quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Evolução

Fico pensando como que algumas pessoas evoluíram tanto nos últimos anos, ao passo que outros parecem ter regredido. Pessoas aparentemente humanas não parecem pertencer à mesma espécie. Acredito que a raça passará por uma seleção. E espero que os evoluídos estejam num mundo melhor.  Isso é sobre o atual momento que estamos vivendo. O convívio com pessoas com opiniões contrárias não é saudável. Nenhum reino subsiste com divisão.

Ilustração

Eu tenho sede de ser melhor a cada dia. Quero o máximo de Noé, eu quero entrar na Arca e alcançar um mundo melhor. Eu tenho buscado, buscado ser melhor do que todas as versões anteriores de mim!

Acordei hoje pensando sobre isso e decidi fazer esse post para marcar uma nova fase aqui do blog. Evoluir é o que eu anseio.

É isso.

Na Minha Playlist #228: Steven Curtis Chapman - All Things New

Marcando um novo começo aqui no blog, na minha playlist ''All Things New'' do Steven Curtis Chapman.

Steven Curtis Chapman

Steven Curtis Chapman é um cantor estadunidense de música cristã contemporânea. Iniciou sua carreira nos anos 80 como compositor. Logo depois, se tornou um dos mais promissores cantores do gênero, lançando mais de 20 álbuns até hoje.

Ele ganhou cinco Grammy Awards e outros 51 prêmios da Associação da Música Gospel, mais do que qualquer outro artista. Steven Curtis Chapman lançou 16 álbuns produzidos em estúdio. No total, são mais de 20 álbuns na carreira, incluindo dois especiais de Natal, coletâneas de maiores sucesso e gravações ao vivo. Ao todo, SCC já vendeu mais de 10 milhões de cópias. Como recompensa, ganhou dois Discos de Platina e sete Discos de Ouro, além de ter emplacado 46 músicas que estiveram em primeiro lugar nas rádios cristãs.

A canção ''All Things New'' faz parte do álbum homônimo lançado em 21 de Setembro de 2004. Atingiu o nº 22 da Billboard 200 e o nº 1 do Top Christian Albums.

Traz uma melodia agradável, terminando com um coro de "Aleluia", alguns podem reconhecer as sutis contribuições vocais do vocalista do Lifehouse, Jason Wade, que adiciona um toque agradável à faixa. Ouça!


Você está fazendo todas as coisas novas

Na Minha Playlist #227: U2 - Walk On

Tarde enrolada eu aqui ouvindo uma boa e velha música. Mais uma vez na minha playlist U2 com ''Walk On''.

U2

U2 é uma banda irlandesa de rock formada no ano de 1976. O grupo é composto por Bono Vox (vocal e guitarra), The Edge (guitarra, teclado e backing vocal), Adam Clayton (baixo) e Larry Mullen Jr. (bateria e percussão). O som do U2, inicialmente enraizado no pós-punk, eventualmente cresceu para incorporar influências de muitos gêneros da música popular.

Vira e mexe eu compartilho canções do U2 aqui pois me identifico bastante. Suas letras, muitas vezes embelezadas com imagens espirituais, têm foco em temas pessoais e preocupações sócio-políticas.

Já a canção ''Walk On'' foi a escolhida da vez. É a quarta faixa e quarto single do álbum All That You Can't Leave Behind (2000), sendo lançado como single em 19 de novembro de 2001. Ganhou o prêmio de "Gravação do Ano" em 2002. 

A canção foi escrita e dedicada a Aung San Suu Kyi. Ela foi escrita em forma de um hino inspirador, apoiando-a e elogiando-a por seu ativismo e luta pela liberdade na Birmânia. Ela havia sido presa de forma intermitente sob prisão domiciliar desde 1989 por seus esforços. Devido à mensagem política nele contida, quem tentar mostrar o álbum All That You Can't Leave Behind na Birmânia pode enfrentar uma pena de prisão com duração de 3 a 20 anos.

O título All That You Can't Leave Behind provêm da letra do verso: "The only baggage you can bring, Is all that you can't leave behind" ("A única bagagem que você pode trazer, É tudo o que você não pode deixar para trás"). "Walk On" originalmente, foi duas canções diferentes, que de acordo com Adam Clayton, teve ótimos riffs, mas soou terrivelmente quando separado. A banda combinou-as, acabando como uma das canções mais elogiadas pela crítica.

Logo no inicio a melodia da música nos cativa muito, mas creio ser a sua letra o seu ponto mais forte, pois lhe confere uma grande carga emotiva. Aumenta o som!


Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, acha-la-á

Mateus 10:39

quarta-feira, 31 de julho de 2019

Na Minha Playlist #226: Soulfire Revolution Feat. TobyMac - Spirit Break Out

Mudanças por aqui. Terminando meu dia com música boa Soulfire Revolution ft. TobyMac com ''Spirit Break Out''. Um som espirituoso e agradável.

Soulfire Revolution

G12 Worship ou anteriormente conhecida como Soulfire Revolution, é uma banda que tem como gênero musical cristã contemporânea. Tem como origem Bogotá, Colômbia e Miami, Flórida, Estados Unidos.


Eles se originaram em Miami, atuando em inglês, espanhol e português. Eles anunciaram uma mudança de nome em 2 de agosto de 2017 para se associarem mais de perto com a outra banda do ministério, Generación 12.

Seus membros são Lorena Castellanos (vocal principal e teclado), Richard Harding (vocal co-principal, chumbo e guitarra rítmica), Anthony Catacoli (guitarra), Julian Gamba (guitarra baixo) e Paola Sanchez (bateria).

A canção que escolhi para compartilhar no blog foi ''Spirit Break Out'' que faz parte do álbum ''Revival'' sendo esse o primeiro álbum de estúdio do grupo. O álbum foi lançado em 13 de agosto de 2013 pela gravadora Sparrow Records. Atingiu a posição #25 Top Christian Album.

A canção traz a participação de TobyMac (do DC Talk, que vez ou outra costumo compartilhar aqui #naminhaplaylist). É uma canção inspiradora. Ouça!


