o Top 40 em vários outros países. Ele liderou a parada Billboard Modern Rock Tracks nos EUA e foi particularmente bem-sucedido no Canadá e na Itália, alcançando os números quatro e sete, respectivamente. Ouça!


Até o próximo #OldIsCool!

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Meus Discos #06 – CD “The Legend of Chin” Switchfoot

Para um primeiro lançamento da banda Switchfoot, The Legend of Chin eles já demonstraram uma boa criatividade tanto nas letras como nos arranjos. Nesse trabalho, o grupo esbanjou na complexidade e reflexão em suas abordagens, como o vazio humano, sentimentos e assuntos do cotidiano. A gravação é creditada ao power trio formado por Jon Foreman, Tim Foreman e Chad Butler, o que faz de uma obra tão criativa tornar-se notória por ser executada por apenas três pessoas. As músicas foram compostas pela criatividade de Jon Foreman, com exceção de Underwater, que foi escrita por Jon em parceria com Casey Gee. A capa e o título do projeto faz referência a um amigo dos integrantes da banda chamado Chin. 

Capa do álbum ''The Legend of Chin'' do Switchfoot


A primeira canção, o post grunge Bomb, começa com uma bela introdução de baixo e de acordo com o andamento da música ganha peso até terminar com a mesma leveza da introdução. Música com dissonantes, dedilhados e riffs de guitarra, a segunda melhor melodia. O mais notável e legal nessa canção foi o baixo. Ótima música de introdução. A letra faz referência a um vazio do eu lírico clamando a Deus para que possa preencher esse espaço. O vazio é a bomba que ele vive. Uma letra criativa e legal. 

Chem 6A é a melhor música do álbum, o primeiro single da banda, com direito a um videoclipe. Começando com falas no início, a música segue uma linha bastante grunge. Nessa, Jon Foreman caprichou nos riffs de guitarra, mostrando alegria. O guitarrista a compôs se referindo a um curso acadêmico de Química que ele fez na Universidade de San Diego. Os versos se referem à preguiça de estudar, tentar resolver seus problemas e mudar o mundo. Esse problema se reflete na sociedade como uma falta de esforço do homem para resolver suas dificuldades. Uma ótima letra e complexa. 

Outra ótima música, Underwater segue a linha alegre e alternativa das primeiras canções. Riffs interessantes de guitarra e mais ou menos no final da música, ela ganha um estilo meio blues novamente até aumentar o peso e voltar para o rock alternativo. Sua letra é bastante complexa. Ao que parece, uma moça vive sua vida correndo contra o tempo tentando saber qual o sentido de tudo e assim vive seu tempo. Mas ela não consegue e sempre falha. Numa parte mais complexa ainda, usando de metáforas, a letra parece passar uma ideia sobre a morte dessa moça, que perde todos seus objetivos. O que se pode tirar dessa canção é sobre a busca cega do homem sobre o sentido da vida, mas não consegue encontrar. Algo que deveria ser buscado em Deus. 

Edge Of My Seat também é ótima, e começa lentamente com piano e voz, até ficar mais rápida como as músicas anteriores com a entrada da guitarra, do baixo e da bateria. Bons riffs de guitarra. Como sempre, outra letra complexa e poética. O que poderia tirar dela, é sobre uma articulada declaração de amor. Ele está dizendo que não sabe o que tem no futuro, nem o que espera por ele, mas quer que uma garota ande com ele na vida, uma menina que conheceu e que não pode esquecer. Deseja que ela ande com ele na montanha-russa fazendo alegoria a uma vida vivendo do lado do seu amor. 

Diferente das primeiras músicas, Home já segue um estilo mais calmo. Primeira balada do álbum, segue com belos dedilhados e acordes de violão. Uma bela canção e um ponto forte do Switchfoot de fazer canções desta categoria. Nessa, entram violinos que executam belas notas, o ponto forte da melodia. Agora, o mais notável dessa canção é a letra, bastante poética, que fala da longa caminhada até a eternidade. Em partes dessa letra como “Parar para pensar em todo/ O tempo que eu tenho perdido/ Começar a pensar em todas as/ Pontes que eu tenho consumido/ Que devem serem cruzadas” confessam sobre o tempo perdido em coisas passageiras e sobre caminhos que deveriam ter seguidos. Fala sobre tudo está no controle de Deus e que não devemos parar nessa longa caminhada, a longa caminhada para nossa “Home”. Essa é a melhor letra do disco. 

