terça-feira, 30 de julho de 2019

Filme – O Garoto Que Podia Voar (The Boy Who Could Fly, 1986)

Quando você deseja uma coisa de coração, ela pode virar realidade

Depois da morte do pai, Milly se muda com a mãe e o irmão para um novo bairro onde conhece Eric, um jovem solitário que só pensa em voar. Aos poucos Milly vai descobrindo que Eric não é um garoto como os outros. 

Assisti ''O Garoto que Podia Voar'' (The Boy Who Could Fly, no original)  na antiga sessão de filmes do SBT, o Cinema em Casa lá por 2009, se não me engano. Lembro que gostei bastante, tanto é que anos depois adquiri o dvd do filme. 

Jay Underwood e Lucy Deakins, interpretam Eric e Milly, respectivamente

Amável adolescente Milly (interpretada por Lucy Deakins) muda-se com a família uma nova casa. Milly está na adolescência, o irmão Louis está na infância e a mãe tem de se adaptar a um novo emprego. Para os três, é uma oportunidade de tentarem superar a morte do pai. 

As coisas vão correndo de forma lenta., Milly conhece um rapaz, seu vizinho, um adolescente autista que mora ao lado, chamado Eric Gibb (interpretado por Jay Underwood). O Eric mudo, cujos pais foram mortos quando ele tinha 5 anos de idade, vive com seu tio Hugo (interpretado por Fred Gwynne), que é alcoólatra. Sua tendência para ficar em telhados e parapeito das janelas como se estivesse voando, alarma seus assistentes sociais, mas quando Eric salva Milly de uma queda potencialmente mortal, ela começa a acreditar que o garoto realmente pode voar. Milly desenvolve um carinho muito especial por Eric e procura ajudá-lo. Tal relação será um estímulo para todos conseguirem superar os seus medos e traumas.

Jay Underwood interpreta Eric Gibbs
Com direção de Nick Castle e lançado em 1986. O filme traz uma abordagem metafórica sobre que as realizações dos nossos sonhos depende da nossa força de vontade e do quanto você acredita e insiste neles , além disso o longa também demonstra a importância do companheirismo.

Gostei muito do desenvolvimento dos personagens e de toda essa a abordagem, o que deixa o filme ainda melhor. É uma fantasia juvenil, trazendo temas muito sérios, como os traumas que emperram ma mente infantil. Mas tudo melhora quando, na escola, o menino consegue se abrir para a bela jovem, com quem faz amizade. Tudo de uma forma alusiva e emocionante que a mensagem é transmitida, enriquecendo mais ainda o filme .

Dadas as características narrativas e emocionais, o filme consegue momentos de uma arrebatadora ternura (os cuidados de Milly face a Eric), de inocente sentimentalismo (o primeiro beijo) e de magia (o “momento da verdade”, sobre se Eric voa ou não). Além de uma trilha sonora muito bem produzida, a ótima canção de Bruce Broughton (um dos grandes compositores cinematográficos dos 80s e 90s). As atuações também são ótimas, Uma esplêndida (e linda) Lucy Deakins explora toda a dimensão emocional da sua personagem. Jay Underwood usa bem o seu rosto para transmitir emoções. 

Cena do filme ''O Garoto que Podia Voar''
O filme acabou virando um cult dos anos 80, pela maneira emocionada e sem pieguice com que retrata a amizade entre do menino silencioso e a garota bonita. Uma cena memorável é a cena do hospital, onde Eric aparece para Milly e os dois ''voam'' pela cidade. Resta ao espectador embarcar na história. Um belíssimo filme, de grande pureza e inocência. Uma pequena pérola. Muito recomendável.

Uma curiosidade sobre o filme é que a banda Thrice lançou uma música baseada no filme, intitulada "A Song For Milly Michaelson" em seu LP de 2007 The Alchemy Index Vols. III e IV . O mesmo aconteceu com os Vandals, no álbum Hitler Bad, Vandals Good.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Filme – Com as Próprias Mãos (Walking Tall, 2004)

Quando um membro formal da Força Especial da Marinha dos EUA volta à sua cidade natal na zona rural de Washington com o desejo de trabalhar lá, descobre que muitas coisas mudaram: a tranquila e silenciosa cidade de antes foi invadida pela corrupção e pelo crime, agora cheia de drogas e ataques violentos, além do constante sentimento de terror e maldade. Muitos culpam o cassino onde agora trabalha como bailarina sua ex-namorada. Buscando vingança, com integridade em seu coração, o soldado altamente treinado, agora xerife do condado, e seu adjunto, percebem que é hora de cortar algumas cabeças para devolver à sua gente o lugar que merecem para viver em tranquilidade.

Protagonizado por Dwayne ‘The Rock’ Johnson, 'Com as Próprias Mãos' foi um dos filmes que mais assisti na vida (hahahaha), meu irmão curtia muito e eu acabava assistindo junto. Se eu fizesse uma lista de filmes que assisti inumeras vezes com certeza esse aqui estaria na lista.

Com as Próprias Mãos (Walking Tall, 2004)


Com direção de Kevin Bray e lançado em 2004, 'Com as Próprias Mãos (Walking Tall, no original) é uma modesta refilmagem de uma produção de 1973 baseado na história real do xerife Buford Pusser que numa pequena cidade do interior dos Estados Unidos, entre 1964 e 1970 conseguira impor a lei a ordem ficando famoso ao utilizar um bastão de madeira com o qual batia em criminosos quando os confrontava.