Você pode ouvir isso? o som do céu tocando a terra

6 Episódios Memoráveis das Séries de TV

Sempre há aquelas séries que nos marcam e personagens inesquecíveis que sempre recordaremos com muito carinho, também há episódios memoráveis que nunca esqueceremos por este ou aquele motivo. Os finais de séries e/ou temporadas são propícios a emoções fortes e a ficarem gravados nas nossas memórias, mas nem sempre são esses os melhores ou os mais marcantes. Aqui ficam então alguns dos meus episódios preferidos do mundo das séries e que nunca esquecerei. Nem todos eles foram estrondosos em termos de enredo, mas têm em comum o fato de me terem agarrado fortemente como poucos outros foram capazes.

Ilustração: OPlanetaAlternativo.com


1. O Toque de um Anjo
(Touched by An Angel, 1994-2003)

Episódio: 5x09 “O Salmo 151” (Psalm 151) 

Ainda lembro como se fosse ontem, quando minha mãe me chamou para assistir ao final do episódio ''Psalm 151'' da série Touched by an Angel que ela sempre assistia nos fins de tarde da Warner. Eu tava louco para assistir Dragon Ball Z no Cartoon. hahahah. Mal sabendo eu que essa série ia se tornar uma das minhas favoritas para o resto da vida.

Para quem ainda não conhece, vale a apena apresentar. Mônica (interpretada por Roma Downey) é um anjo-da-guarda moderno enviado constantemente à Terra para ajudar pessoas em situação adversa. Que precisam mudar suas vidas antes que seja tarde demais. Belíssima figura angelical, ela é uma espécie de assessora de Deus. Mônica confia em seu talento e nas força dos milagres para cumprir suas missões divinas, inspirando os desiludidos com amor e esperança, administrando duras lições aos desencaminhados ou enfrentando o diabo em pessoa.  Mônica acaba sempre se envolvendo apaixonadamente com a vida das pessoas que precisam de sua ajuda. Humanos que necessitam de o toque de um anjo. Às vezes, entretanto, ela chega perto demais dos objetos de suas missões. É nestas ocasiões que o anjo supervisor, Tess (interpretada por Della Reese), aparece para colocar Mônica de volta a suas tarefas divinas. Esperta e sarcástica, Tess não é facilmente enganada.
Junto com elas, há Andrew (interpretado por John Dye), um amável anjo da morte que, apesar da função, não provoca medo, pois também ajuda na solução dos problemas. Quem quer que cruze pelo caminho de Mônica, Tess e Andrew acaba sentido realmente O TOQUE DE UM ANJO.

No episódio ''Salmo 151'' a série chega ao seu centésimo episódio. Nesse episódio Mônica recebe a missão de ajudar o pequeno Petey (interpretado por Joseph Cross) a realizar antes de sua morte, uma lista com 9 desejos. E um deles está em ajudar sua mãe a terminar uma música de louvor pelo seu nascimento. O que levou Audrey (mãe de Petey, interpretada por Wynonna Judd) a escrever, foi por não encontrar nos 150 Salmos da Bíblia, nenhuma expressão que correspondesse a alegria pela vinda do seu primeiro filho. E em agradecimento a Deus, começa compor os primeiros versos do Salmo 151… podendo ser essa canção suas últimas palavras de amor a seu filho. “Testemunharei o Amor” conduz o espectador a um encontro pessoal e inesquecível com Deus. Uma combinação perfeita de música e fé, capaz de mergulhar o público em questionamentos profundos, negados a se fazer ao longo dessa passagem chamada VIDA. O episódio aborda um tema forte, delicado e de acontecimento inevitável em nossas vidas: A Morte.

Um dos finais de episódios mais lindos que eu já acompanhei. Para vocês terem noção eu já assisti esse episódio umas 200 vezes e nunca me cansou. Tudo é muito bem feito e a parte ruim é que é apenas 45 minutos (tempo padrão de episódio). O episódio foi tão marcante na minha vida que fiz um post falando apenas sobre ele, segue aqui.

Cada desejo tinha um significado grande e profundo para Petey. Que apenas assistindo ao episódio para poder então entender tudo. Por isso, os convido para assistir. Além da participação especial de Wynonna Judd & Celine Dion.

2. One Tree Hill: Lances da Vida(One Tree Hill, 2003-2012)

Episódio: 3×16 “With Tired Eyes, Tired Minds, Tired Souls, We Slept”

Recentemente falei de One Tree Hill aqui no blog em Minha Memória de Séries. Uma das melhores séries que assisti na minha adolescência. Uma série que fala sobre amores e perdas adolescentes numa cidade pequena, abordando vários temas, como amor, amizade, rivalidades e traição, e explora as razões por trás deles.

Apesar da paixão pelo basquete, aparentemente Lucas e Nathan são dois jovens com poucas coisas em comum — exceto pelo nebuloso segredo de que os dois têm o mesmo pai. Situada na cidade fictícia de Tree Hill, Carolina do Norte, os meios-irmãos Lucas (interpretado por Chad Michael Murray) e Nathan (interpretado por James Lafferty) inicialmente eram rivais dentro e fora das quadras de basquete. Aos poucos os dois ficam amigos, enfrentando lado a lado os intermináveis dramas do mundo escolar adolescente — crimes com armas, gravidez, assassinato e uso de drogas são apenas alguns.

Um dos episódios sem dúvidas inesquecíveis foi da terceira temporada, episódio 16 ''With Tired Eyes, Tired Minds, Tired Souls, We Slept''. Neste controverso episódio, One Tree Hill abordou o tema de bullying e tiroteios nas escolas de forma sensível e matizada. A mensagem que esse episódio traz é muito real e reflexiva, achei ótimo, apesar de ser um episódio bem triste.

Aqui não há discussão. Esse é o melhor episódio da série para mim. Depois do episódio da abertura da cápsula do tempo, Jimmy Edwards, um estudante ignorado praticamente por todos, leva uma arma para Tree Hill High, criando um clima extremamente tenso com vários estudantes confinados dentro da escola feitos de refém. As consequências desse episódio afetaram completamente a série e a vida dos personagens, como Keith que foi morto pelo próprio irmão (que me deixou bastante chateado, pois eu achava que ele poderia sobreviver) e o suicídio de Jimmy. Ainda vemos uma baita crítica social para a mídia sensacionalista, em que Brooke se confronta com uma repórter que de forma fria, só se importa em entregar uma ótima notícia, além de Peyton baleada, Nathan, Haley e Rachel presos na mesma sala que Jimmy, e outros vários estudantes desesperados.

