segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Filme – Green Book: O Guia (Green Book, 2018)

Inspirado por uma verdadeira amizade

O ano é 1962. Tony Lip é um dos maiores fanfarrões de Nova York, precisa de trabalho após sua discoteca, o Copacabana, fechar as portas. Ele conhece um pianista e quer que ele faça uma turnê com ele. Enquanto os dois se chocam no início, um vínculo finalmente cresce à medida que eles viajam. O filem teve 06 Indicações ao Oscar.

Confesso que gostei muito desse filme e decidi comentar um pouco sobre ele aqui no blog. Green Book, do diretor Peter Farrelly, conta a história real da amizade inesperada entre o pianista Don Shirley e seu motorista Tony Lipnum contexto norte-americano extremamente racista dos anos 60.


Green Book: O Guia

Tudo começa quando Don Shirley (interpretado por Mahershala Ali), um pianista negro brilhante que deseja fazer uma tour no sul dos Estados Unidos, uma região marcada pelo atraso, pelo preconceito e pela violência racial. Para acompanhá-lo durante esses dois meses de shows ele resolve ir a procura de um motorista/assistente confiável e que tenha boas recomendações.

Tony Vallelonga (interpretado por Viggo Mortensen) - também conhecido como Tony Lip - é um 'fanfarrão' de origem italiana que trabalha na noite em Nova Iorque. A boate onde atuava, chamada Copacabana, precisa ser fechada e Tony se vê sem trabalho durante alguns poucos meses. Responsável pelo sustento de sua família, Tony, que era casado com Dolores e tinha dois filhos pequenos, começa a procurar emprego para subsistir durante os meses em que a boate estava fechada. 

Para o então cargo de chofer, a gravadora de Don contrata o Tony Lip, que além de ser branco e racista é um poço de ignorância e truculência. Ao motorista é entregue o tal “livro verde” que dá nome ao filme. A princípio, o pianista encara o seu motorista como um mal necessário para que a sua turnê termine bem, por questões óbvias de segurança, visto que outros artistas negros já haviam tentado anteriormente fazer tour por aquelas localidades e não conseguiram ir até o fim. Desde o primeiro momento, o abismo entre os dois é notado em todo e cada gesto, em cada diálogo e em cada comportamento.

Green Book

Ao longo do percurso vemos alguns casos explícitos de segregação. Durante uma das apresentações, por exemplo, o pianista é impedido de usar o banheiro do espaço, destinado apenas para brancos. Em outra ocasião Don Shirley é proibido de jantar no mesmo restaurante em que seu público estava. Ao longo da turnê, o músico também não pode se hospedar em uma série de hotéis reservados só para brancos. Tony aos poucos vai criando afeto pelo peculiar pianista e se irrita com as regras antiquadas e racistas da região. Os dois vão gradativamente criando um laço de afeto e crescendo pessoalmente com a experiência de lidarem um com outro, com personalidades tão distintas.

Mas afinal, de onde vem esse nome ''Green Book''? Bem, o filme explica isso: Logo ao iniciar a viagem, Don entrega a Tony o livro Green Book, “Livro Verde”, e o explica que nele constam os hotéis e estabelecimentos que aceitam pessoas negras, visto que a época era de fortíssima segregação racial nos Estados Unidos. Esse livro faz referência ao “The Negro Traveler’s Green Book”, que foi publicado nos EUA entre os anos de 1936 e 1966 e era uma espécie de guia de viagem contendo todos os restaurantes, pontos turísticos e hotéis nos quais pessoas “de cor” eram bem vindas naquela época.

A história é baseada em eventos reais, no ano de 1962, o famoso pianista negro Don Shirley (1927-2013) resolveu fazer uma turnê pelo sul dos Estados Unidos. A viagem aconteceu gerenciada pela Columbia Artists, empresa que administrava a carreira do artista, e durou cerca de um ano e meio (o filme na verdade condensa a história, como se a turnê tivesse durado dois meses). Durante o trajeto, o pianista tocou apenas para um público composto por brancos. Para acompanhá-lo nesse ambiente sulista não muito hospitaleiro, Shirley sentiu que precisava de um motorista, mas também um assistente pessoal e uma espécie de guarda-costas.

Confesso que senti muita admiração pelo Don Shirley. Seu jeito de ser, as vezes até parecia ser eu, apesar de que eu não seria tão extremo como ele. Sobre o Tony, vale mencionar sua redenção durante o filme. Com pensamentos racistas e esteriótipos sobre os negros, ele realmente começa a mudar ao interagir mais com Tony e descobrir o homem incrível que ele era. 

Enfim, um ótimo filme, um tema sério e pesado que é o preconceito racial, mas de uma forma leve e agradável, sim o filme é muito agradável de ser ver. Embarcamos na estrada com os dois, e no final a gente quer continuar a ver mais. É um filme moderado, não tem nenhum exagero emocional, mesmo nas situações extremamente pesadas que poderiam dar espaço para um dramalhão, mas a obra não embarca nisso. Mereceu o Oscar. Recomendo!