Apesar da inspiração e homenagem ao xerife Pusser, o personagem de Johnson tem o nome alterado para Chris Vaughn, um jovem militar veterano que acaba de deixar o exército para voltar a viver em sua pequena cidade natal ao lado de sua família e amigos de infância. Além de voltar a viver com seus pais, Chris quer trabalhar como marceneiro, seu antigo ofício antes de servir as forças armadas. Ao reencontrar sua família e e velhos amigos, Chris sente-se verdadeiramente de volta ao lar.

Entretanto a paz e a calmaria que ele volta a encontrar em sua pequena cidade não vão durar muito, pois em pouco tempo ele descobre que Jay Hamilton (interpretado por Neal McDonough), um dos amigos ou colega de infância, comanda negócios ilícitos em um cassino local do qual é proprietário. Ao participar de uma jogada no cassino, Chris descobre existe fraude nos jogos, arranja uma briga com os seguranças do local e é expulso e espancado quase até a morte. Felizmente Chris sobrevive e após sair do hospital, resolve entrar na justiça contra Hamilton que apesar de tentar, não consegue suborná-lo à não fazer isso.

A partir da pequena sinopse do parágrafo àcima não é dificil deduzir que logo mais adiante haverá um jogo de perseguição entre ambos, pois Chris Vaughn fará de tudo para descobrir todas as atividades ilícitas que Hamilton comanda na cidade, sendo que após vencer causa no tribunal, candidatou-se à xerife e venceu tal eleição, o que infelizmente não é mostrado na narrativa e isso é uma pena, mesmo para um filme de ação feito para divertir.

Como mencionado, a história do filme foi baseada na vida do xerife do Tennessee Buford Pusser. Esse fato já tinha chegado aos cinemas em 1973. A primeira versão chamou-se Fibra de valente (Walking Tall) e foi estrelada por Joe Don Baker. O sucesso foi tão grande, que gerou duas seqüências: Fibra de valente II (1975) e Fibra de valente: o capítulo final (1977). Em ambas as continuações o ator Bob Svenson interpretou o famoso xerife. Buford Pusser era um típico branco morador de uma cidade do sul dos Estados Unidos. Essa região americana sofre até hoje pelo racismo e maioria dos seus habitantes possuem armas e costumam ser muito agressivas. Buford conseguiu eleger-se xerife e sua notoriedade veio do uso de um cedro em forma de bastão para manter a lei na cidade. Parece inusitado, mas era a forma sulista de combater a violência que imperava.

Com as Próprias Mãos (Walking Tall, 2004)

Uma cena memorável de Walking Tall é quando Chris invade o cassino furioso e derruba um a um todos os seguranças, além de fazer um belo estrago no local. O confronto final de Chris com Jay Hamilton  é também um dos pontos altos da aventura, pois os atores conseguiram fazer uma das melhores cenas de luta que já vi - afinal, o cinema de ação moderno já está muito impregnado de efeitos digitais, algo que não se vê nessa produção que por sinal cuja ação foi filmada em estilo "old school", ou seja, de modo mais bruto, como nos velhos tempos.

Um atrativo a mais além da ótima ação são boas as tiradas de humor por conta da presença de Johnny Knoxville (de JackAss) no papel de Ray Templeton um dos amigos de infância de Chris e que se torna seu assistente no combate ao crime, o alivio cômico do filme. Walking Tall é uma expressão em inglês que traduzida literalmente significa "caminhando alto", e em português é equivalente à "andar de cabeça erguida" - algo que define muito bem pessoas corajosas e determinadas e nessa aventura The Rock se revelou um xerife mais que eficiente pavimentando sua carreira ao estrelato em que vive agora. Recomendo!

Etcetera: Zapeando a TV

Decidi tirar um tempinho nesse final de semana e fazer esse post do Interativo de Nº 15 dando uma Zapeada pela televisão brasileira. Infelizmente foi se o tempo em que a televisão era sinônimo de qualidade e variedade. Tanto a televisão aberta e paga brasileira, sofrem da falta de qualidade e conteúdo nos programas vinculados. Poucas são os canais que investem em qualidade e trazem algo diferencial. É tudo sempre o mais do mesmo e eu vou mostrar isso direito através do post.

Acho que sempre gostei de assistir tevê, sempre gostei de zapear e ver o que estava rolando em cada um dos canais que eu pude ter acesso. Acho que a primeira vez que tive acesso a televisão paga foi em 2001, quando meu pai assinou a Sky Brasil, naquele tempo era algo de novo, porém um pouco caro, tanto é que poucos tinham. Atualmente continua caro até, para um serviço mediano que entregam aos consumidores (na minha opinião), porém mais pessoas tem acesso ao serviço, o que refletiu na mudança da programação vinculada dos canais, que se aproxima do que a TV aberta apresenta. Antigamente se via mais uma programação legendada, hoje é mais adaptada e totalmente dublada em nosso idioma visando atingir mais público.