O episódio leva bastante a reflexão sobre o bullying nas escolas. Sabemos que isso é uma realidade e só quem sofre ou sofreu bullying de colegas sabe o que se sentir como o Jimmy se sentiu. O sentimento de revolta e vingança passa a penetrar na mente de muitos e pode levar a consequências drásticas, infelizmente.

3. Smallville: As Aventuras do Superboy
(Smallville, 2001-2011)

Episódio: 4×18 “O Espírito” (Spirit)

Já falei tanto de Smallville aqui no blog, mas para quem ainda não conhece, conta a história de um  rapaz chamado Clark Kent (interpretado por Tom Welling) que conhecerá no futuro sua verdadeira missão. Agora, ele é somente um jovem com as dúvidas e inquietudes de um adolescente comum, mas que deve aceitar os desafios e entender seus superpoderes. Esta é a nova história sobre o mito do Super-Homem, um personagem clássico.

Clark não usa óculos, nem roupa de super-herói, e não pode voar. Um rapaz dividido entre uma vida normal e seu invitável destino em "Smallville".

No episódio memorável ''O Espírito'' caminhamos a conclusão do ensino médio dos personagens. E como toda série teen, chegou o baile de formatura do último ano do Colégio Smallville High. E com isso a eleição da rainha do baile.

Chloe (interpretada por Allison Mack), surpresa, é nomeada para Rainha do Baile pelos seus colegas e tenta convencer Clark e Lana a irem com ela, mas que hesitando em ir. Entretanto, a nomeação de Chloe é mal vista aos olhos de Dawn Stiles (interpretada por Beatrice Rosen), que quer ser a rainha, pela primeira vez vê uma chance de ser eleita a rainha, e faz de tudo para conseguir sua coroa, mas apenas se preocupa com futilidades, como unha, cabelos, roupa e limunise para ir ao baile. Cansando de sua superficialidade seu namorado Billy termina com ela na véspera do evento. Dirigindo na estrada, não querendo chegar ao baile desacompanhada, Dawn pega o anuário do colégio para escolher seu novo par. Mesmo dirigindo começa a ler o livro do colégio. Encontrando a foto de Clark, decide ir com ele, mas um acidente muda seus planos. Por não estar prestando atenção na estrada, Dawn bate com o carro, que rola uma ribanceira, caindo na cratera cheia de meteoros. Sem perceber que sue corpo ficara no chão, seu espirito sai para estrada para pedir ajuda. Como não é vista por ninguém, o carro que vem na estrada passa direto, atropelando o espirito de Dawn. Seu espirito invade e se apodera do corpo da motorista , Martha Kent, que passa a ter uma perda transitória da consciência e de sua própria identidade.

A partir disso, com o espírito de Dawn solto por aí, ela entra nos corpos dos outros fazendo eles agirem fora do comum. Resultando em Lana pedindo para Clark ser o seu parceiro, Lois vai ao baile e Chloe coloca fogo da escola (claro que todos possuídos pelo espirito). O episódio tem o bônus especial do Lex trazendo aos formandos um presente especial para o baile: a banda Lifehouse!

Tem uma frase nesse episódio que a Martha fala para o Clark ''Oh, Clark. As coisas nem sempre acabam do jeito que você as imagina, mas às vezes elas podem acabar ainda melhores se você lhes der uma chance.''

De certa forma, o espirito de Dawn uniu Clark e Lana nesse episódio. Caso ele ficasse em casa, estaria fechando as portas a oportunidade de ser feliz. Como foi o seu deleitamento ao conseguir realizar seu sonho de tanto tempo: estar dançando no baile com Lana. Claro que essa escolha competiu a ele: agarrar a chance de algo maravilhoso acontecer e escrever com a tinta da satisfação esse momento inesquecível em seu livro da vida ou desperdiçar a oportunidade de ser feliz ficando em casa se lamuriando em tristezas pelo que poderia ter sido, mas que ele nem deu chance para ser. Os momento precisam ser vividos e não apenas sobrevividos. A felicidade e todo regozijo que a vida traz passam na porta da nossa casa como bondes, alguns escolhemos e pegamos a chance de ter essa bem-aventurança, outros por sua vez deixamos se perder seguindo outros caminhos, sem que nem imaginemos o mundo de venturas que nos levaria.

Clark também lidou com o sobrenatural, ao se deparar com um espirito que aleatoriamente ia possuindo os corpos ao qual ia encontrando. Foi um teste de sensibilidade e percepção, não ser enganado pelo que via e escutar sua intuição, já fortalecida de muita sagacidade. Sua mente já não o deixa mais se enganar tão facilmente mostrando ter seus sentidos sob controle. O conhecimento ao qual se abriu com os ensinamentos que viveu com seus três mentores ( Jonathan, Jor-El e Dr. Swan) abriu seu pensamento para um mundo mais transcendental, destruindo o véu das aparências que torna as pessoas ignorantes, conseguindo abrir sua visão para além das aparências , exatamente como o sol revela com sua luminosidade a beleza no mundo.

4. Game of Thrones
(2011-2019)

Episódio: 8x03 “A Longa Noite” (The Long Night)

Considero o episódio The Long Night, um dos mais épicos de GoT. A primeira sequência da história de Game of Thrones – tanto literária quanto televisiva – se passa numa floresta e alguns patrulheiros acabam surpreendidos pela inesperada presença de Caminhantes Brancos. É o teaser de uma jornada que se inicia com bases sólidas e essas bases também nos fazem uma promessa: será a chegada dessa ameaça que moverá as engrenagens numa única direção. A chegada do inverno se correlaciona com a chegada do Rei da Noite e, então, estabelece-se a completude da dramaturgia da série. Se temos em mãos uma grande ameaça à integridade da vida e ela vai transformar os envolvidos de alguma forma, ela precisa ser representativa, precisa afetar a curto e a longo prazo; e ela precisa deixar sequelas.