Filme – Ventos da Liberdade (Ballon, 2018)

Pela liberdade eles arriscaram tudo.

Verão de 1979, cidade de Thüringer, Alemanha Oriental. Duas famílias elaboram um plano maluco, eles estão desesperados para deixar o domínio socialista e encontrar o sonhado Ocidente e, para cruzar a fronteira, planejam usar um balão de ar quente desenvolvidos por eles mesmos. Ao realizarem o primeiro teste, e falharem, a polícia descobre o plano e passa a persegui-los como traidores. Desesperados para escapar, as duas famílias se unem para criar o projeto perfeito. Uma história incrível. Uma história verdadeira.

Ballon

Em agosto de 1961, a Alemanha passa por um processo de divisão. Muitas pessoas, desesperadas com a iminência de uma situação caótica na parte oriental da Alemanha, tentam cruzar de leste para oeste para escapar do regime comunista que estava sendo implantado na parte oriental Alemanha. Era uma média de três mil pessoas por dia que cruzavam a fronteira. A Alemanha Oriental reagiu a esta fuga em massa do seu povo, construindo uma barreira ao redor de toda a fronteira. Era uma enorme barreira que se tornou mundialmente conhecida como: o Muro de Berlim. A barricada era de concreto e arames e atravessava vilas, campos e terras cercando completamente a Alemanha Oriental. O seu objetivo não era proteger-se dos inimigos mas, impedir que o povo saísse da sua pátria. As fronteiras eram equipadas com alarmes e metralhadoras automáticas que disparavam impiedosamente contra quem tentasse ousar atravessá-las. Na época em que se passa esse filme, só os alemães muito desesperados tentam ainda cruzar a fronteira. Mesmo assim, muitos alemães orientais irão tentar.

Com direção de Michael Bully Herbig, o filme ''Ballon'' narra a história (verídica) de como um pedreiro e um mecânico, Günter Wetzel (interpretado por David Kross) e Peter Strelzyk (interpretado por Friedrich Mücke), construíram a máquina mais épica (das muitas tentativas) para fugir da Alemanha Oriental em 1979. Os tecidos para fazer o balão foram comprados em diversas lojas do país para não levantar suspeita do plano. Em setembro daquele ano, Gunter e Hans, juntamente com suas famílias atravessaram para o lado ocidental com sucesso.

Ballon

A primeira tentativa de fuga da família Strelzyks, que na verdade tentaram escapar no balão de ar quente 10 semanas antes de conseguir a fuga com sucesso, mas o balão deles caiu poucos metros antes de conseguir chegar ao território da Alemanha Oriental, a poucas centenas de metros da fronteira. As patrulhas de fronteira da Alemanha Oriental encontraram os restos esfarrapados. O que começou uma intensa investigação de conseguir capturar os ''traidores'' que tentavam escapar do país.

Enquanto a polícia secreta da RDA procurava os possíveis fugitivos, os Strelzyks envolveram a família Wetzel em seu plano de liberdade e juntos construíram um novo balão, dessa vez mais equipado e forte para possíveis contratempos. Desta vez, sua máquina voadora caseira se manteve firme e as famílias atravessaram a fronteira ilesa. Não é de admirar que a polícia secreta da Stasi tenha compilado arquivos extensos, totalizando cerca de 2.000 páginas nas duas famílias.

Essa incrível história ganhou também uma adaptação nos cinemas em Dramática Travessia (Night Crossing no original) lançado em 1982 pelos estúdios Disney e que inclusive já falei aqui no blog, clique aqui. Sem dúvidas uma história espetacular e quando fiquei sabendo desse filme novo filme ''Ballon'' corri para assistir. E claro é bom expandir as fronteiras e falar de filmes de outros países, no caso o cinema alemão, um dos melhores da Europa e do mundo. Vale ressaltar o interessante do filme passado uma década antes da queda do muro de Berlim, mostrando os percalços e perigos de quem pretendia fugir da então Alemanha Oriental, de governo socialista, altamente repressor. Com certeza vale a pena assistir. Isso é histórico. Recomendo!

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Filme – Redenção (Machine Gun Preacher, 2011)

A esperança é a maior arma de todos

Gerard Butler estrela este filme que retrata a vida de Sam Childers, um ex-traficante que dedica a vida a resgatar crianças usadas como soldados no Sudão. O sujeito se dedica com paixão às crianças e acaba deixando um pouco de lado sua vida nos Estados Unidos, onde tem esposa e filha. Conhecido como “pastor da metralhadora”, ele não tem problema em pegar em armas para defender o que pensa.

No filme, Gerard Butler interpreta Sam Childers


Com direção de Marc Forster e lançado em 2011. O filme Redenção (Machine Gun Preacher, no original) é baseado em uma história real do ex-traficante e hoje Pastor Sam Childers, que após ter passado um período na prisão, veio a Cristo através de sua esposa e ficou impactado com a obra missionária na Uganda, onde foi chamado para trabalhar, inclusive criou escolas por lá, todavia ele é conhecido nos EUA como "Pastor Metralhadora", pois para defender as crianças da Uganda e Sudão de uma milicia sanguinária, chamada LRA - Exército  de Resistência do Senhor, uma seita que sequestra crianças para a luta armada, o pastor começou a preparar junto com o governo um pequeno exército para defender o seu orfanato.