Might Have Ben Hur segue alternando riffs calmos e dedilhados entre riffs rápidos. A interpretação de Jon Foreman com agudos em algumas partes é interessante e até cômica. A letra, outra confissão de amor, fala sobre o eu lírico pensando que poderia ter sido aquela garota que amava que ele compartilharia seus sonhos e fracassos, que ele poderia ter confiado, mas que pelo “Poderia ter sido ela” não estava com ele e assim o deixou triste. 

Concrete Girl é uma música meio pedante, segue também alternando entre longos dedilhados calmos e curtos riffs potentes. A letra fala sobre problemas que acercam uma garota, que balançam seu mundo, mas como uma palavra de conforto do eu lírico, ele fala para ela sobreviver a isso tudo e continuar vivendo. Uma ótima letra que descreve sem feminismo o verdadeiro valor de uma garota. 

Life and Love and Why começa com um dedilhado suave de guitarra. E assim, como algumas canções dessa obra, ganha peso com o tempo. Segue alternando entre esses dois pólos. Contém uma ótima letra, reflexiva e poética, falando sobre a busca fútil de coisas que possam preencher o vazio humano, lhe darem alegria, e há um questionamento sobre isso tudo. A alegria ansiada só poderia ser encontrada em Deus, que descrita na canção como uma súplica pela resposta para o vazio humano. 

Outra balada, You seguindo a linha de “Home”, é um belo registro. Contém toques de violinos, não tão atraentes como “Home”. A canção tem uma linda e poética letra que descreve sobre a esperança não ser encontrada em nós, nos homens, mas em Deus. Uma esperança encontrada em Deus mesmo nas decepções humanas, em suas fraquezas. E assim, o eu lírico espera perder-se de si mesmo e se encontrar em Deus. 

Ode to Chin é mais alegre e animada como as primeiras faixas. A letra tem um tom reflexivo e bem poética, e como sempre ótima. Questiona sobre nossas visões, nossas escolhas, e que Deus é maior que isso, maior que palavras. Então num convite do eu lírico, ele nos pede para firmar nossa vida em Deus, nossa visão nEle. 

Uma música acústica do disco, Don’t Be There segue numa linha suave com violão e a entrada de toques de violinos. Boa canção, que lembra canções que podem ser tocadas em bar. Jon Foreman a compôs porque estava passando por um período difícil na vida pela perca de uma amizade. A letra se baseia na melancolia da separação e a preocupação do cantor com o seu amigo em que havia se separado. Como sempre, letra poética e complexa. 

Com certeza, só nesse álbum o Switchfoot já disse para que veio. Trazendo letras complexas, poéticas e belas, arranjos criativos mesclando alegria e suavidade. A capa é interessante, porém não é muito chamativa, lembrando algo mais clássico e antigo. Pela letra “Ode to Chin”, essa capa poderia se referir a um projeto de reflexão a vários “chins” no mundo. Jon Foreman interpreta bem as músicas nesse álbum, sem exageros. Switchfoot demonstrou que viria a ser a melhor banda de rock alternativo. Continuo e continuarei recomendando Switchfoot aqui no blog. Até!

Ouça!

Music Box #44: Freddie Fardon - Treasure (My Time)

Music Box de #44 com ''Treasure (My Time)'' de Freddie Fardon. Descobri essa canção em janeiro desse ano enquanto ouvia a rádio Criativa. Curti.

Novato na indústria da música, Freddie Fardon cria músicas que apontam as pessoas para o coração de Jesus. Seu texto bíblico favorito: "Meu coração está firme; eu cantarei e farei música" se tornou a base do que ele produz.

Freddie Fardon

Novato na indústria da música, Freddie Fardon cria músicas que apontam as pessoas para o coração de Jesus. Seu texto bíblico favorito: "Meu coração está firme; eu cantarei e farei música" se tornou a base do que ele produz.

Ainda sem um álbum pronto, Freddie já mostrou muito talento em singles lançados, como em ''Treasure / My Time''. Ouça!


E aqui está cada momento meu,
me mantenha chegando mais perto
Nunca fique longe da minha mente
Porque você é o melhor uso do meu tempo

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Na Minha Playlist #221: PFR - The Grace of God

Seguimos com canções da minha playlist, dessa vez com o excelente grupo PFR ao som de ''The Grace of God'' em #221.