O terceiro episódio da última temporada de Game of Thrones, afinal, trouxe uma das mais importantes batalhas de toda a série. Os white walkers, então, chegam e todos os exércitos, dentro dos quais se encontram Brienne (Gwendoline Christie), Tormund (Kristofer Hivju), Jaimie (Nikolaj Coster Waldau), Verme Cinzento (Jacob Anderson), Eddison (Ben Crompton) e Sam (John Bradley-West) unem-se a essa batalha contra a morte. O episódio de Game of Thrones é sombrio como toda guerra deve ser. É sangrento, com corpos se misturando à fumaça de fogo e gelo, e apesar dos esforços de todos, talvez seja impossível vencer o inimigo dessa vez. Diante do poderio do Exército da Noite, dessa maneira, os exércitos retornam para dentro dos muros de Winterfell.

O  episódio começa com a chegada dos mortos, Jon (Kit Harrington) e Daenerys (Emilia Clarke) não conseguem resolver seus problemas pendentes e saem para a luta. Eles montam em seus dragões e seguem para o campo de batalha. Lá em baixo, as coisas não caminham muito bem. Os zumbis são fortes e resistentes causando dificuldades para serem derrotados; Arya (interpretada por Maisie Williams) manda Sansa (interpretada por Sophie Turner) se esconder nas criptas, e proteger aqueles que não conseguem lutar. Tyrion Lannister (interpretado por Peter Dinklage) também vai para lá.

Melisandre (interpretada por Carice Van Houten) aparece, e ajuda na batalha com sua magia de fogo, que é mortal para os zumbis. Mesmo assim, o exército dos humanos começa a perder; a jovem Lyanna Mormont (Bella Ramsey) é morta por um gigante, mas o mata também. Brienne é quase morta porém escapa; Sam também escapa por pouco, mas perde um amigo no caminho.

Enquanto isso, Jon e Daenerys lutam contra o Rei da Noite e seu dragão de gelo. Jon vai para cima e derruba o vilão de sua montaria – e acaba caindo também. Jon tenta atacar o zumbi, mas ele revive os mortos ao seu redor; o rapaz é salvo por Daenerys, que queima todos os inimigos – menos o próprio Rei, que permanece ileso. Jon pede para que ela ajude Bran, mas os zumbis sobem no dragão, que sai voando sem ela.

A Rainha e Jorah Mormont (interpretado por Iain Glain) ficam encurralados e lutando contra os inimigos – Jorah leva uma facada no peito e permanece de pé. Os mortos das criptas também se levantam e atacam quem estava escondido por lá.

Jon consegue escapar do Rei da Noite e entra em uma luta contra o dragão de gelo – enquanto os mortos invadem Winterfell. Bran Stark (interpretado por Isaac Hempstead-Wright) fica ao lado da árvore coração, protegido por alguns soldados que acabam morrendo, sobrando apenas Theon Greyjoy (interpretado por Alfie Owen-Allen). O Rei da Noite chega até o rapaz e Theon se sacrifica por ele.

Quando o grande vilão chega até Bran, pronto para elimina-lo, Arya Stark chega por trás e mata o monstro; com sua morte, todos os outros zumbis morrem, inclusive o dragão de gelo – os humanos venceram a batalha contra os mortos!

Sem dúvidas um episódio épico, mas que dividiu muito os fãs que formaram muita expectativa sobre ele. Eu vibrei e torci. Sem dúvidas, a série poderia ter encerrado ali com uma batalha épica, a visto do que veio depois em outros episódios.

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Ilustração: OPlanetaAlternativo.com


5. Dawson's Creek
(1998-2003)

Episódio: 3x20 “The Longest Day”

Dawson's Creek é uma das minhas séries favoritas e já deixei isso claro em vários posts do blog (hahaha). Mas para quem ainda não conhece, a série se passa em Capeside, uma pequena cidade litorânea perto de Boston, todos os dias, eles convivem com os mais diferentes tipos de problemas, que os fazem crescer para entender melhor o mundo em que vivem. E chega uma hora que cada um precisa decidir sua carreira profissional, universidade, paixões. Não é nada fácil, mas, com amor e amizade, esse caminho será bem menos difícil de trilhar.

No episódio “The Longest Day” temos a narrativa contada sob a perspectiva de Pacey, Joey e Dawson (interpretados por Joshua Jackson, Katie Holmes e James van der Beek, respectivamente), esse episódio mostra como Dawson finalmente descobre o relacionamento entre seus dois melhores amigos. Pacey e Joey estão namorando escondido há semanas e não conseguem contar a verdade para Dawson, com medo de sua reação. Quando Pacey finalmente toma coragem, é impedido por Joey e os dois começam a discutir sobre isso em pleno jardim de Dawson. O que nenhum deles sabia é que Dawson já estava sabendo da história toda por acidente, já que Jen (interpretada por Michelle Williams) revela tudo acreditando que ele a havia procurado para se consolar.

Dawson explode com os dois e revela tudo para Andie, no meio de seu encontro com Will. Enquanto Dawson coloca Joey contra a parede e quer que ela escolha, Andie deixa claro para Pacey que depois de tudo, ele acabará sozinho. E ela nem estava tão errada assim, já que, depois da discussão, Joey termina com ele, para tantar arrumar as coisas com o melhor amigo.

Um episódio super original onde temos a visão de cada personagem. A amizade de Dawson e Pacey é testada quando ambos demonstram interesse por Joey. A mesma cena se repete várias vezes, mas sob o ponto de vista de cada personagem. Sem dúvidas, um dos melhores da série.

O episódio mostra mais um pedaço de tudo o que aconteceu e termina com Dawson dando um ultimato em Joey: se o namoro continuar, eles não serão mais amigos! A cena em que Joey termina com Pacey é triste e que deixa muito para o fim da temporada!

Esse capítulo é especialmente danoso para nossa saúde mental: uma atitude de bundão dar ultimatos por aí, hein? Sério, gosto do Dawson, mas assim não tinha como defender.


6. Buffy, A Caça-Vampiros
(Buffy the Vampire Slayer, 1997-2003)

Episódio: 7x22 “Chosen”

Para quem não conhece, caso isso seja possível, Buffy é uma série americana que foi ao ar entre 1996 e 2003. A série começa com ela e mudando com a mãe para Sunnydale, Califórnia, após uma série de incidentes e o divórcio dos pais. Buffy (interpretada por Sarah Michelle Gellar) tinha apenas 15 anos quando descobriu que era a Escolhida, a slayer (ou caça-vampiros, em português) e ela era guiada por um Sentinela (Watcher), ligado ao Conselho de Caça-vampiros. A série mostra as aventuras e desafios enfrentados pelos dois e seus dois amigos, Xander e Willow.  Ao longo de 7 temporadas, a série aborda diversos temas do mundo adolescente até o amadurecimento, passando por sexo, homossexualidade, total ausência do pai, magia, demônios variados, relacionamentos conturbados e diversas tentativas de apocalipse. Buffy foi uma das principais séries com protagonismo feminino na década de 90 e passa lindamente no teste de Bechdel (quantos filmes da mesma época falham miseravelmente e ainda sim tem o protagonismo feminino? Acho que, tipo todos).