O filme retrata bem a vida de um missionário, que fica longe da família, o stress continuo de ter que correr atrás de apoiadores para a obra missionária em diversas igrejas, o sentimento de impotência devido o tamanho desafio no qual foi chamado, enfim é uma grande obra cinematográfica que lida bem com o dilema do missionário. Ele também aborda um outro dilema sobre a auto-defesa contra os inimigos, um tema sensível para a igreja hoje, o pensamento de Sam Childers, é muito parecido com o teólogo luterano alemão Dietrich Bonhoeffer, que participava de um grupo na época do nazismo que pretendia matar Hitler.

Sam Childers

Na história real, Sam Childers é um verdadeiro exemplo de transformação na vida de um ser humano. Na infância devido ao seu comportamento, seu pai costumava de dizer “Rapaz, alguém vai matá-lo um dia desses!”. Durante sua adolescência Sam estava constantemente em brigas, vendendo drogas pesadas e dormindo com mulheres casadas. Foi durante essa fase de sua vida que ele conheceu Lynn, uma stripper, que mais tarde se tornaria sua esposa. Sam, assombrado pelas palavras de seu pai, tornou-se cada vez mais preocupado que ele ia ser morto por causa das drogas e, lentamente, começou a distanciar-se de sua antiga vida. Ele encontrou um emprego na construção e prosperou apesar de continuar seu vício em drogas e álcool. Enquanto isso, Lynn voltou para a Igreja que ela havia abandonado quando era adolescente.

Sam também procurou restabelecer seu relacionamento com Deus e começou a viver uma vida limpa. Lentamente, as coisas começaram a mudar para melhor. Eles tiveram a sua primeira filha e Sam começou seu próprio negócio de construção. Mal sabiam eles que o seu maior desafio ainda estava por vir. Sam pediu ao seu pastor a oportunidade de se juntar a um grupo de missionários que iriam ajudar a reparar casas danificadas no conflito na África. Em 1998, Sam chegou na aldeia de Yei, no Sudão do Sul. Durante uma visita a uma vila, Sam se deparou com o corpo de uma criança dilacerado por uma mina terrestre. Ele caiu de joelhos e fez uma promessa a Deus que iria fazer o que fosse necessário para ajudar o povo do Sul do Sudão.

Sam voltou para o Sudão vários meses depois, e para cumprir sua promessa ele se aventurou muito em todo o país a partir da cidade ocidental de Yei para as aldeias do leste de Boma. Ao passar a aldeia de Nimule, na fronteira com Uganda, Deus enviou-lhe uma mensagem:

Deus disse: “Eu quero que você construa um orfanato para as crianças. E eu quero que você o construa aqui.

Hoje anos depois do início da sua batalha,  o orfanato é o maior no sul do Sudão e já alimentou e abrigou mais de 1.000 crianças. Atualmente, mais de 200 crianças vivem no orfanato. Infelizmente ainda há muitas crianças sudanesas que sofrem e necessitam de resgate.

Se quiser saber mais, acesse o site oficial e pode até mesmo fazer uma doação! (clique aqui)

Quanto ao filme, é muito forte e emocionante. Temos a ótima atuação Gerard Butler, que virou uma cópia do próprio Sam Children quando mais jovem, pegando não só o sotaque (que de vez em quando ele vacila, mas é perdoável), como também o jeito de falar, andar e olhar para as pessoas. Vemos o sofrimento, a raiva, a frustração, a angústia e tudo que Sam Childrens sentiu quando vivenciou apenas olhando em seus olhos. Sam realmente entendeu o propósito de ser um cristão, ajudando e amando ao próximo, especialmente nesses tempos de intolerância que vivemos. Recomendo!

Filme – Em Nome de Deus (The Magdalene Sisters, 2002)

A triunfante história de três mulheres que encontraram coragem para desafiar um século de injustiça.

Baseado em uma história real, essa é a história de três jovens mulheres que são mandadas para um convento por seus familiares, para "pagar por seus pecados". Essa punição é por tempo indeterminado, o que significa uma vida de trabalhos forçados na lavanderia do asilo católico. Conhecidas como "As Irmãs Magdalena", elas são humilhadas e castigadas fisicamente pelas madres, que não toleram desobediência.

Nora-Jane Noone interpreta Bernardette

Com direção de Peter Mullan e lançado em 2002, o filme The Magdalene Sisters (Em Nome de Deus, no Brasil). O cenário é a Irlanda, década de 60. A trama começando nos apresentando Margaret (interpretada por Anne-Marie Duff), que acaba sendo estuprada num casamento por seu primo; Então somos apresentados a Bernardette (interpretada por Nora-Jane Noone), que só por ser muito bonita representa um perigo para os homens da vizinhança; Depois conhecemos Rose/Patricia (interpretada por Dorothy Duffy), que está no hospital com o filho que acabou de dar a luz, sendo reprovada pelo seus pais. Todas elas são mandadas para um convento por seus familiares, com o intento de "limpar seus pecados". No convento, ainda conhecemos a história de Crispina (interpretada por Eileen Walsh), que assim como Rose é uma mãe solteira. O filme é inspirado nas instituições chamadas de Asilos de Madalena.