Ilustração

A lista de numeração das principais operadoras de TV por assinatura começa sempre com os canais mais básicos da televisão aberta. Como a Rede Globo (em algum sinal de afiliada regional), SBT, RecordTV, Band, RedeTV! ambos os canais apresentam conteúdos interessantes, mas muita coisa de gosto duvidoso. Na televisão aberta temos alguns programas de diferentes estilos, do entretenimento assistencialista a jornalismo sensacionalista. Que coisa não?! Confesso que atualmente assisto pouqussimo a TV aberta do Brasil. O motivo? Não tem muito o que se aproveite. Atualmente a Band foi a emissora que eu mais assisti, devido aos programas O Aprendiz e MasterChef. Na TV aberta temos alguns canais que se sobressaem quando o assunto é filmes, um exemplo é a Rede Globo que ainda se dedica a exibir várias sessões de filmes durante sua programação. Ahhh bons tempos que eu acordava de madrugada e ligava na Globo ou no SBT e estavam exibindo algum filme de terror seguido de um filme infantil em plena 4h da manhã. Outro canal que chama a atenção atualmente é a Rede Brasil, canal que dedica suas madrugadas para exibir seriados clássicos como A Noviça Voadora, A Familia Addams, Mulher Maravilha, Batman e Robin. O ruim é que não tem horário fixo para nenhuma dessas atrações, todas ficavam rodadas na programação, podendo ser substituídas por algum merchan ou algum culto da Igreja Plenitude que aluga horários na grade da programação. Bom, seja como for, é bom ver essas séries esquecidas pelos canais a cabo que deveriam ser uma alternativa para essas produções. Não posso esquecer de mencionar os canais agrários. Os canais ''Novo Canal'', Canal do Boi, etc... dedicam sua programação a leilões e exibição de filmes de faroestes, os famosos western que eu particularmente gosto muito. Já assisti alguns e até que eu gostava de alguns títulos exibidos, ruim que eu esqueci o título de muitos que acompanhei lá.

Partindo para a TV paga brasileira, temos muita coisa de gosto mais duvidoso ainda. Programa de anões barraqueiros, pessoas obesas, seriados de comédia ruins (oi Multishow), acumuladores compulsivos, reality show de namoro fake, etc... é tanta coisa que não me surpreende a TV paga perder cada vez mais assinantes.

Uma geração nunca entende o gosto da outra, né? Concorda? Bom, eu realmente não entendo o que houve com os canais infantis, Cartoon Network desde que virou apenas ''CN'' se perdeu legal. Discovery Kids virou ''DK'' e limou todas as séries juvenis que exibiam no começo dos anos 2000, agora se dedica a exibir desenhos pré-escolar. Bom, nesse caso foi bom para eles, a audiência deles cresceu muito e atualmente se posiciona em #1 lugar na audiência. Disney Channel não dá pra falar, não assisto há anos, mas atualmente séries ruins e desenhos mais ruins ainda. Saudade do velho Disney Channel que usava as orelhas do Mickey como identidade. Seguido de Nickelodeon que continua com o mesmo estilo de programação desde sempre, mas para um outro público. Boomerang que já teve várias identidades e atualmente se parece um DK 2.0, poderia voltar a fazer jus ao seu nome e exibir clássicos. Mas parece isso temos o Tooncast que resgata o velho Cartoon Network lá dos tempos do começo dos anos 2000, exibindo vinhetas e produções que estiveram presentes na programação do velho Cartoon.

Sigo indo para os canais de filmes e séries. Temos os canais HBO que se sobressaem através da exibição de séries originais de altíssima qualidade e os canais Telecine que sobrevivem atraves de inúmeros filmes dos grandes estúdios e grandes estreias sempre aos sábados 22h, o mesmo horário da HBO. O mais legal é que podemos ter tanto o Telecine como a HBO sem precisar fazer assinatura da tevê, apenas assinando seus streamings. Sigo indo para a Warner Channel que assisti muito na minha adolescência, atualmente o canal exibe séries da rede The CW, na maioria séries da DC Comics e sitcoms como Two and a Half Men e Friends. Partindo para o Canal Sony, canal esse que já foi especialista em exibição de séries norte-americanas, atualmente se limita a exibir filmes e variedades, como programas de culinárias e reality shows. Depois temos o canal FOX que exibe filmes e Os Simpsons o dia inteiro praticamente. Os caras não dão folga para a família amarela. Depois temos o canal da Universal Pictures, que já teve vários nomes (USA TV, Universal Channel, Canal Universal, UniversalTV), que povo indeciso. Eles tentam se aproximar um pouco da programação do canal AXN, canal irmão do Sony e que exibe mais séries policiais. Temos também o Paramount Channel que atualmente exibe séries renomadas como The Handmaid Tales e filmes dos estúdios Paramount e nas madrugadas exibe bastantes clássicos, se sobressaindo de outros canais do gênero. Atualmente os canais de filmes assistidos são o TNT e Megapix. Além de filmes o TNT chega a exibir eventos como premiações de filmes como o Oscar, jogos de futebol, etc., temos também o TCM, um canal que só passa clássicos. De preferência hollywoodianos. E a qualidade é sempre boa (muitos filmes dublados, o que causa a rejeição de muitas pessoas, mesmo as dublagens sendo ótimas). Porém, atualmente anda abandonando sua proposta original e está exibindo muitas produções que facilmente podemos assistir em outros canais. Zapeando, zapeando... parei em Comedy Central, um canal que exibe conteúdo voltado para o humor (jura...), na maior parte do tempo exibe a série South Park, aquele das crianças precoces, professores duvidosos, policiais analfabetos, políticos corruptos, pais sem noção de nada e um garotinho que sempre bate as botas….precisa dizer mais? Bem vindo a South Park, a cidade mais puritana dos Estados Unidos (claaaro!) e lar de Stan, Kyle, Cartman e Kenny, os garotos mais endiabrados da história das animações. É exibido também My Wife and Kids e Everybody Hates Chris, séries que foram reprisados a exaustão no SBT e Record, respectivamente. Não posso esquecer de mencionar o canal de filmes brasileiro, o Canal Brasil que exibe 100% de filmes brasileiros e dedica sua madrugada a exibir as pornochanchadas dos anos 70 e 80, confesso que eu assisti algumas e até gostava (hahahaha).