Essa série teen soube trabalhar diversos assuntos do cotidiano — como o empoderamento feminino, morte, sexualidade e uso de drogas — de uma maneira orgânica, não soando forçada ou pretensiosa. Com 144 episódios, Buffy se tornou um marco na cultura pop e continua até hoje, 16 anos depois de seu fim.

No último episódio 7x22 ''Chosen'' encerra a série de uma maneira extremamente satisfatória. Os maiores mistérios da série foram apresentados ao longo da sétima temporada: o surgimento do mal, a evolução dos vampiros e o porquê de ser uma caçadora apenas. Nesse último episódio – repleto de efeitos especiais – é travada uma batalha épica que causa a destruição total de Sunnydale e o fechamento da Boca do Inferno. De lambuja, Willow vira uma deusa quando permite que todas as potenciais caçadoras tenham seus poderes. Todos possuem seu momento nesse episódio, até Angel faz uma participação.

O último encontro do quarteto Buffy, Willow, Xander e Giles antes da batalha é um dos momentos mais emocionantes desse final, além do diálogo da protagonista com Spike antes de seu sacrifício, sendo esse um dos momentos mais lindos entre os dois e uma redenção para o vampiro. Como não podia deixar de ser, existem perdas consideráveis após esses eventos, e toda Sunnydale acaba destruída, mas o sentimento de satisfação no final desse episódio, após ter acompanhado a vida da caça-vampiros por tantas temporadas, é gigantesco, e por isso, o melhor.

Confesso que eu chorei com os eventos do episódio final e ainda mais sabendo que a série encerrava ali. Vale relembrar que a série continuou nos quadrinhos, mas sabemos que não é a mesma coisa.

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Enfim, alguns episódios memoráveis dessas grandes séries. Apesar de que cada uma merecia um post só delas, teve tantos episódios bons que é difícil escolher apenas um pra comentar aqui. Enfim, fico por aqui.

Filme – Voltando a Viver (Antwone Fisher, 2002)

Lute contra o medo. Enfrente a verdade. Abrace a vida.

Muitas vezes pensamos que as oportunidades de vencer na vida são restritas. Tantas outras nos sentimos infelizes por acharmos que não conseguimos aproveitar uma ou outra chance que tivemos. Na maior parte dos casos, as pessoas costumam a atribuir o fracasso a fatores externos, não relacionados diretamente a seu próprio desempenho, formação ou força de vontade. É isso que nos leva a refletir o filme ''Voltando a Viver'', um relato, da necessidade que temos de resolver o nosso passado para poder seguir em frente. Mostrando que nada deixa o homem mais doente do que o abandono da própria família e revelando que ela é importante para cada um de nós. Que o sentimento de ódio, raiva, angústia é capaz de nos afogar no poço sem fundo da solidão, se assim permitirmos.

"Voltando a Viver" (Antwone Fisher, no original), é dirigido e estrelado pelo talentoso Denzel Washington, que nos conta a história de um jovem que colocava como obstáculo a seu sucesso a infeliz história familiar durante sua infância. Lembro que assisti numa madrugada na Rede Globo depois que faltou energia no meio da noite. Ah energia voltou e eu acabei ligando a TV e assistindo ao filme, de certa forma permaneceu na minha memória por anos, até ter uma oportunidade de assistir novamente.

Voltando a Viver (Antwone Fisher, 2002)

O filme é inspirado por uma história verídica, com o verdadeiro Antwone Fisher creditado como o roteirista, baseado em sua autobiografia escrita no livro Finding Fish. O protagonista da história é um jovem marinheiro com um temperamento explosivo e violento. Interpretado pelo até então desconhecido ator Derek Luke, Antwone Fisher (que dá nome ao título original do filme) é encaminhado para se tratar com Dr. Jerome Davenport, um psiquiatra vivido por Denzel Washington. A princípio, Antwone se mostra resistente em falar sobre si e das pessoas que fizeram parte de sua vida, mas aos poucos vai se abrindo e revelando seu passado. Abandonado pela mãe, quando ainda era uma criança – e mudando de orfanato a orfanato – o protagonista acaba adotado por um casal. Ao contrário do que imaginava , ao invés de ganhar carinho e atenção dos novos pais, Antwone sofre agressões sucessivas e abusos da nova família. Como parte do tratamento, o psiquiatra aconselha que o jovem marinheiro retorne à casa onde viveu com seus pais adotivos , afim de encarar seus traumas e seus medos de frente.

Ao dar de cara com Antwone, sua mãe postiça o trata com se ainda fosse o menino oprimido do passado, mas se assusta ao perceber que o rapaz olha firmemente em seus olhos e descarrega tudo o que teve medo de dizer durante todo o período em que morou com ela. Decidido a encontrar algum parente de sua falecida mãe biológica, o protagonista pressiona a mulher que o criou e ela acaba revelando algumas informações que podem ajudá-lo na busca por seus familiares.

Voltando a Viver (Antwone Fisher, 2002)
Ao chegar à cidade natal de sua genitora, Antwone acaba conhecendo alguns de seus parentes, como tias e primos, e um desses entes revela que Eva May – sua verdadeira mãe – ainda está viva e morando na cidade. Após muito pensar, o rapaz vai à casa da mulher que o trouxe ao mundo. Numa das melhores cenas do filme, Antwone, com os olhos marejados, encara Eva May e a questiona sobre o abandono.

Antwone é um cara que tinha tudo pra dar errado, sofreu diferentes tipos de abuso a vida toda e de alguma forma teve forças pra se reerguer. É um belíssimo exemplo de superação e força de vontade. “Voltando a viver” trata de superação, determinação e coragem. O que Antwone viveu poderia ter acontecido com qualquer um de nós. Enfrentar nossos medos não é tarefa das mais fáceis, é necessário valentia para poder vencê-los e não deixar que esses medos se tornem uma espécie de cela sem portas. Sem dúvidas, nos enche de esperança e coragem para mudar. Recomendo!