O título original The Magdalene Sisters poderia ter sido traduzido literalmente como “As Irmãs de Maria Madalena” como foi a tradução do título para Portugal. Há aqui uma referência direta à figura bíblica de Maria Madalena, a prostituta que teria lavado os pés de Jesus Cristo e conseguiu se redimir, pagar pelos seus pecados na terra e entrar no reino do céu. No caso, Magdalene foi o nome dado aos asilos-reformatórios (no original, Magdalene asylums) que recebiam moças desviadas e marginalizadas socialmente. Esses asilos, chamados de lares Madalena, na Irlanda, eram de responsabilidade das Irmãs da Misericórdia, em nome da Igreja Católica. Trinta mil mulheres passaram por esses reformatórios. Muitas viveram e morreram esquecidas pelos seus familiares e pela sociedade nesses Lares. O último asilo de Madalena, em Waterford, encerrou suas atividades em 25 de setembro de 1996.

Em Nome de Deus (The Magdalene Sisters, 2002)

O filme mostra alguns dos horrores praticados nesses asilos irlandeses para jovens mulheres que fossem apanhadas em qualquer tipo de atividade sexual fora do casamento. Mostrando, também, a mentalidade do povo irlandês na época, e quão hipócrita era a sociedade. O filme soa como um protesto contra as atrocidades cometidas entre os padres e freiras para com os seus devotos. Pecados são cometidos entre os fieis e todos tem de agir como se nada acontecesse, permanecer calados. Toda a calmaria que esse lugar mostra, não passa de mera ilusão, por dentro todos guardam suas angustias e pecados. "Como acatar a ordem de alguém, que comete coisas piores que você?!" é um dos questionamentos do longa. Freiras maltratam as devotas, padres abusam de fieis esquizofrênicos e tantas outras coisas são mostradas no filme. 

Confesso que comecei o filme sem muita expectativa, porém no decorrer do filme fui me interessando mais ainda por aquelas jovens e destino que elas poderiam ter. Representa um retrato vivo (de parte) da sujeira que o catolicismo trouxe à sociedade. A fotografia é interessante em alguns momentos, mas o foco do filme é no drama psicológico e não na poética da imagem. Recomendo!

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Na Minha Playlist #230: Lifehouse - Firing Squad

Mais uma vez na minha playlist, Lifehouse dessa vez com a canção ''Firing Squad'' do álbum Out of the Wasteland, uma das minhas favoritas também.

Para quem ainda não conhece, Lifehouse é uma banda americana de rock alternativo, teve início em 1999. A banda lançou o primeiro álbum em 1999, chamado Diff's Lucky Day, porém com o nome Blyss. Por motivos de direitos autorais mudaram seu nome e desde então a banda começou a se chamar Lifehouse.

Lifehouse

Seus atuais membros são: Jason Wade (vocalista, guitarra), Bryce Soderberg (baixista) e Rick Woolstenhulme Jr. (bateria) e Ben Carey (guitarra solo).

Muitos até pensam que Lifehouse é uma banda cristã devido ao conteúdo de suas letras, mas a verdade é que não é. O nome LIFEHOUSE, pode supor que seja mesmo, que em português quer dizer 'Casa da Vida' e sugere muito com a religiosidade e música da banda. Segundo Jason Wade (vocalista da banda) as músicas se relacionam com a sua vida e experiências. 

Apesar de não ter certo direcionamento cristão, as letras das músicas da banda são bastante contemplativas, positivas e alegres, trazendo sempre aquela sensação boa. Eu pelo menos, gosto muito e indico. 

Como disse antes, a canção ''Firing Squad'' faz parte do álbum Out of the Wasteland, lançado em 2015. Só posso dizer pra você aumentar o som.


I see your eyes, hear your voice

Filme – Uma Lição de Vida (The First Grader, 2010)

Nunca é tarde demais para sonhar.

Conheça a história de Kimani Ng'ang'a Maruge, um queniano de 84 anos, ex-militante da liberdade, que lutou para conseguir ir à escola e ter a educação que não teve oportunidade de ter antes.

Assisti “The First Grader” (O Estudante (na TV paga), O Aluno (Netflix), Uma Lição de Vida (título mais conhecido do filme aqui no Brasil), ufa...) há um bom tempo e decidi incluir aqui na lista de filmes do blog pois é realmente um filme que vale a pena acompanhar, inspirador e produtivo. Destaca uma das realidades da precariedade que é a educação em países africanos e principalmente mostra uma história de luta, desafio e superação. Como disse no começo do post, é baseado em uma história real. Kimani Maruge (1920-2009) foi o primeiro estudante com mais idade a iniciar na escola primária do Quênia. Sofreu muito preconceito e teve que superar muitos obstáculos para obter o seu direito à Educação.