Partindo para a qualidade, temos os canais Discovery que apresenta muita variedade, programas de culinária, documentário sobre o universo, o mundo, natureza, etc... e o meu favorito: O Investigação Discovery, canal do grupo que surgiu em 2012 e desde então eu me amarro muito na programação do canal, como o próprio nome sugere, é um canal focado desde investigações criminais até séries de crimes por dinheiro, vingança e mentes assassinas. Outro canal que surgiu um tempo atrás foi o Lifetime, em substituição ao Sony Spin (canal que eu até gostava e já comentei aqui no blog). O maior atrativo do Lifetime são os telefilmes exibidos, produções originais e que geralmente são filmes sobre assassinatos, autobiografias, celebridades que tiveram a vida conturbada, etc., e eu confesso que gosto. Além de exibir reality show de anões que brigam entre si, reality de danças e que mães brigam entre si para ver qual filha dança mais (sério...). Outro canal focado em entretenimento é o E!, canal esse que exibe 24h por dia o reality da família Kardashian que eu me orgulho de nunca ter assistido. Quem assiste? Onde moram? o que fazem? Tem gosto? Creio que não. Canal que já exibiu o ótimo E! True Hollywood Story que me amarrava demais e o Tabatha Takes Over, bons tempos.

Indo para canais que se dedicam a exibir conteúdo musical, temos a MTV (a Music Television) que só é Music no nome. Atualmente o canal exibe reality shows como Jersey Shore, Acapulco Shore, não-sei-o-que Shore e inúmeros reality shows com ''Shore'' no meio lá, esses realitys se resumem a muita pegação, bebedeira, namoro, briga e muita gritaria e ''pi'' na hora dos xingamentos. Além do Multishow que já foi até um canal interessante quando exibia séries em sua programação e prezava pela qualidade em sua programação. Atualmente a programação segue sucateada e tenta imitar a formula da velha MTV Brasil, aonde aposta em comédia e humor na programação. Porém, sabemos que humor/comédia é pra rir, certo? Pois é, eles esqueceram disso na hora da produção. As séries carregam piadas batidas, sem graça e sem nada... sabe aquela comida sem sal? Pois é. Partindo para realmente música, ainda sobrevivendo com ajuda de aparelhos, a VH1 Megahits resquícios da antiga VH1 no Brasil que exibe 24h de videoclipes, cada um com temática diferente para manter a programação organizada. Temos o BIS, canal que exibe conteúdo até legal, reunindo MPB, internacional e a música ruim de atualmente. Ufa! Bom, em uma era que o Youtube reina, quem ainda vive de assistir esses canais? Claro que nada substitui a velha mania de zapear e encontrar algo pra assistir ou um videoclipe que já esta rolando, né? Ahhh... os saudosistas.

Bom, posso parecer extremamente amargo e negativo contando um pouco dessa zapeada pela TV. Mas ainda da pra encontrar coisas interessantes para ver um dia que você está bastante cansado, né? Ou então dormir mesmo. Brincadeiras a parte, você pode ligar nos canais Discovery e encontrar realmente algo útil e produtivo de assistir. Na minha opinião, são canais realmente que valem a pena assistir. Em uma era que o streaming toma de conta oferecendo tudo com muita praticidade, a TV paga precisa rebolar para acompanhar isso e oferecer um conteúdo de qualidade a altura.

Em tempos que as pessoas não tem paciência mais para nada, você pode montar sua programação e escolher o que assistir na hora que quiser. É por isso que os canais a cabo estão se voltando para o streaming e lançando os aplicativos de seus canais, tudo de graça para quem já é assinante de TV paga. Assim você pode assistir todo o conteúdo vinculado em cada canal na hora que quiser (ponto para eles). Enfim... acho que já escrevi demais e estou cansado. É isso, depois faço outra zapeada e vejo o que comentar de mais positivo, pois esse post fui um pouco ácido, né? Rsrs. Até mais!

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Music Box #50: Fastball - The Way

Tarde de calor, música tocando... o aleatório do Spotify me faz lembrar do esquecido hit ''The Way'' da banda Fastball. O som alternativo da banda chega ao #50 do Music Box.

Fastball é uma banda de rock norte-americana formada em Austin, Texas, em 1995. A banda originalmente se chamava "Magneto USA", mas mudou de nome depois de assinar com a gravadora Hollywood Records. Desde 1995 a banda segue em atividade.

Fastball

Ao longo de sua carreira o Fastball já lançou 5 discos de estúdio e é bastante conhecido por seu som voltado para o pop-rock e seu “revezamento” entre o guitarrista Miles Zuniga e o baixista Tony Scalzo nos vocais.