Filme – Lado a Lado (Stepmom, 1998)

Elas são rivais no amor. E cúmplices na maternidade.

Divorciado, Luke pretende casar com a bela fotógrafa de moda, Isabel. Mas os filhos e a ex-mulher Jackie não aceitam. Ao descobrir que está gravemente doente, Jackie percebe que precisa reconstruir uma família para as crianças e acabar com as diferenças.

Assisti ''Lado a Lado'' na Sessão da Tarde há muitos anos, foi um dia da semana que faltei uma aula e acabei assistindo o filme. Gostei muito e assisti mais algumas vezes em outras oportunidades.

Lado a Lado (Stepmom, 1998)

Com direção de Chris Columbus (um dos meus diretores favoritos, que já dirigiu também Home Alone e Harry Potter) e lançado em 1998. O filme começa com muita tensão familiar, uma adolescente de doze anos, Anna (interpretada por Jena Malone) e um garoto de sete, Ben (interpretado por Liam Aiken), filhos de pais separados, não aceitam a nova namorada de seu pai Luke (interpretado por Ed Harris), a bela e renomada fotógrafa Isabel (interpretada por Julia Roberts). O garoto ainda tolera a situação, mas a adolescente não se conforma com a separação e com fato de seu pai e a namorada viverem juntos, pois isto significa que as chances de reconciliação de seus pais se tornam quase nulas. Por sua vez, a mãe das crianças Jackie (interpretada por Susan Sarandon) ainda alimenta esta briga, fazendo o gênero "mãe perfeita". A fotógrafa faz de tudo para agradar as crianças, chegando ao ponto de dar tanta atenção aos enteados que acaba perdendo o emprego, pois deixou de ser a profissional competente que era. Até que uma notícia inesperada muda completamente a relação entre os familiares.

Tudo muda quando Jackie descobre que está doente e passa a enxergar Isabel com outros olhos, não mais como “rival”. Ela percebe, e faz os filhos perceberem, que Isabel não quer roubar sua função, muito pelo contrário, pode se tornar uma amiga. Deixando de lado a ideia de que a nova companheira de seu ex-marido não seja boa o suficiente para seus filhos, Jackie confia que futuramente, quando ela não estiver mais presente devido à doença, Isabel possa desempenhar um papel importante na vida de seus filhos. Isabel, por sua vez, mostra que está disposta a fazer tudo pela nova família e que pode sim amar Ben e Anna como uma mãe. O filme é uma história de superação, amizade, família e, principalmente, amor de mãe. Uma das minhas cenas memoráveis do filme é quando Jackie, fica cantando Ain’t no moutain high enough com os filhos. Um misto de alegria e tristeza. Assistimos o quanto é triste para essa mãe ser obrigada a deixar seus filhos aos cuidados de uma 'estranha' e não poder participar do crescimento das crianças.

É uma história simples, mas real sobre a vida e as surpresas que o destino prepara para as pessoas. A mensagem que "Lado a Lado" nos passa é que devemos aproveitar cada momento ao lado de quem amamos, pois nunca sabemos o que vai acontecer no dia seguinte. Um dos melhores filme do diretor Chris Columbus. Enfim, um filme muito bonito, muito bem feito e bem escrito que fez bastante sucesso com merecimento. Enfim, vale a pena assistir e se emocionar. Recomendo!

Filme – A.I. - Inteligência Artificial (A.I. Artificial Intelligence, 2001)

Os robôs também podem amar?

"A.I. - Inteligência Artificial" se passa em 2141. A Terra vive um estado pós-apocalíptico em que as calotas glaciais se derreteram e inundaram boa parte da área seca. A natureza sofreu muito com isso e a tecnologia teve que evoluir para que seres humanos continuassem existindo. Uma equipe de cientistas de uma empresa chamada Cybertronics cria um robô em forma de criança por eles batizado de David (interpretado por Haley Joel Osment) , programado para amar seus pais eternamente.

A.I. - Inteligência Artificial (A.I. Artificial Intelligence, 2001)

Na iminência de perder o único filho, doente e em estado vegetativo, o casal Henry e Monica Swinton (interpretados por Sam Robards e Frances O'Connor, respectivamente) adota o primeiro desses androides. Após a resistência inicial, a mãe dá os comandos que dotarão o robô de sentimentos, que farão com que este reconheça Monica como sua mãe e ame-a para sempre. David tentava imitar seus pais e agir de forma humana, mas muitas vezes se sentia sozinho. Por isso, Monica o apresentou a Teddy, um ursinho super brinquedo, que se torna seu amigo e companheiro. O filho verdadeiro logo recupera-se e, num acidente do qual David não teve culpa, este é acusado de ser uma ameaça. Ao ouvir a sua “mãe” contar a história do Pinóquio ele fica fascinado com o fato de poder ser de verdade e poder fazer parte da família. Então ele lembra da história e sai em busca da Fada Azul, depois de ter sido abandonado pela família. Uma cena memorável: A “mãe” abandonando David na floresta é de partir o coração.

A.I. - Inteligência Artificial (A.I. Artificial Intelligence, 2001)

É a partir do conto de Pinóquio, do italiano Carlo Collodi, que chega a ser um fio condutor para o roteiro. De uma maneira crua, David deseja ser exatamente o que seu “irmão” é: um ser humano. Ele acredita que isso fará com que sua mãe o ame e parte em uma jornada atrás de sua própria fada azul. Durante sua busca, ele acaba por fazer uma viagem ao ser humano. Acompanhamos a partir de então, uma análise de nós mesmos, um retrato da humanidade. A busca de David pela Fada Azul é apresentada com uma ingenuidade que ultrapassa a barreira do termo “infantil”. David enfrenta monstros (os caçadores de Mecas defeituosos), lugares hostis (o Mercado de Peles) e encontra uma companhia para sua jornada, o carismático Gigolô Joe (interpretado por Jude Law). 