Uma Lição de Vida (The First Grader, 2010)

Com direção de Justin Chadwick e lançado em 2010, o filme foi filmado numa aldeia situada numa montanha queniana, o filme conta a notável história verdadeira e edificante de Kimani Maruge (interpretado por Oliver Litondo), de 84 anos, antigo veterano Mau Mau, uma sociedade secreta que lutava pela descolonização do Quénia. Maruge lutou pela liberdade de seu país, foi preso e torturado. Aos 84 anos, se fazendo valer de um discurso do Presidente do Quênia que garante educação para todos, Maruge decide se matricular numa escola primária. Como a escola possui mais crianças do que sua estrutura precária suporta, sua matrícula é negada e ele precisa insistir muito até ser aceito. Porém, ao começar a estudar, a atitude de Maruge gera revolta e indignação na comunidade, colocando sua segurança em risco.

Maruge foi um veterano e sobrevivente da revolta de Mau Mau, em 1950, que sempre lutou contra as forças de colonização britânica, sendo assim não teve oportunidade de aprender a ler e nem escrever quando criança, pois toda sua vida foi de luta para sobreviver. Cresceu e continuou resistindo, lutando, perdeu tudo que amava, depois de idoso lutou mais uma vez pelo direito de poder estudar, mas o acesso que ele almejava era através da educação infantil. Algo difícil, já que existia alfabetização para adultos.

Hoje, os Mau Maus são vistos como símbolo de um movimento que lutava pela liberdade queniana, e conseguiram, em 2013, o pedido de desculpas do governo britânico pelas ações no período. Mas não foi essa visão que Maruge encontrou quando buscou entrar em uma escola, e ele, que meio século antes lutara pela liberdade de seu país, agora enfrentava outra batalha, dessa vez mais pessoal: a luta pela liberdade de aprender.

O verdadeiro Kimani Maruge em sala de aula

A história de Maruge atraiu a curiosidade da imprensa internacional, e ele passou a carregar a bandeira do programa para todo o mundo, sem nunca relegar a tarefa ou interromper seus estudos. Ele acreditava que a educação era a solução para uma sociedade melhor, e não deixou nenhum obstáculo impedir sua busca.

Em 2005, foi convidado para discursar em Nova York, em um evento das Nações Unidas, e mais uma vez pregou a importância do ensino livre para todos, e que seu sonho seria não precisar ver ninguém mais ter que esperar como ele para receber educação.

Maruge morreu em 2009, por decorrência de um câncer. Só parou de estudar dois anos antes, quando se viu obrigado a se mudar para Nairob, capital do país, depois da forte violência que assolou o Quênia após as eleições, e com sua região sendo o epicentro de todo o conflito.

O filme mostrou a perseverança e força de vontade de Maruge para ter a tão sonhada liberdade, a educação. É realmente uma verdadeira lição de vida. Sabe aquele tipo de filme que desperta um turbilhão de sensações, a  gente chora, a gente ri, sente raiva, compaixão, alegria entre outras emoções? Pois é esse filme. Que nos um grande exemplo de força, coragem e determinação. Nunca é tarde para aprender e lutar pelos seus ideais. A verdade é simples, quando se quer algo com muita vontade, tudo é possível. Não existe obstáculos, não existe limitações. Você pode ser o que você quiser. Só precisa acordar pra isso!

Assistir ao longa e conhecer a vida de Maruge não é apenas descobrir uma história motivacional e de que nunca é tarde demais para aprender, mas também é descobrir que o estudo é um dos caminhos para se alcançar a liberdade. Sua e de toda a sociedade. Recomendo!

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Filme – Grey Gardens - Do Luxo à Decadência (Grey Gardens, 2009)

Descubra o incrível mundo das primas de Jackie Kennedy.

Em 1973, os cineastas Albert e David Maysles entraram no decadente mundo da tia e da prima de Jacqueline Kennedy - Edith Beale e sua filha Edie, documentando a vida destas mulheres que abriram mão de sua luxuosa vida por um isolamento sem precedentes em sua mansão.

Esta produção feita pela HBO (e ganhadora de 6 Emmys), é baseada nas vidas das excêntricas Big e Little Edith Bouvier, respectivamente, tia e prima de Jacqueline Kennedy Onassis (1929-1994).

Mãe e filha viveram juntas na mansão de Grey Gardens por décadas em quase total isolamento. As condições precárias da vida destas duas mulheres foram expostas, através de um artigo publicado numa revista americana, atraindo a atenção de Albert e David Maysles que fizeram um documentário sobre suas trajetórias, aclamado internacionalmente. Que foi lançado em 1979. O subtítulo "Do Luxo à Decadência" resume bastante esse filme baseado no documentário sobre as vidas de Edith Bouvier Beale ''Little Edie'' (1917-2002) e Edith Ewing Bouvier ''Big Edie'' (1895-1977), as primas socialites da Primeira Dama Jacqueline Kennedy. O filme nos mostra o passado (de luxo) em que ambas as personagens eram vãs, ricas e constantemente procurando por fama e mais dinheiro.