PFR é um grupo de rock cristão de Minnesota, EUA. O nome original da banda é 'Pray for Rain', mas foi alterado para 'PFR' para evitar conflito com outro grupo musical.



Seus membros são Joel Hanson (guitarra), Patrick Andrew (baixo) e Mark Nash (bateria). Entre idas e vindas, o grupo encerrou as atividades em 2013. 

A canção ''The Grace of God'' está presente no álbum Great Lengths lançado em 1994. Basicamente a música fala sobre a presença de Deus em nossas vidas e toda Sua graça. Com uma ótima melodia... Ouça! 


Há algo aqui dentro
Que eu não posso explicar
Mas pela graça de Deus
Eu estou refeito

sábado, 25 de maio de 2019

Filme – Esperança e Glória (Hope and Glory, 1987)

II Guerra Mundial. Londres vem sendo bombardeada pelos alemães. Obrigado a morar com a avó no interior depois que sua casa foi destruída, a imaginação de Bill, um garoto de 9 anos, transforma a morte e a tragédia numa gloriosa aventura. Em #100 o filme ''Esperança e Glória'', assisti nas madrugadas da Globo há anos e decidi rever esses dias. Um grande filme e que ganha um espaço aqui no blog.

A guerra sob o olhar inocente de um menino.

Baseado nas memórias do diretor John Boorman. Na Londres devastada por bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial, a família de Bill (interpretado por Sebastian Rice-Edwards) de nove anos, sofre as consequências do conflito. Enquanto seu pai luta contra os nazistas no front, sua mãe e suas irmãs vivem assustadas com os horrores e ruínas de uma cidade castigada pela guerra. Mas, não Bill... para ele, a guerra significa dias sem aula, descobertas em meio às ruínas e um festival noturno de fogos de artifício, assistidos do abrigo antiaéreo do quintal. Ele descobre como brincar entre as péssimas condições de Londres: escondendo peças da artilharia, formando gangues com as crianças vizinhas, tudo o que a imaginação infantil pode criar. É a partir dessas brincadeiras e lembranças que se contrói um painel dos horrores que uma guerra pode causar. E ao final da guerra sua inocência também pode acabar.

Esperança e Glória

É uma homenagem à família, uma visão do amor, as lembranças da Guerra... tudo através dos olhos de uma criança. A ideia central do filme é de que nada será como antes depois da guerra, as pessoas mudarão, as roupas, os costumes, e principalmente o mundo, e isso fica bem claro quando percebemos um certo aprendizado do desapego nos gestos dos personagens, que se esforçam para não se apegar a nada material além deles mesmos, é claro.

O filme também não toma partido de ideologias, apenas conta como é ser criança e continuar sendo criança em um lugar que passa por eventos decisivos que influenciaram o destino de toda a humanidade. Enfim, o quê a guerra tentou destruir, a alegria de viver não permitiu.

Drama indicado aos Oscars de Melhor Filme, Direção, Roteiro Original, Fotografia e Direção de Arte. Produzido, escrito e dirigido por John Boorman. Fantástico. Recomendo!

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Filme – O Último Bravo (Apache, 1954)

Em 1886, depois que o índio Gerônimo, líder dos apaches, se entregou aos soldados americanos, seu fiel e corajoso combatente Massai decide lutar pela honra de sua tribo. Sozinho, o guerreiro busca de qualquer jeito a derrota dos inimigos, mesmo que custe a sua vida. Bom, assiste o filme ''O Último Bravo'' há anos, por causa do meu pai. Desde então tinha esquecido o nome, só lembrava que era algo com Apache, então revi o clássico pra fazer a resenha aqui no blog.

Esta é a história de Massai, o último guerreiro Apache. Foi contada e recontada até se tornar uma das grandes lendas do Sudoeste. Começou em 1886 com a rendição de Jerônimo.