A canção "The Way" foi lançada em 1998. Foi bem-sucedida nas paradas e foi eleita como a 94ª melhor música dos anos 90 pelo VH1. Foi composta pelo outro vocalista e baixista da banda, o ex-punk californiano Tony Scalzo, após ele ter lido em jornal de Austin a história de um casal que decide "chutar o balde", arrumar suas coisas e dirigir na estrada. No caminho, o carro deles quebra e eles continuam a pé. Era o caso de um casal de idosos (Raymond e Lela Howard) de Salado, Texas, que deixou sua casa em junho de 1997 para participar do festival Pioneer Day na cidade de Temple, próxima de Salado. Eles nunca chegaram ao festival. Foram descobertos duas semanas depois, mortos, no fundo de uma ravina próxima a Hot Springs, centenas de quilômetros fora de sua rota.

E, graças a "The Way", o álbum "All the Pain Money Can Buy" já vendeu 800 mil cópias em todo o mundo, segundo a gravadora. Ouça!


Obs: A banda brasileira LS Jack gravou uma versão em português da música. A versão batizada como ''Decisão Final'' é a última faixa do álbum V.I.B.E.. O álbum acabou sendo o mais vendido da banda no Brasil pois contava com o sucesso ''Carla'', hit do ano em 2001.

Filme – Resgate Abaixo de Zero (Eight Below, 2006)

O deserto gelado da Antártida é o cenário de um conto sobre laços de amizade e lealdade. Três membros de uma expedição científica - Jerry Shepard, seu amigo Cooper e um geólogo americano - têm que deixar seus queridos cães de trenó para trás após um acidente devastador e condições meteorológicas nada boas. Sozinhos, os cães lutam para sobreviver ao duro inverno antártico.

''Resgate Abaixo de Zero'' foi um dos grandes filmes que assisti quando era mais novo, quando minha mãe me presenteou com o DVD do filme.

Resgate Abaixo de Zero (Eight Below, 2006)

O incidente original no qual a história se baseia aconteceu em 1957, mas o diretor Frank Marshall e o roteirista David DiGilio transferiram a história para 1993, o último ano em que foram usados trenós puxados por cães na Antártida. Jerry Shepard (interpretado por Paul Walker) é um guia de sobrevivência que está em missão de pesquisa e se afeiçoou a seu grupo de cães treinados para puxar trenós. Estes demonstraram sua fidelidade e habilidade ao resgatar o geólogo Davis McClaren (interpretado por Bruce Greenwood), depois de ele quebrar a perna durante missão em terreno perigoso.

Mas quando a aproximação de uma tempestade de inverno obriga todos a deixarem a base imediatamente, e o clima inclemente impede que voltem ao local por muitos meses, a líder dos cães, Maya, e seu grupo são obrigados a enfrentar a natureza impiedosa por conta própria.

Enquanto isso, de volta aos EUA, Jerry está decidido a encontrar uma maneira de resgatar seus amigos de quatro patas, com a ajuda de sua ex-namorada, que pilota aviões de campo (interpretada por Moon Bloodgood), e de um cartógrafo amalucado (interpretado por Jason Biggs).

Paul Walker em ''Resgate Abaixo de Zero''
Enquanto isso o tempo passa. Dias, semanas e meses. Para a equipe da Antártica, os cães são dados como mortos. Mas o espectador sabe que não é bem assim. Acompanhamos o drama de Jerry ao mesmo tempo que vemos como os animais conseguem se virar sozinhos, aprendendo a viverem por si mesmos. Embora o filme seja um pouquinho maior do que o que seria o adequado, com o propósito de se criar suspense para o reencontro de Jerry e dos cães, o tempo é bem utilizado. Como são muitas as cenas dos cães sozinhos no gelo, o filme adquire ares de documentário em muitos momentos, o que é, no mínimo, algo interessante. Algumas perdas acontecerão no meio do caminho, e pode ter certeza: os animais têm carisma o suficiente para fazer os espectadores se emocionarem quando isso acontecer. Há até um certo grau de violência que surpreende por ser um filme voltado também às crianças, mostrando como a natureza pode ser cruel.

A malograda expedição japonesa à Antártida em 1958 inspirou o filme de sucesso Nankyoku monogatari, de 1983, do qual Resgate Abaixo de Zero é um remake. O filme da Disney adapta os eventos do incidente de 1958 ambientando em 1993. No evento de 1958, quinze cães de trenó huskies de Sacalina foram abandonados quando a equipe da expedição não pôde retornar à base. Quando a equipe retornou um ano depois, dois cães ainda estavam vivos. Outros sete ainda estavam acorrentados e já sem vida, cinco estavam desaparecidos e um padeceu na saída da estação Showa.

Tudo em "Resgate abaixo de zero" é ótimo, surpreendente e encantador! Diria que uma qualidade acima da média, com a direção de Frank Marshall e as ótimas interpretações dos atores tanto humanos quanto animais. E por falar nestes, o que o filme possui de mais notável são justamente os cães puxadores de trenó, representados por 16 cães reais, e seus treinadores, responsáveis por criar oito personagens animais totalmente convincentes e individuais. No filme há dois Malamutes do Alasca (Buck e Shadow) e seis Huskies Siberianos (Max, Maya, Truman, Dewey, Baixinho e Velho Jack). Cada ator-cão teve a ajuda de outros cães que realizaram acrobacias e puxaram trenós. Ao todo, mais de 30 cães foram usados ​​para retratar os oito personagens caninos do filme. Max, Maya, Dewey e Buck (o dublê do Velho Jack) também atuam e são vistos no outro filme da Disney Snow Dogs. Super recomendo!

Filme – Meu Cachorro Skip (My Dog Skip, 2000)

Toda família precisa de um otimista.