Grey Gardens - Do Luxo à Decadência (Grey Gardens, 2009)

Trinta e cinco anos depois do famoso documentário dos irmãos Maysles – GREY GARDENS: do luxo à decadência – estamos de novo frente a frente com as duas excêntricas parentes de Jacqueline Bouvier Kennedy Onassis moradoras de uma decadente mansão nos Hamptons: Jessica Lange (vencedora do Emmy) e Drew Barrymore (indicada ao Emmy) encenam  as reclusas mãe e filha que forjaram para si um laço único e inquebrantável. O filme, dirigido por Michael Sucsy, registra quatro décadas enfocando suas vidas bem antes da realização do documentário dos irmaos Maysles.

Antes de ver o filme eu assisti ao documentário há uns anos. É bem interessante porque o filme, de certa forma, complementa o documentário, fornecendo dados sobre a vida das duas antes da decadência (embora eu já tivesse pesquisado sobre a história). Mas é fundamental que se assista ao documentário. O ideal seria vê-lo antes, mas, pra quem já viu o filme de 2009, ainda assim, é importante. Isso porque o filme, embora reproduza literalmente algumas situações e diálogos do documentário, não dá conta da dimensão do que é mostrado no documentário. De certa forma, o filme atenua e até "glamoriza" um pouco não só as condições em que viviam, mas a própria relação das duas, que é era um pouco mais ácida e complexa do que é encenado. 

Só posso dizer que me fez refletir bastante sobre o poder de nossas escolhas no presente. E toda a questão do nosso futuro. O filme da HBO traz toda a realidade e emociona o público, pois se nota que, apesar das discussões entre mãe e filha, existia uma admiração e um amor grande entre elas. Uma das frases marcantes que a mãe disse e me tocou bastante foi enquanto a câmera filmava algumas fotos da filha quando jovem, ela disse: “Não parece a foto de uma jovem que tinha o mundo a seus pés?”.

É difícil dizer as razões que as levaram a esse estado de vida, sem condições alguma. A dança de Little Eddie com a bandeirinha americana e toda a excentricidade das duas é quase inacreditável. Elas convivem com os animais na casa e em meio ao lixo e aos dejetos dos bichos. O método utilizado foi o do cinema direto, sem intervenção, sem músicas, sem preparação do material filmado. Esse tipo de filmagem aproxima o espectador das histórias que estão sendo mostradas. A identificação e a comoção com o que se está vendo se faz muito mais facilmente. Tudo é sentido de uma forma mais intensa, pois sabemos que não houve “encenação” no sentido de criação do que está sendo filmado. No fim das contas, "Grey Gardens" é um belo filme, com grandes atuações e uma história fabulosa. Imperdível!

Filme – O Conde de Monte Cristo (The Count Of Monte Cristo, 2002)

Uma história de amor, traição e vingança.

Vítima de uma cilada de seu amigo, Edmond Dantes é acusado de traição e condenado à prisão perpétua no Chateau d'If. Lá fica amigo de um abade que lhe fala de uma fortuna escondida na ilha de Monte Cristo. Anos depois, Edmond foge, resgata o tesouro e, agora como Conde de Monte Cristo, volta para vingar-se, infiltrando-se na nobreza francesa. Aventura baseada no clássico de Alexandre Dumas, diversas vezes adaptado para o cinema e a TV.

The Count Of Monte Cristo, 2002

Com direção de Kevin Reynolds. “O Conde de Monte Cristo” retrata a história de Edmond Dantés (interpretado por Jim Caviezel), um jovem marinheiro, honesto, apaixonado por sua noiva Mercedes, e que acaba de ganhar o posto de Capitão do Pharaon, impotente embarcação Mercantil do Sr. Morell, onde encontra um grande amigo.

No entanto, tal sorte acaba por mudar quando até então seu melhor amigo, Fernand Montego (interpretado por Guy Pearce), se alia ao 1° imediato do navio, Danglars, e ao Sr. Villefort (interpretado por James Frain), procurador de Maselha. Juntos, acabam por acusá-lo de traição e encarcerá-lo na Ilha de If, uma prisão que jamais alguém escapa. Dantés, após vários anos, conhece na prisão um velho padre, que o ensinará tudo que sabe, auxiliará em sua fuga e o deixará rico.

Assombrado pelo curso que tomou sua vida, com o passar do tempo ele abandona tudo que sempre acreditou sobre o que é certo e errado, e se consome por pensamentos de vingança contra aqueles que o traíram. Com a ajuda de outro preso (interpretado por Richard Harris), Dantes planeja e é bem-sucedido em sua missão de escapar da prisão e se transformar no misterioso e riquíssimo Conde de Monte Cristo. Com uma astúcia cruel, ele se envolve com a nobreza francesa e sistematicamente destrói os homens que o manipularam e o aprisionaram.