A.I. - Inteligência Artificial (A.I. Artificial Intelligence, 2001)
O filme foi lançado em 2001 e foi dirigido por um dos diretores mais premiados de Hollywood: Steven Spielberg, a partir de um projeto do consagrado diretor Stanley Kubrick (1928-1999), sobre a possibilidade da criação de máquinas com sentimentos. O roteiro criado por Spielberg foi baseado em um conto de Brian Aldiss chamado Supertoys Last All Summer Long.

O filme nos leva a reflexão, mostrando claramente a vontade da máquina de se tornar ser humano, de querer se manifestar, poder ter e sentir tudo o que os humanos têm e sentem. Além da ambiguidade de uma humanidade cada vez mais distante entre si, porém, cada vez mais conectada surge junto com a reflexão sobre a nossa carência e solidão – aqui representadas pelo robô-amante Gigolô Joe. Os medos e as dúvidas – principalmente a velha questão do “de onde viemos?” – também aparecem. Os robôs foram criados pelos mais diversos motivos, mas sempre com o intuito de suprir uma necessidade nossa, seja ela operacional, física ou emocional. Inteligência Artificial é um filme que dá vontade de ver novamente, assim que se acaba de vê-lo pela primeira vez. Recomendo!

Encerro o post com uma frase do filme:

O maior dom humano é a habilidade de buscar os nossos sonhos.

Professor Allen Hobby

Filme – Os Anjos Entram em Campo (Angels in the Outfield, 1994)

Eles fazem você acreditar!

Que torcedor nunca pediu, pelo menos uma vez, alguma força divina para ajudar seu time a ser campeão ou ganhar um jogo importante da temporada? Quem nunca rezou para que algum santo iluminasse uma certa equipe? Em dia de decisão, independe de clube e de modalidade esportiva, o que mais se vê na transmissão televisiva são pessoas com dedos cruzados, rezando, fazendo qualquer tipo de ritual de fé.

Este tipo de coisa só enriquece a tensão do jogo e a paixão que se tem pelo time. Não quero julgar se isso é certo ou errado, mas o fato que isso está bem presente no universo esportivo. Não querendo alongar essa discussão, imaginem o que aconteceria se algum santo, ou melhor, um anjo escutasse as inúmeras preces dos torcedores e descesse para a Terra para ajudar determinado time.

Os Anjos Entram em Campo (Angels in the Outfield, 1994)

Com direção de William Dear e lançado em 1994 pelos estúdios Disney. O filme Os Anjos Entram em Campo (Angels in the Outfield, no original) conta a história de Roger (interpretado por Joseph Gordon-Levitt), um garoto adotado, que tem pouquíssimo contato com seu pai biológico. Ao questioná-lo sobre quando serão uma família novamente, o menino ouve que será “quando os Angels vencerem o campeonato”. Levando as palavras do pai a sério, o jovem ora a Deus para que o time da Califórnia (hoje conhecido como Los Angeles Angels) conquiste o torneio. Mas a situação é complicada, pois os Angels vem acumulando muitas derrotas.

Os Anjos Entram em Campo (Angels in the Outfield, 1994)
Graças às orações do garotinho, um anjo atrapalhado, só visto por Roger, vem ajudar o time decadente. Ao lado de seu amigo J.P. (interpretado por Milton Davis Jr.), Roger vai assistir ao duelo da equipe dos Angels contra o Toronto Blue Jays, e começa a ver um grupo de anjos, liderados por Al (interpretado por Christopher Lloyd), ajudar a equipe da Califórnia a vencer a partida. De todos os presentes no estádio, apenas o menino consegue enxergá-los, e passa a ser considerado um amuleto de boa sorte pelo técnico da equipe George Knox (interpretado por Danny Glover), que começa a ver seu time vencendo inexplicavelmente os jogos.

Bons sentimentos neste remake de um filme de mesmo nome lançado em 1951 e dirigido por Clarence Brown. Assisti ao filme primeiramente no SBT quando era criança, foi numa madrugada que eu acabei acordando, ligando a TV e sintonizando no canal. Depois tive a oportunidade de assistir novamente ao filme no Telecine há um tempo. É uma fantasia infantil que da pra relaxar no sofá assistindo tranquilamente, é possível se identificar facilmente com Os Anjos Entram em Campo, pois mostra de forma bem divertida a fé que os torcedores carregam de seus times. É diversão garantida para quem ama cinema e esporte. Sem falar que o filme traz o assunto adoção. Roger acaba sendo abandonado pelo seu pai. Mas no fim encontra uma nova família. Ótimo filme. Recomendo!

terça-feira, 30 de julho de 2019

Filme – O Anjo Malvado (The Good Son, 1993)

A maldade tem muitas faces

Mark Evans é um garoto que vai morar com parentes quando perde a mãe. Lá ele descobre que Henry Evans, seu primo, tem uma índole extremamente má e até mesmo homicida. Mas como fazer os adultos acreditarem que uma criança possa ter uma índole tão perversa?

O Anjo Malvado (The Good Son, 1993)

Lançado em 1993, com direção de Joseph Ruben e roteiro de Ian McEwanO Anjo Malvado (The Good Son, no original) tem seu inicio de uma forma dramática. Mark (interpretado por Elijah Wood) presencia sua mãe falecer e seu pai, pra fazer uma viagem de negócios, resolve mandá-lo pra casa de um tio por 3 semanas. Lá ele conhece Henry (interpretado por Macaulay Culkin), que parece um menino normal como todos da sua idade. Mas no decorrer da trama, ele vai se mostrando um garoto com um senso de humor maléfico e sem um pingo de escrúpulos.

Mark percebe sua verdadeira face e tenta alertar a família. Em vão. Com esses surtos de alerta, a família acaba enxergando ele como um “garoto difícil que acabou de perder a mãe e está confuso”. E Henry, como um bom psicopata que é, se aproveita disso tudo pra continuar “reinando” por aí. Como se o que ele fizesse realmente se restringisse a isso. Ele se faz de inofensivo, sob o ar de “só queria ajudar, vamos compreender que Mark é só um garoto perturbado e que precisa de ajuda”. 