1942. Willie mora numa cidadezinha do Mississipi e seu único amigo é o vizinho que, mais velho, foi convocado para a guerra. Tímido, Willie sabe o quanto é difícil fazer amigos e crescer. Mas sua vida muda quando, ao fazer 9 anos, ganha de presente Skip, um simpático cão terrier. Baseado na história real de Willie Morris.

O ano é 1942, com a Segunda Guerra Mundial devastando a Europa. Enquanto os aliados salvam o Mundo Livre da ameaça nazista, Willie Morris (interpretado por Frankie Muniz) vive isolado do resto do mundo. Tudo o que este tímido garoto deseja é um amigo. Afinal aquele que ele considera seu único e verdadeiro amigo Dink Jenkins (interpretado por Luke Wilson) se alistou no exército e está prestes a embarcar para a Europa. Em casa Willie vive dividido entre o pai linha dura (interpretado por Kevin Bacon) e a compreensiva mãe (interpretada por Diane Lane), que percebe a carência do filho. Um presente muda a vida de Willie; ao completar 9 anos, ele ganha o cãozinho SKIP, que além de amizade, lhe dá mais segurança, se aproximar da garota mais bonita de escola e provar seu valor.

Meu Cachorro Skip (My Dog Skip, 2000)

Lançado em 2000, com direção de Jay Russell, baseado na memória do autor Willie Morris, nativo do Mississipi, Meu Cachorro Skip que lembra como foi crescer em meados dos anos 40 com seu cãozinho foxterrier, companheiro de sua infância, adolescência e juventude. Se crescer não é uma tarefa fácil, ter a companhia de um cachorro com certeza facilita um pouco as coisas. Nesse filme vemos Willie se transformar: antes tímido e isolado, vê sua vida melhorar muito depois que o companheiro Skip, um cachorro da raça jack russell, chega. É um filme emocionante, dos que abordam o tema de amizade entre cães e homens, "Meu Cachorro Skip" se destaca. Um longa especial, que nos comove profundamente e relata de forma muito verdadeira a amizade que pode se estabelecer entre nós e os cães.

Moose (o cão)
Skip foi interpretado pelo cãozinho Moose (1990-2006). O cãozinho foi adotado por Mathilde de Cagny quando seus antigos donos decidiram se desfazer dele porque Moose era muito arteiro e vivia causando problemas. Quando ele matou o gato do vizinho, seus donos decidiram passá-lo adiante ou entregá-lo a um canil. Mathilde o adotou e o treinou. Seu início como "ator" foi em um comercial da Loteria Estadual na Califórnia. Ele foi visto pelos produtores da série “Frasier” na qual "atuou" por dez anos. O cãozinho faleceu em 2006.

Meu Cachorro Skip é o sonho de toda criança que quer ter o seu primeiro melhor amigo de quatro patas. Skip foi com certeza a inspiração de muitas crianças que sonhavam em voltar do colégio e ter um peludo esperando na porta de casa, ou de ir na padaria e ter aquele pequeno cachorro o acompanhando. Um conto de fadas dos apaixonados por cães. O filme também ganha pontos por sua leveza e delicadeza em contar os pontos fortes e fracos de crescer com um animal, assim como o respeito e o companheirismo que devem permanecer mais fortes do que qualquer obstáculo. A cena final do filme é uma das mais emocionantes que eu vi quando era mais novo. É uma história inesquecível que vocês vão indicar pra todo mundo e nunca vão cansar de assistir. Recomendo!

Filme – Benji - Um Cão Desafia a Selva (Benji the Hunted, 1987)

Benji, um dos cachorros mais famosos do cinema, nesse filme ele enfrenta seu maior desafio. Levado pelas águas do mar até as perigosas florestas Benji acaba perdido no meio do Oregon e precisa aprender a sobreviver na selva. O seu primeiro plano é encontrar o seu dono, mas após se deparar com quatro filhotes de leão da montanha cuja mãe foi morta por um caçador. Ele precisa encontrar um mãe substituta para os pequenos felinos enquanto enfrenta diversos animais selvagens, como um astuto lobo selvagem que persegue os filhotes. Juntos, eles se defrontam com a ferocidade de animais selvagens e lutam pela sobrevivência num ambiente hostil. Para conquistar sua liberdade e arrumar uma mãe para os indefesos filhotinhos, Benji terá que utilizar toda sua coragem e inteligência.

Benji - Um Cão Desafia a Selva

O filme é natureza pura. Considero de muito bom gosto, para toda a família. Diferente dos filmes anteriores do Benji, dessa vez eles valorizaram muito os animais, pois eles consomem a maior parte do filme. Esse é o 5° dos seis filmes do personagem canino Benji, que foi produzido pela Disney. Não tem como não se emocionar com um filme desses, muito bem feito e com destaque para vários animais que aparecem no decorrer do filme, super bem treinados. Os protagonistas são os animais, os humanos aparecem pouquissimas vezes.

Higgins (1957-1975)
Benji por anos foi interpretado primeiramente pelo cãozinho Higgins (1957-1975). Higgins foi achado em um abrigo de animais por Frank Inn, um treinador de animais para shows e filmes, na década de 1960 em Burbank. Higgins era um prodígio, ele atuou por 14 anos em Hollywood e era capaz de aprender um truque novo toda semana e lembrá-lo por anos. Sua capacidade de transmitir emoções com seus movimentos de olhos e cabeço garantiriam a ele o status de ser um dos cães mais lembrados de Hollywood.