O Último Bravo

Baseado no livro Bronco Apache de Paul Wellman, com direção de Robert Aldrich e lançado em 1954. O Último Bravo é um bom filme, principalmente para os fãs de faroeste. O filme narra a história do último guerreiro Apache, quando o índio Gerônimo (interpretado por Monte Blue) é ameaçado e coagido a se entregar para as autoridades americanas, seu fiel combatente Massai (interpretado por Burt Lancaster) decide iniciar uma grande luta em nome da honra de sua tribo. Percebendo que não terá aliados na resistência, ele se compromete a conquistar a vitória, por mais que isso custe a sua vida. Ele luta contra a implacável cavalaria americana, se esforçando para permanecer um passo à frente dos soldados altamente treinados que juram prendê-lo. Massai sabe que precisa continuar sua luta, não somente pela própria vida, mas também pelo orgulho de toda sua raça.

É um ótimo filme do gênero western com temática indígena, além de transmitir uma ótima mensagem: ter esperança. É um drama sobre a sobrevivência de uma cultura. A obra ainda consegue se destacar também pela ótima atuação de Burt Lancaster, que transmite por seus olhares o medo e a desesperança de um ser humano que está diante do fim de seu povo. Uma obra que provoca reflexão sobre o tratamento que os nativos recebem (servindo inclusive para questionarmos a situação no Brasil) e que ainda funciona como um western mais dramático e distante do “bang bang” habitual daquela época. Recomendo!

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Filme – A Cor Púrpura (The Color Purple, 1985)

Celie é uma mulher negra nascida no começo do século passado nos Estados Unidos. Muito jovem, acaba grávida de seu próprio pai, que, mais tarde, a casará com um homem que a humilha. Assim, continua sua difícil existência, durante muitos anos, até que a chegada de uma mulher mudará sua vida. Hoje escrevo sobre ''A Cor Púrpura''. Assisti há uns anos numa noite no canal TCM e me apaixonei. É um dos meus filmes favoritos.

Apesar de uma vida tão difícil, ela nunca se rendeu.

Baseado em livro de Alice Walker. Georgia, 1909. O filme lançado em 1985 tem como direção Steven Spielberg. Em uma pequena cidade Celie (interpretada por Whoopi Goldberg), uma jovem com apenas 14 anos que foi violentada pelo pai, se torna mãe de duas crianças. Além de perder a capacidade de procriar, Celie imediatamente é separada dos filhos e da única pessoa no mundo que a ama, sua irmã, e é doada a "senhor" (interpretado por Danny Glover), que a trata simultaneamente como escrava e companheira. Grande parte da brutalidade do senhor provêm por alimentar uma forte paixão por Shug Avery (interpretada por Margaret Avery), uma sensual cantora de blues. Celie fica muito solitária e compartilha sua tristeza em cartas (a única forma de manter a sanidade em um mundo onde poucos a ouvem), primeiramente com Deus e depois com a irmã Nettie (interpretada por Akosua Busia), missionária na África. Mas quando Shug, aliada à forte Sofia (interpretada por Oprah Winfrey), esposa de Harpo (interpretado por Willard E. Pugh), filho de Mister, entram na sua vida, Celie revela seu espírito brilhante, ganhando consciência do seu valor e das possibilidades que o mundo lhe oferece. Pois mesmo tendo sido violentada de tantas formas durante quase a vida toda, ela não perdeu sua bondade, sensibilidade e principalmente sua fé diante de um ambiente tão hostil. O filme também traz todo o contexto da época juntamente com as questões raciais, abuso, casamento infantil e as mulheres na sociedade.

A Cor Púrpura

Naquela época ninguém em Hollywood acreditava que Steven Spielberg seria capaz de fazer um filme sério depois de seus Indiana Jones. A Cor Púrpura foi a resposta. Ele pegou o romance simples de Alice Walker e o edificou como um épico melodramático, com brilhante utilização da fotografia e trilha sonora, fazendo deste um filme belo, triste, melancólico e ao mesmo tempo pop, nos mostrando tudo de forma leve e ágil como um filme do Indiana Jones. Mesmo sendo um filme divino e emocionante (um dos filmes americanos mais belos que já assisti), A Cor Púrpura não venceu em nenhuma das 11 categorias às quais foi indicado ao Oscar; uma grande injustiça. Anos depois, a Academia se redimiu ante ao mestre pop Spielberg, premiando o seu A Lista de Schindler, mas a saga da garota negra ainda continua sendo seu melhor filme, pois vai devagar nas apelações e não parece um filme feito para ganhar prêmios.