Mark acaba enxergando na tia (mãe de Henry) feições maternas e a partir daí Henry não esconde mais a sua verdadeira face. As cenas se desenrolam com uma naturalidade espantosa. Ele tenta matar a irmã Connie lançando-a no gelo fino da patinação. E ainda tem uma incógnita a ser desvendada. Sobre a morte do irmão pequeno, Richard. A verdade vai aparecendo e Henry se sente acuado pelas desconfianças. Aí que ele planeja matar a própria mãe (que, de acordo com ele agora, é a mãe de Mark – então, que diferença faz se ela morrer, não é mesmo?) Enfim, só mais quatro palavras: a cena do penhasco.

O Anjo Malvado (The Good Son, 1993)

O desfecho do filme é sensacional, colocando em cheque valores, escolhas, sentimentos e situações que envolvem muito mais que a ficção, mas que fazem indagar a nós mesmo o que faríamos na mesma situação. é É um filme que vai direto ao ponto, sem enrolação.(menos de 1h30 de duração), O Anjo Malvado é uma obra espetacular, que merece atenção, análise, e quanta reflexão for possível. É daqueles filmes que retratam a realidade que recusamos a acreditar que existe, e que sempre existirá, e isso é o que faz dele, mais de duas décadas, parecer ainda tão atual.

O Anjo Malvado (The Good Son, 1993)
O que me impressiona nesses longas mais antigos é a capacidade que a produção tinha em dar veracidade a algumas cenas. Hoje temos muita tecnologia, CGI reina absoluta nos filmes. Fico imaginando a mão de obra que deu, por exemplo, aquela sequência no penhasco.

[spoiler] Na cena final, Mark retorna ao Arizona, ele reflete sobre a escolha de Susan para salvá-lo em vez de Henry e se pergunta se ela faria a mesma escolha novamente, mas sabe que é algo que ele nunca vai perguntar a ela [/spoiler]

Enfim, analisar a mente de um psicopata foi uma tarefa fácil para o diretor, pois conseguiu extrair com beleza e autenticidade do anjo malvado que existia por trás do rosto lindo. O roteiro é muito bom e as cenas são incríveis, locações lindas. Todo o ambiente em que se passa o filme conseguem mexer com os sentimentos. O elenco em um todo é sensacional e desempenha seus papeis com louvor. Elijah Wood já mostrava o poder que suas interpretações tinham e na pele do filho bom, surpreende! O Macaulay Culkin pequeno, dispensa comentários pois foi muito bom. Recomendo!

Filme – Os Goonies (The Goonies, 1985)

Quando você é criança, tudo é possível.

Um conjunto de prédios será demolido. Os garotos que moram lá organizam uma festa de despedida e acabam achando um mapa de tesouro. Entusiasmados, eles começam a busca. Mas Mama Fratelli, matriarca de uma família de criminosos, também está interessada na descoberta. 

Dirigido por Richard Donner em 1985, além de ter contado com Steven Spielberg e Chris Columbus, como roteiristas. É sem dúvidas um dos grandes clássicos dos anos 1980. Tenho o DVD do filme na minha coleção pessoal e gosto muito.

Os Goonies (The Goonies, 1985)

The Goonies começa começa com uma fuga desesperada da família Fratelli da polícia, após resgatar um dos filhos que estava preso na delegacia local. Durante essa introdução podemos conhecer os personagens que mergulharão na história, o grupo de garotos que se autodenominam Os Goonies. A cidade onde moram está prestes a ser demolida como quitação de uma dívida com uma empresa que pretende construir um campo de golfe no lugar das moradias.

Mas quem são os Goonies? Os Goonies são uma turminha de amigos de uma pequena cidade. Mike é o menino espertinho, idealista, com mania de trocar as palavras. Brand é o irmão mais velho, que no começo parece mandão e meio chato, mas acaba virando criança de novo quando se envolve com a aventura. Entre os amigos, Dado (do inglês “Data”), um chinesinho com invenções mirabolantes; Bolão, o gordinho da turma: histérico, sempre faminto e divertido; e Bocão, menino com uma pinta de convencido, que não para de falar. E as meninas, que se envolvem na história meio por acaso: Andy, namoradinha do Brand a e Stef, a menina feinha e mal humorada – mas que vai melhorando ao longo do filme. 

Em uma tarde melancólica de despedida dos garotos, eles acham no porão da casa do protagonista Mikey (interpretado por Sean Astin, mais conhecido como o Sam de O Senhor dos Anéis) um mapa que supostamente levaria a um tesouro escondido. Sem nada a perder, os garotos começam uma aventura em busca da única esperança de manterem seus tetos e impedirem a separação do grupo. Só que um dos pontos de partida de tudo é uma casa à beira da colina onde os Fratelli estão foragidos, o que os coloca na história. Além de todos os perigos armados por Willy Caolho, o suposto dono do navio pirata onde sonham haver o dinheiro que procuram, também têm que fazer diversas artimanhas para não serem pegos pelos vilões da história.

The Goonies
Abordando temas marcantes da adolescência durante a empolgante jornada, consegue prender a atenção do espectador, que se identifica com diversas situações vividas por aquele grupo de jovens e realmente torce pelo sucesso deles. Por isso, pode-se dizer que “Os Goonies” é uma aventura acima da média, que consegue entreter espectadores de todas as idades de maneira bastante original. Não há como ouvir o nome dos personagens e não se lembrar das trapalhadas durante a aventura, como o Gordo (traduzido às vezes como Chunk) e seu jeito atrapalhado de ser, Bocão e o seu espanhol assustador, Data e suas invenções mirabolantes, as cenas de amor entre Brand e Andy, a solitária no meio dos meninos Stef e o inesquecível monstro Sloth, que contava com uma excelente maquiagem.

Além de ter uma história excelente, personagens cativantes e todo um espírito único de aventura infantil, é um filme que marcou a infância de muitas pessoas e passa de geração em geração. Eu por exemplo, não nasci na época de lançamento do filme, fui nascer só 10 anos depois e cresci assistindo ao filme, sem dúvidas me cativou. Talvez com filmes assim é que aprendemos os verdadeiros valores de amizade, lealdade, companheirismo e valentia. E não somente isso: filmes que ficarão eternizados em nossa memória, para que possamos ao menos contar aos nossos filhos e netos aventuras que vivemos em nossa imaginação. Não há nada mais cativante que uma boa filmagem para que nossa criatividade se revele e tome conta de nós, e para que ao nos vermos encostados na parede com crianças pedindo histórias, possamos criar as nossas próprias. Recomendo!