Depois do falecimento de Higgins, um outro cão, que todos nós achávamos que era o mesmo, foi Benjean, que na verdade era uma fêmea e filha de Higgins. A cadelinha que teve uma performance adorável e comovente, herdando o talento do pai, fez todos os filmes depois de Benji e inclusive a série Benji, Zax & the Alien Prince. O último filme de Benjean foi esse mesmo do post. Enfim, singelo e emocionante, facílimo de assistir. Recomendo!

Filme – Iron Will - O Grande Desafio (Iron Will, 1994)

Após a morte de seu pai, Will precisa salvar sua fazenda. Para isso, ele se inscreve na maratona de trenós puxados por cães, uma jornada perigosa de 780 quilômetros na neve. Apesar das dificuldades, Will sempre encontra coragem e determinação para continuar. Esse desafio fará o jovem se testar ao máximo, e ele precisará de coragem e determinação para alcançar a linha de chegada.

Iron Will - O Grande Desafio

Um filme de Charles Haid. Com Mackenzie Astin, Kevin Spacey. A verdadeira história de Will Stoneman, um jovem e sua incrível força de vontade. Para salvar sua fazenda, depois da morte do pai, Will inscreve-se na maratona de trenós puxados por cães, uma jornada de 780 km na neve. Um desafio tão mortal quanto a fúria da natureza e a ambição humana. Contando apenas com sua determinação e a lealdade de seus fantásticos cães, eles vão tentar realizar o impossível: vencer a corrida e ganhar 10.000 dólares. As dificuldades são enormes, mas Will sempre encontra coragem para continuar. Sua vontade de ferro chama a atenção de todo o país que torce para que ele vença. Um filme inesquecível.

Iron Will - O Grande Desafio
O personagem Will Stoneman foi baseado na história de Albert e Gabriel Campbell (mestiços franco-indígenas), que correram em 1917 de Winnipeg para St. Paul, para cumprir o desejo que seu pai fez antes de morrer duas semanas antes da corrida. E também na de Fred Hartman, a “esperança americana” na corrida. No filme o cão-líder de Will é ferido numa briga de cães, o cão líder de Fred Hartman foi morto numa briga de cães, tornando assim Fred o queridinho da torcida. Fred Hartman assim como Will, ajudou um competidor com febre durante a corrida. Albert Campbell chegou em 1º, Gabriel Campbell em 4º e Fred Hartman em 5º.

Ótimo filme e atualmente sinto falta de produções assim da Disney. Até os anos 90 os filmes Disney manteve-se como líder nos filmes fantasias e dramas envolvendo animais que apelava pelo sentimentalismo. Neste, Iron Will - O Grande Desafio não foi diferente. Passa bem a mensagem de perseverança e determinação, sem deixar de lado a beleza natural do ambiente, ainda mais rico por causa dos cães que acompanham o protagonista.

Filme – Caninos Brancos (White Fang, 1991)

A dura jornada sob a neve, a necessidade de domar a natureza do Alasca na época do ouro e a ajuda que os humanos recebem do cão mestiço de lobo são o centro desse filme, uma versão do clássico livro de Jack London. 

Caninos Brancos (White Fang, 1991)

O órfão Jack Conroy (interpretado por Ethan Hawke) vai para o Alasca em busca de uma mina de ouro deixada pelo pai. Nas terras geladas, trava uma amizade inusitada com um lobo a quem resolve batizar de Caninos Brancos (interpretado por Jed 'wolfdog' 1977-1995), um cão-lobo híbrido mal-tratado pelo seu proprietário Beauty Smith. Quando o jovem resgata o canino das garras da morte durante uma briga com um buldogue feroz, ele recebe a ajuda do amigo Alex Larson e acaba se tornando seu companheiro fiel. Eles crescem e amadurecem juntos e a vida faz de Jack um homem de coragem. Com uma fotografia belíssima, a fria paisagem nevada e seus animais solitários são apresentados num clima deslumbrante e inesquecível de rara emoção.

Caninos Brancos (White Fang, 1991)
Baseado na obra ''Caninos Brancos'' do autor Jack London, tendo seu lançamento em 1910. A história segue a mesma linha de seu livro anterior, The Call of the Wild (O Grito da Floresta ou Chamado Selvagem no Brasil) que tratava de um cão doméstico transformando-se num lobo selvagem no Alasca. Nesse, Jack London narra a história de um animal que precisa suprimir seus instintos para sobreviver na civilização. Grande sucesso de público desde o lançamento, já foi traduzido para mais de oitenta idiomas e adaptado diversas vezes para o cinema, os quadrinhos e a TV.

Com direção de Randal Kleiser, sendo lançado pelos estúdios Disney em 1991, Caninos Brancos é um filme sensível. Mostrando até que ponto o amor de um ser humano por um lobo pode ser capaz de domesticá-lo e torná-lo seu amigo inseparável. Uma das melhores cenas é Jack sendo salvo do ataque de um urso selvagem pelo Caninos Brancos, o rapaz curando as feridas do animal após uma rinha com um cachorro, a lenta confiança obtida pelo jovem ao alimentar o lobo, o adestramento e o emocionante final. Lindas locações no Alasca. Altamente recomendável.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Music Box #49: São Paulo Underground - The Love I Feel For You Is More Real Than Ever

Improvisando, combinando sons, conversando ou simplesmente saindo juntos, a ideia do grupo musical São Paulo Underground sempre foi unir o que quer que estivesse próximo e natural ao habitat da cidade. 