Enfim "A Cor Púrpura" é um filme de extrema sensibilidade e de muita sinceridade. Spielberg contou a história de maneira agradável e, por vezes, chocante! Impressiona a maneira com que nos envolvemos nesta bonita história de amor, afeto, carinho e compaixão. Pessoas fazendo coisas por outras, sem querer receber algo em troca, apenas a felicidade. O final é de redimir qualquer erro durante o filme. A cena onde Celie reencontra a felicidade na sua vida. Magnifico. (Obs: Eu curti muito a musica "Miss Celie's Blues" que a Shug Avery canta.) Recomendo a todos!

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Filme – O Pianista (The Pianist, 2002)

O famoso pianista polonês Wladyslaw Szpilman tenta sobreviver à tirania nazista durante a 2ª Guerra Mundial neste drama baseado em suas memórias. Assisti ao filme ''O Pianista'' há uns anos com meus pais. Decidi rever na Netflix pra fazer essa resenha. Um filme espetacular e que desde já recomendo a todos.

Lançado em 2002 com direção de Roman Polanski, o filme ''O Pianista'' conta a história real de Władysław Szpilman (1911-2000), baseado no livro homônimo, que contava suas memórias da sua sobrevivência em Varsóvia na guerra. 

O Pianista

O filme abre com cenas reais de Varsóvia em 1939. Tudo calmo e todos, cumprindo com seus deveres. A cena corta para o pianista, tocando uma música de Chopin. Tudo começa em Varsóvia, na Polônia, onde de fato houve o maior número de judeus mortos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, de 1939 à 1944. Em torno da história verídica de um pianista judeu polonês, o filme relata exatamente a forma com a qual os nazistas os eliminavam.

Wladyslaw Szpilman (interpretado por Adrien Brody) é o personagem central da história, é obrigado a se retirar da cidade junto com toda a sua família e outros milhares de judeus poloneses a caminho de um bairro construído pelos nazistas, que os isolava do resto da população não judia de Varsóvia. Nesse mesmo bairro foi construído um muro para evitar que os judeus tivessem acesso ao resto da cidade. Mas antes disso, os judeus já eram bastante discriminados pelo alemães. Era proibida a entrada dos mesmos em parques, restaurantes e até em determinadas ruas. Até o banheiro que frequentavam não era utilizado pelos alemães, já que consideravam o povo judeu como um "povo sujo".

Após três anos convivendo no bairro, Szpilman viu sua família ser transferida junto com muitos outros judeus para um campo de concentração nazista de extermínio. Os nazistas os enganavam, dizendo que seriam todos transferidos para trabalharem, sendo que na verdade todos estavam sentenciados à morte.
O pianista foi escolhido por um dos soldados para permanecer em Varsóvia e trabalhar em construções para eles, junto com alguns outros 'sortudos'. Ao fim do dia de trabalho, os alemães escolhiam a dedo alguns judeus para serem mortos com um tiro na cabeça, isso para diminuir o número de judeus cada vez mais.

No decorrer do filme, Szpilman, numa forma desesperada de sobrevivência à perseguição nazista, se esconde em diversos prédios abandonados pela cidade devastada até que o conflito chegue ao fim. Numa das vistorias aos escombros, um dos nazistas, o capitão Wilm Hosenfeld (interpretado por Thomas Kretschmann) encontrou Szpilman no porão tentando abrir uma lata de mantimentos. O capitão o perguntou se ele era judeu e o que fazia antes do extermínio. Quando ele começou a tocar piano, Hosenfeld se sensibilizou e não comentou com os outros sobre o que viu. Sempre que podia, levava comida para o pianista e chegou até a lhe dar seu paletó da potência ariana.

Enfim, o filme é uma obra de arte obrigatória, a sua história e seus acontecimentos precisam ser vistos, precisam ser vivenciados por todos, para que possamos sentir o que foi aquele período para a humanidade. É impossível não se emocionar e não se impactar com tudo que está passando diante dos nossos olhos. As cenas possuem uma veracidade incrível, que chega a doer na alma. Recomendo!

The Pianist foi indicado a sete Oscars, incluindo na categorias de melhor filme e venceu nas categorias de Melhor diretor (Roman Polanski), melhor ator (Adrien Brody) e melhor roteiro adaptado (Ronald Harwood). O filme também ganhou outros prêmios, entre eles 2 BAFTAs, 6 Césars, e a Palma de Ouro. (Wikipédia)