A história do filme possui algumas diferenças com a história do livro, escrito por Alexandre Dumas, que o inspirou. Apesar de o roteiro do filme manter o tema principal, que é a sede de vingança, várias características dos personagens foram alteradas em relação ao livro. A história passou a ser bem mais simplificada, deixando de lado muitos personagens que estavam no livro. Apesar disso é um ótimo filme, considerando que conseguiu resumir bem em duas horas um livro com quase duas mil páginas. Gosto muito, por isso recomendo!

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Na Minha Playlist #229: Dishwalla - Give

Misture uma melodia envolvente com um vocal potente (e agradabilíssimo). O resultado é o som contagiante da banda americana Dishwalla, composta por J. R. Richards (Vocal), Rodney Browning Cravens (Guitarra), Jim Wood (Teclado), George Pendergast (Bateria) e Scot Alexander (baixo) e Justin Fox (atualmente o vocalista, depois da saída de J. R. Richards).

As canções do Dishwalla estão cada vez mais presentes na minha playlist. São canções inpiradoras e carregam muita espiritualidade nas letras. 

Com um rock alternativo, a banda foi formada em Santa Barbara, Califórnia em 1994. A banda deu uma pausa em 2006, porém em 2008 retomou os trabalhos e desde então estão na ativa. 

Dishwalla

A canção ''Give'' faz parte do álbum Pet Your Friends, sendo o álbum de estreia lançado, no dia 22 de agosto de 1995. O trabalho em si não obteve êxito inicialmente, porém em 1996 esta situação mudou com o lançamento do terceiro single chamado "Counting Blue Cars" (que já compartilhei aqui no blog), que aumentou as vendas do disco e o tornou um sucesso nos Estados Unidos da América, vendendo mais de 1 milhão de cópias, assim concedendo ao grupo um disco de platina pela marca atingida.


What would you give?

sábado, 3 de agosto de 2019

Minhas 10 Canções Favoritas do Toad The Wet Sprocket

Toad the Wet Sprocket é uma banda que sempre estou compartilhando alguma canção deles aqui #naminhaplaylist. Para quem é visitante assíduo aqui já deve ter escutado alguma de suas músicas. O bom e velho rock alternativo da banda desse quarteto surgiu em Santa Barbara, Califórnia em 1986 e ganhou certo prestígio na cena do rock alternativo dos anos 90, gerando uma boa quantidade de singles, e foi uma das bandas que gerou o "Modern Rock", um subgênero do rock alternativo mais voltado para as rádios. 

A banda é formada por Glen Philips nos vocais e guitarra rítmica, Todd Nichols na guitarra solo e backing-vocals, Dean Dinning no baixo e backing-vocals e Randy Guss na bateria, e hoje a banda conta com o tecladista Jonathan Kingham.

Ilustração: OPlanetaAlternativo.com

Na época, a banda ainda não tinha nome, mas após verem uma esquete chamada "Rock Notes" do comediante Monty Phyton (Na qual um jornalista dá uma notícia falsa da turnê de uma banda na Finlândia e "futuros planos" para uma turnê na Islândia), a banda pegou o nome da banda fictícia e assim, o nome "Toad The Wet Sprocket" foi adotado pelo grupo.

Após alguns shows em bares locais de Santa Barbara, a banda logo produz por si mesma e grava seu primeiro álbum, chamado de Bread & Circus, e o lança de forma independente em 1988. O álbum fez seu caminho pelas lojas de álbuns da cidade até chegar aos executivos da gravadora Columbia Records, que ouviram o álbum e dando a luz verde para eles, o que gerou um contrato da banda com a Columbia com a condição de que relançassem Bread & Circus sem remixá-lo. O acordo foi feito e o álbum foi relançado em Julho de 1989.

A banda se separou em 1998 para buscar outros projetos, mas em 2006 voltaram a ativa e começaram a fazer turnês pelos Estados Unidos novamente. Anos depois começaram a compor músicas para seu primeiro álbum de estúdio de novo material desde o lançamento de 1997 da Columbia Records, Coil. O álbum mais recente, New Constellation, foi lançado em 15 de outubro de 2013.

Ouço várias músicas deles, mas decidi relacionar 10 canções que geralmente mais ouço e abuso do replay!

1. Inside
Álbum: Dulcinea (1994)

''Inside'' é fantástica, traz uma melodia muito envolvente.


2. Something's Always Wrong
Álbum: Dulcinea (1994)

Foi lançada como single. Atingindo a posição de número 9 na Billboard Modern Rock Tracks. O single acabou ajudando o álbum 'Dulcinea' a ficar na posição #40 do Billboard 200. Se firmando como um dos grandes hits da banda.


3. Crazy Life
Álbum: Coil (1997)

Crazy Life foi a primeira música que ouvi da banda pela extinta rádio Sky.Fm (atual RadioTunes.com). Faz parte do álbum Coil, o último álbum da banda antes da separação em 1998. Coil é marcado por ser um disco com uma sonoridade mais rock e elétrica.


4. All I Want
Álbum: Fear (1991)

A canção ''All I Want'' foi lançada em 1992 no estilo de rock alternativo e fez parte do bem sucedido álbum da banda chamado Fear. A canção esteve presente em séries consagradas como Dawson's Creek e Homeland.