O São Paulo Underground é um grupo de mentes incríveis. Com Rob Mazurek (cornet), Mauricio Takara (bateria, cavaquinho) e Guilherme Granado (teclados, eletrônicos).

São Paulo Underground

SPU é um power trio e uma orquestra pós-moderna em uma só, marcada por texturas sonoras cintilantes, batidas eletrônicas sedutoras, melodias descaradamente belas, uma paleta expansiva de improvisação e uma interação ferozmente alegre.

Em êxtase, agitado e totalmente imprevisível, a música flui de três personalidades musicais distintas unidas pela “idéia de amor infinito, a ideia de romper com o outro lado através do poder sonoro e da beleza”, diz Mazurek, um desmembrador veterano de convenções de gênero. Em vez de se estender por longos vôos de improvisação, o trio faz uma série de breves explosões, cada uma com um incidente musical. Exploradores sônicos destemidos, SPU continua uma busca incessante nos mistérios do som.

''The Love I Feel For You Is More Real Than Ever'' faz parte do álbum 'Beija Flors Velho E Sujo' pela gravadora Cuneiform Records. Ouça!


Curtiu? Até o próximo #MusicBox!

Filme – Matilda (1996)

Um pouquinho de magia pode mudar o mundo.

Matilda não é uma menina comum. Ela é afetuosa, inteligente e tem muita vontade de aprender. Mas seus pais grosseirões nunca notaram isso. As coisas vão mudar na escola, quando ela topar com uma diretora terrível, uma professora bacana e desenvolver seu poder telepático. Uma comédia dirigida por Danny DeVito e lançado em 1996.

Mara Wilson como ''Matilda''
Quem assistia constantemente a Sessão da Tarde na década passada, se deparou com alguma exibição do filme Matilda. O filme se consagrou como um clássico e passava um misto de alegria e tristeza quando era reprisado, no filme temos uma garotinha muito inteligente que possuía superpoderes. Apesar da maneira triste de contar a sua história, o filme traz a lição através da pequenina de que você é muito especial.


Mara Wilson e Embeth Davidtz em ''Matilda''
Apesar de ter sido lançado nos anos 90, o filme aborda temáticas bem atuais. Matilda Wormwood (interpretada por Mara Wilson) é uma criança brilhante de apenas seis anos, que cresceu em meio a pais grosseiros e ignorantes. Seu pai Harry (interpretado por Danny DeVito) trabalha como vendedor de carros, enquanto que sua mãe Zinnia (interpretada por Rhea Perlman) é dona de casa. Ambos ignoram a filha, a ponto de esquecer-se de matriculá-la na escola. Desta forma Matilda fica sempre em casa ou na livraria, onde costuma estimular sua imaginação. Após uma série de estranhos eventos ocorridos em casa, quando Matilda descobre que possui poderes mágicos, Harry resolve enviá-la à escola. O local é controlado com mão de ferro pela diretora Agatha Trunchbull (interpretado por Pam Ferris), o que faz com que Matilda apenas se sinta bem ao lado da professora Honey (interpretado por Embeth Davidtz), que tenta ajudá-la o máximo possível. 

No inicio do filme tudo o que Matilda conquista é graças a sua força de vontade e curiosidade em livros para buscar conhecimento. Se Matilda já não podia contar com seus pais como exemplos de boas pessoas, tudo o que queria era poder ir à escola como as outras crianças, devido ao amor que sentia em querer aprender. O que tinha de ruim para se conhecer, a pequena pôde contemplar em seus pais, com isso, por conta de tanta injustiça e vazio que sentia, logo se via inclinada a almejar a punição contra o seu pai, para que assim se sentisse aliviada por tudo o que passava.

“Todo mundo nasce, mas nem todos nascem iguais.”

Mara Wilson como ''Matilda''
Depois de tamanha revolta com os personagens, Matilda representou tudo o que espectador queria: justiça e liberdade para as crianças que tinham suas infâncias traumatizadas e oprimidas, impedidas de imaginarem um futuro e terem esperanças graças a adultos que frustravam qualquer positividade e expectativa de dias melhores. O que a pequenina queria era ser amada e se sentir amada e de poder se expressar sem ter que ser desmerecida por quem não enxergava o potencial que ela tinha. No seu casulo de dificuldades, em nome de todas as crianças, ao descobrir o que podia fazer, Matilda pôde encontrar nos seus poderes a capacidade de pertencer e saber que pode ser tudo e muito mais porque é especial.

Ainda que de um jeito angustiante, revoltante e divertido, “Matilda” marcou gerações de uma maneira especial. Não há porque temer ou impedir. A criança merece o riso, ser esperta, merece atenção, merece o carinho, apoio e amor dos pais, merece se sentir segura e abraçada e, não menos importante, poder pertencer ao seu próprio mundo. Seja como for, sem ter poderes ou sendo simpática, a criança é especial.

“Os livros deram uma mensagem esperançosa e consoladora para Matilda: você não está sozinha.”

O filme foi uma outra adaptação cinematográfica da literatura de Roald Dahl (eu li o livro por conta do filme, e nesse caso eu prefiro o filme hahaha). É um filme muito presente na minha memória, me diz e me mostra que há outros caminhos pela solidão da infância, e da vida. É um filme infantil, mas com muita força e fé nas potências que existem dentro de nós. Com certeza recomendarei para meus filhos assistirem.