"All I Want" também foi a primeira canção bem sucedida do Toad the Wet Sprocket. Tornou-se uma de suas canções mais conhecidas e alcançou o top vinte no Billboard Hot 100.


5. Windmills
Álbum: Dulcinea (1994)

Windmills também presente no álbum Dulcinea (um dos meus favoritos). Traz uma melodia melancólica e agradável de se ouvir.


6. All in All
Álbum: In Light Syrup (1995)

 ''All In All'' faz parte do álbum In Light Syrup, lançado em 31 de Outubro de 1995. Gosto muito desse álbum, cada canção é melhor que a outra!


7. When We Recovered
Álbum: Bread & Circus (1999)

Outra ótima canção da banda. Curto muito!


8. Woodburning
Álbum: Dulcinea (1994)

Mais uma do fantástico álbum Dulcinea.


9. Fall Down
Álbum: Dulcinea (1994)

Mais um single da banda e também do álbum Dulcinea. Foi escrita pelo próprio Glen Phillips e a Todd Nichols.


10. All Right
Álbum: In Light Syrup (1995)

Para encerrar com chave de ouro essa lista, uma das minhas favoritas: All Right do álbum In The Syrup de 1995. ''Viajo'' nos pensamentos ouvindo essa canção.



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Há um tempo queria fazer esse post. Uma banda que admiro muito. Tenho um desejo de um dia poder ir em algum show deles. Enfim, super recomendo Toad the Wet Sprocket. Uma das minhas favoritas atualmente. Confira os álbuns completos pelo Spotify. Até mais!

Filme – Fuga de Alcatraz (Escape From Alcatraz, 1979)

Quem desobedece as leis da sociedade vai para a cadeia. Quem desobedece as leis da cadeia, vai para Alcatraz.

Após várias tentativas de fuga, o presidiário Frank Morris é transferido para a prisão de Alcatraz. Conhecida por ser inviolável, a penitenciária, que fica em uma ilha no meio do oceano, é observada por Morris, que elabora um complicado plano para tentar escapar com outros detentos.

Assisti ao filme ''Fuga de Alcatraz'' no Telecine Play há uns dias e gostei bastante. Primeiro que tem o Clint Eastwood no elenco e isso já é suficiente para eu ir lá assistir. É um suspense claustrofóbico, atuações boas e tudo funciona perfeitamente. 

A trama se passa em 1960 quando Frank Lee Morris (interpretado por Clint Eastwood) chega ao presídio de segurança máxima da Ilha de Alcatraz, San Francisco. Ele possui várias tentativas de fugas em seu histórico. Após ser registrado, Frank é enviado para conversar com o diretor da prisão (interpretado por Patrick McGoohan), que o informa de que ninguém jamais conseguiu escapar da ilha, quem tentou foi recapturado ou morreu afogado no mar gelado.

Clint Eastwood em Escape from Alcatraz (1979)

Dias se passam no lugar, Frank reencontra os ladrões de banco John e Clarence Anglin (interpretados por Fred Ward e Jack Thibeau, respectivamente), já os conhecia de outros presídios, também conhece o novo vizinho de cela, Charley Butts (interpretado por Larry Hankin). Determinado a fugir, Frank percebe que o concreto ao redor do duto de ventilação de sua cela está apodrecendo, logo a simples ideia de fugir começa a ganhar contornos de realidade.

Durante vários meses, Frank, os irmãos Anglin e Butts cavam ao redor do tubo de ventilação de suas celas com colheres (roubadas durante o almoço) e fazem um molde da grade em papel machê. E na data de 11 de junho de 1962, o grupo decide fugir da prisão...

A vida na prisão parece ser um grande fascínio em muitas pessoas, principalmente se o centro de detenção for Alcatraz, que mantém uma certa aura de lenda como a prisão impossível de se escapar. Tudo isso garante o sucesso e o interesse nessa obra, um bom filme contando a estória de prisioneiros reais (pelo menos os nomes e a fuga são fatos históricos) que conseguiram sair da prisão dita infalível.

A ilha de Alcatraz tinha fama de ser um lugar impossível de fugir, foi o único lugar que segurou presos famosos como Al Capone e Robert Franklin Stroud, mas a prisão era de segurança máxima até Frank Lee Morris ser enviado para Alcatraz. Frank era conhecido por empreender fugas espetaculares e sua inteligência acima da média o transformou em um mito. Sua fuga tem certa relevância histórica, pois foi um dos fatores que contribuíram para o fechamento do presídio em 1963 (um ano depois da fuga).

Escape from Alcatraz (Fuga de Alcatraz ou Alcatraz - Fuga Impossível, no Brasil) foi lançado em 1979 com direção de Don Siegel. O filme é uma adaptação do livro homônimo escrito por J. Campbell Bruce, que por sua vez conta a história real da fuga do prisioneiro Frank Morris da prisão da Ilha de Alcatraz, na Baía de São Francisco. Ótimo filme. Recomendo!